quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Juntos...Ou separados

Ser gestor público de uma pequena cidade como Antonina, com suas inúmeras dificuldades, não tem muitos caminhos a seguir. Ou se proporciona uma gestão participativa, ou se admite a centralização absoluta.
Num governo participativo é preciso habilidade, maturidade e competência dos gestores para que junto com a comunidade possam definir e realizar tarefas prioritárias. Claro, a relação é muito trabalhosa, mas totalmente valiosa e transparente. O prefeito e sua equipe serão legítimos servidores públicos, a comunidade passa a ser autoridade, discurso sempre presente nos palanques eleitorais.
Em uma gestão centralizadora, o papel da autoridade fica com os gestores, que sempre tentam impor seus desejos e no primeiro momento atender os acordos politiqueiros. À comunidade simplesmente lhe cabe o dever de pagar seus impostos e usufruir os serviços sem a mínima qualidade, tais como: limpeza pública, iluminação, segurança, saúde e educação, esporte e lazer... Quanto às políticas públicas de desenvolvimento, são matérias que não permeiam os gabinetes deste pessoal. Falam muito, se desculpam como podem e sempre batem no mesmo teclado: a falta de dinheiro.
Para quem não falta dinheiro? Principalmente quando o que se arrecada não dá para manter as necessidades básicas, digo básicas, dos serviços públicos que deveriam ser disponibilizados a comunidade e para os seus protegidos, que a cada nova gestão, vai inchando ainda mais o tal “minguado” orçamento.
Aí chega a hora do discurso participativo. Criam imagináveis opositores e usam como argumento que as pessoas reclamam muito e não oferecem nenhuma solução. Mas que solução? A opção da centralização das decisões foi única e exclusiva do grupo eleito. Totalmente desviado da proposta apresentada e dos anseios dos eleitores.E agora falar em participação?

Em um governo participativo, a transparência é a essência da governabilidade. Se os recursos são poucos, a comunidade se reúne e conjuntamente com o governo, vai a busca de solução. Pois nada mais forte que a representação comunitária, política e organizada, que faz brilhar qualquer “zóinho” de político.
Caminhos para gerenciar a cidade existem. Dificuldades também. Mas é muito mais fácil e agradável quando se tem a sociedade ao lado. A verdade é verdadeira.

Um comentário:

  1. Bó, diante de um texto como este, não se precisa acrescentar mais nada! Está completíssimo! Temos apenas que lamentar... Oxalá um dia isto venha a se realizar na prática. A esperança é a última que morre. Abraço.
    Danilo Gomes.

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