segunda-feira, 11 de março de 2024

palavradobó: O 11 DE MARÇO DE 2011

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quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024

"50 Carnavais - 1975/2024" que a gente chegue lá...


 No próximo carnaval, de 2024, completarei "50 Carnavais" registrando nossa maior festa cultural. Desde as máquinas fotográficas analógicas, passando pela primeira digital, com memória de disquete, até ao mais recente Smartfone, sempre me fiz presente na avenida, tentando de alguma maneira captar imagens da nossa festa de momo.  Aqui, posto algumas imagens, já publicadas em varias plataformas digitais, nos meus blogs e em livros:















" É carnaval, é tricolor. Vem mostrar nesta avenida. A Antonina dos meus dias, de Eduardo Nascimento. O grande mestre da fotografia.

Que deixou os seus pinceis, pela arte de fotografar. Trocou a emoção das cores pelas lentes do seu coração." 

    Parte do samba-enredo da Escola de Samba do Batel, onde tive a honra - ainda jovem, em fazer parte do enredo. No carnaval de 1996.

"...Inverno vai e vem e o Festival taí, tem arte pro meu povo assistir."

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

MEMORIAS. LEGADO DOS CARNAVAIS, 1975...da série 50 Carnavais.

Comissão do Carnaval de 1975. Eduardo Bó,Maneco Camargo<Paulinho Sabico, Prefeito
Joubert Vieira e Lindomar Garça.












MEMÓRIAS. Legado dos Carnavais. 50 CARNAVAIS.

Parte deste texto já foi publicado no Blog e no livro “Tenho Dito’”, mas vou tentar enriquecê-lo, agregando alguns acontecimentos.

 “No ano de 1975, o prefeito Joubert Gonzaga Vieira me convidou para ajudar a organizar o carnaval. Tinha apenas 24 anos (acadêmico da EMPAP- Escola de Música e Belas Artes do Paraná), já com alguma experiência em decoração da avenida, mas imaturo, principalmente na organização do concurso das escolas de samba.

A comissão do carnaval foi nomeada e seus ocupantes não recebiam nenhum tipo de remuneração. Trabalho puramente voluntário de Eduardo Nascimento, Maneco Camargo, Paulinho Sabico e Lindomar Garça (foto).

Logotipo do Projotur, 1974.


Programação do Carnaval 1975

Tínhamos recentemente criado o Projotur – Projeto Jovem de Turismo (ver logotipo), a primeira tentativa de discutir possibilidades de a cidade se preparar para aquela área de desenvolvimento emergente, e aproveitamos o evento para demonstrar nossas habilidades. Em 1973, em concurso público para a criação do primeiro slogan para a cidade, nossa proposta foi a vitoriosa, com o Antonina, Mar, Arte e Amor.

Primeira campanha pró Turismo Antonina.
Mar, Arte e Amor, 1973.

Inicialmente fizemos dois bailes para arrecadar recursos. Um no Clube Literário e outro no Primavera, que rendeu alguns trocados para comprar os tecidos das fantasias do Rei e da Rainha do Carnaval.

Carnaval no Mar

O tema escolhido foi “Carnaval no Mar”, cuja decoração – paupérrima por excelência – consistia em centenas de metros de redes de pescar – arrastão, que foram emprestadas pelos pescadores da Ponta da Pita e estendida por toda a avenida, fazendo parte de uma alegoria composta de uma folha de zinco e uma lâmpada incandescente de 100 watts, afixada em um poste de madeira bruta, cortado no morro do Bom Brinquedo. A maior parte do carnaval acontecia durante o dia e no mais tardar findava pela meia-noite, dando início aos bailes dos clubes.

 

Desfile do Bloco do Boi, 1975 com Rei e
Rainha do Carnaval.

Nossa falta de experiência nos fez procurar a pessoa que na época concentrava tal conhecimento, Wilson Galvão do Rio Apa, também presidente da Escola de Samba Império da Caixa D’Água. Prontamente, Apa nos atendeu e fez um rascunho do concurso, que consistia no julgamento do desfile como um todo, sem notas para quesitos, até então inexistentes em nosso carnaval. Também resolvemos fazer um concurso individual, com apresentações separadas por alas.

O concurso tomou noite adentro e foram escolhidos os melhores Porta-Bandeira e Mestre-Sala, Bateria, Samba-Enredo, Passista, Surdo, Frigideira, Caixeta, Tamborim e Destaque.

Siri de Ouro

Como a prefeitura não dispunha de recursos para o evento, tivemos que criar até os troféus. Por ironia do destino, encontramos o Tube vendendo uma dúzia de siri-guaçu e imediatamente levamos para cozinhar, secamos as casquinhas, pintamos com um bom spray dourado e prateado e estavam prontos os troféus: Siri de Ouro e Siri de Prata, para os mais bem colocados nos concursos individuais. Para as escolas de samba vencedoras, os prêmios foram um Pilão de Ouro e uma Gamela de Ouro adquiridos em um dos “quartos” do mercado municipal.

Rei e Rainha do Carnaval

Sendo o tema ligado ao mar, substituímos o Rei Momo por Neptuno o Rei do Mar. Que, em companhia de sua rainha, foi recepcionado pelas Escolas de Samba no Trapiche Municipal, chegando do outro lado do mar em sua bela e decorada canoa.

Concurso

O regulamento do concurso foi apresentado para todos os participantes, em reunião realizada no Clube Literário, e aprovado por unanimidade. Mas, o resultado foi surpreendente, pois passou despercebido pelos dirigentes que a escola campeã seria aquela que obtivesse a maior nota da comissão julgadora por seu desfile como um todo. E a pontuação do concurso individual não participava do cômputo geral.

Daí a Escola que levou mais Siris para casa foi a Escola de Samba da Capela e a campeã do carnaval de 1975 foi a Escola de Samba Império da Caixa D’Água.

O resultado do concurso foi imediato e o palanque oficial teve que ser cercado por policiais, pois o inconformado ganhador da tal “sirizada” queria a cabeça do Rio Apa e do pessoal da Comissão Organizadora, inclusive a minha.

Os ânimos foram ainda mais acerbados quando José Maria Storach colocou no ar na Rádio Antoninense, em seu programa, a tal farta premiação e distribuição de Siris de Ouro e de Prata e a suposta armação.

Apesar da falta de recursos e da pouca experiência, em 1975 foi realizado mais um grande e polêmico carnaval da nossa cidade. Esta é mais uma história do Carnaval de Antonina.”

O texto original foi escrito em 2011 e publicado no livro "Tenho Dito",2012.


Bloco do Pinico, 1975. Nenê Chaminé, Tingo
e o prefeito Joubert.
Foto: Eduardo Nascimento

P.S.No mesmo ano - com uma máquina fotográfica emprestada do chefe e amigo João Nicolleli, Ponta Grossa - fiz meus primeiros registros do carnaval da cidade e de algumas paisagens locais, das quais foram inscritas no concurso de fotografias “Imagens do Paraná” promovido pelo MIS-PR, Museu de Imagem e do Som, com patrocínio das Lojas Muricy e me logrou a premiação na categoria de Slides, cuja mérito foi receber minha primeira máquina fotográfica, uma Minolta SRT101B, 135mm.

Da série "50 CARNAVAIS" 1975/2024 de Eduardo Bó Nascimento

sábado, 20 de janeiro de 2024

Livros publicados por Eduardo Nascimento (Bó).


 Edições ainda disponíveis para venda, soliciter pelo WhatsApp 41 99906-4081, pague com PIX e receba em casa.*+ taxa de correios.

segunda-feira, 27 de novembro de 2023

Divã do Jekiti, Em Superagui...vou buscar a chave.

 


CAUSOS INÉDITOS

EM SUPERAGUI...VOU BUSCAR A CHAVE

 Nas décadas de oitenta e noventa, André Carraro foi meu amigo e companheiro de viagens de aventura pelo litoral. Em 1986 resolvemos visitar a Ilha de Superagui/Guaraqueçaba-PR.  Dininho, amigo nosso e de nossas famílias – gerenciava uma empresa na ilha, Capela Pastoril. Nos ofereceu uma casa para nos hospedar durante estada na ilha. Bom salientar, que desconhecíamos a relação dos moradores da comunidade com o empreendimento da tal Capela.

Nos preparamos para a tal aventura, pois na época não existia pousada ou qualquer tipo de atendimento aos visitantes. Levamos uma pequena barraca, alimentos e apetrechos para preparar a comida. Pegamos a lancha em Paranaguá e seguimos caminho.

 Chegamos em Superagui por volta do meio-dia, e nos foi dado um bilhete que deveria ser entregue para um morador da ilha – não lembro o nome, responsável pela manutenção e administração da casa que nos foi oferecida. Vou tratá-lo como João.

 Chegando lá, fomos ao encontro do João da Capela, que rapidamente foi encontrado, por se tratar de uma pequena comunidade de pescadores. Nos apresentamos como amigos do Dininho e entregamos o tal bilhete autorizando nossa hospedagem.

João, gentilmente nos cedeu um carrinho de mão para ajudar a carregar nossa bagagem e pediu para irmos caminhando pela praia que há uns três ou cinco quilômetros estaria nossa hospedagem. Ele seguiria de bicicleta por uma trilha até nos encontrar.

 Aportamos em tal casa e o João estava a nossa espera. Fomos comunicados que precisava se comunicar com o senhor Dininho para confirmar a autorização, mas que não havia conseguido tal comunicação via telefônica. Assim retornaria ao conseguir tal contato.

A casa era bem ampla e continha uma área na frente. Nem nenhuma pressa, nos organizamos naquele espaço externo e preparamos um “rango” rápido a espera da chave. João aparece pela segunda vez e nos comunica que ainda não conseguiu se comunicar e continuamos “acampados” na área da casa, mas agora preocupados com a situação.

 Após várias tentativas sem êxito de contato entre João e a base em Curitiba, continuávamos a esperar João com a chave da casa para nos hospedar e realmente aproveitar nosso passeio. Como em todas as tardes de verão, naquela não foi diferente e desabou um aguaceiro com muito trovão e raios. O ‘tempo fechou’ e nós apenas protegidos em uma área externa da casa. Mas, eis que surge envolto aquele temporal um vulto de bicicleta e capa amarela... Era o João. Ufa...parece que finalmente conseguiu autorização. Mas para nossa surpresa, ainda não tinha conseguido contato e decidiu que não nos acolheria.

Nesse momento, o André virá e questiona a posição do encarregado: Não vai abrir a casa? O senhor está desobedecendo uma ordem do gerente e estamos aqui desde meio-dia esperando pela hospedagem. Se isso não ocorrer agora, vamos falar com nosso amigo Dininho e o senhor poderá ser prejudicado. Isso é uma desobediência!

Perante aquela situação de impasse, o encarregado se viu em dificuldades resolveu mudar de posição:  – Está bom, vou abrir..., mas fica sobre responsabilidade de vocês.

 Ufa...então abra! Reforçamos. – Vou buscar a chave que está lá em casa! Bradou o encarregado, e seguiu de bicicleta pela quarta vez a distância entre a tal desejada casa e sua moradia.

 Bom salientar que a casa do encarregado era no povoado e a casa da Capela ficava a cinco quilômetros, percurso que ele já tinha feito umas quatro vezes. 

 O João retorna em menos de meia hora, isso abaixo de muita chuva e escuridão e finalmente abre a casa.  Liga o gerador de energia e mostra todos os cômodos, instalações e utensílios que poderíamos utilizar durante nossa estadia. Apenas salientou que não deveríamos adentrar em um aposento.

 Não entre

Acolhidos, a primeira coisa que desejávamos era tomar um banho de água doce. Caixa d’água abastecida, fizemos fogo em um fogão a lenha, pois a água do chuveiro era aquecida em uma serpentina do fogão. Difícil foi controlar a temperatura da água, mas o banho nos rejuvenesceu. Preparamos uma janta rápida, mas comemorativa, pois agora era planejar nossa estadia na ilha, passeios e conhecimento.

 Antes de recolhermos em nossos leitos, como todo jovem curioso e desafiador, resolvemos ultrapassar o limite atribuído, de não adentar em um aposento. Então, resolvemos ver o que continha naquela sala que nos foi negado o acesso. Porta sem chaveamento, adentramos e encontramos um equipamento de radiotransmissor, mapas, documentos e um armário embutido no qual continha algo que, por mais honestos que fossemos e sem vicio de bebidas, não tornar-se-ia despercebido: alguns litros de whisky Grant.

 Como tínhamos amizade intensa com o gerente Dininho, achamos que deveríamos burlar a bebida, principalmente o litro que estava aberto...e caso ele tivesse conhecimento, tudo não passaria de uma brincadeira.  Então saúde...e boa estada em Superagui.

 Retornando a Antonina, era tempo de carnaval e saímos fantasiados pela avenida, com um cantil cheio de Grants, e encontramos Dininho com sua esposa assistindo a festa. Oferecemos a bebida e falamos: É whisky! E ele não deixou por menos e deu um gole.

Passaram-se alguns dias, Dininho foi a farmácia e falou com o André que o encarregado da empresa, o João, o comunicou que tínhamos retirados um litro de whisky do quarto secreto da casa do Superagui. E André salientou: E aquele whisky que você tomou na avenida durante o carnaval, acha de quem era? Seu mesmo! E tudo virou uma grande chacota.

 

Este e mais de 50 causos fazem parte do livro
DIVÃ DO JEKITI - 
causos antoninenses

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sexta-feira, 10 de novembro de 2023

DIVÃ DO JEKITI...o livro. Causos antoninenses. Lançamento


LANÇAMENTO DO LIVRO
DIVÃ DO JEKITI
causos antoninenses

Mais de 50 causos contados pelos frequentadores do local. 
Gravados, transcritos e editados por
Eduardo Nascimento.  
São 112 páginas com algumas imagens apenas ilustrativas.

“Não poderia ser diferente. Depois de passar pelo Blog do Eduardo, tudo virou mais um livro, que ao todo já são sete. Eduardo, homem de riso e lágrimas soltas, amigo do peito, artista visual, fotógrafo, um dos idealizadores do Festival de Inverno da Universidade Federal do Paraná em Antonina, professor aposentado dessa mesma instituição, apaixonado pela sua pequena urbe, é autor e organizador de mais este folhoso. Como ninguém, ele sabe tocar o ontem, criar permanência e fazer o amanhã. No registro dos trinta autores e mais de 50 causos, com certeza o leitor vai se divertir, compactuar, chocar, mas indiferente não ficará.”

Texto extraído da apresentação de Marília Diaz



 "A história de um lugar, se constrói com a oralidade de seus moradores."

Os livros poderão ser adquiridos on-line.
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...com certeza o leitor vai se divertir, compactuar, chocar, mas indiferente não ficará.