sexta-feira, 29 de abril de 2011

DO DISCURSO A PRÁTICA

Temos que reconhecer as virtudes do nosso atual prefeito, quando é convidado e resolve falar sobre sua administração. Na Audiência Pública realizada a semana passada pela Câmara dos Vereadores, o alcaide sem ao menos estar portando anotações, discursou mais de cem minutos. Tentou explicar a atuação de sua administração frente à tragédia e foi mais enfrente, quando começou a sonhar com os projetos que deverão ser iniciados em 2013. Ora bolas, ano que “não deverá” estar mais no governo.
Na prática realmente nosso alcaide não passa de um desacreditado. Pois, levou os primeiros dois anos de sua administração, fazendo experiências e nem sequer teve a capacidade de colocar pessoas competentes para suas funções. Aliás, o que mais se encontra são desvios de função, pois a maioria do Secretariado não exerce a função para qual foi nomeada. E tem muito funcionário de carreira, que “carrega secretário no colo” e não é reconhecido financeiramente. Creio que desvio de função deveria ser caracterizado como crime de improbidade administrativa, tarefa a ser fiscalizada com rigor pela Câmara de Vereadores.
Outra área que nosso prefeito gosta muito de falar é sobre o Turismo. Até parece um entendido no assunto: “Porque isso... Aquilo tem que ser feito!...O empresariado deveria ter um olhar mais estratégico”...E outras “milongas” sempre são colocadas para desviar o assunto, quando realmente deveria é falar das suas ações para a melhoria dos equipamentos urbanos e da cidade como um todo.
Temos um Secretário de Cultura e Turismo que reconhece não ter a mínima autoridade na área do turismo, pois a tarefa foi repassada para a primeira dama, que deveria se preocupar exclusivamente na melhoria da qualidade de vida da população carente. Aliás, se no mínimo tratasse da “turma do litro” já estaria fazendo um grande benefício para a comunidade e também para o turismo. O nomeado Diretor de Cultura e Turismo, não aparece e se dedica – quando quer – as atividades esportivas. Quero deixar muito claro que a omissão e a falta de metas e cobrança é de responsabilidade do prefeito.
Ainda na audiência, quando perguntado sobre o Conselho Municipal de Turismo e sobre a Secretaria Municipal, o prefeito Canduca foi incisivo: “ Estaremos escolhendo as pessoas e nomearemos nos próximos dias, pois a Lei existe e deverá ser cumprida”.
Mas cá entre nós, será que alguém ainda acredita no atual governo? Será que ele irá reagir somente para tentar a reeleição e nos enganar de novo? Ou depois de tudo que aconteceu com nossa cidade ele vai nos levar mais a sério?
Somente levantei algumas questões. Julgue você mesmo...Mas não me venha encher o saco depois, principalmente se estiver alcoolizado. XÔÔÔÔÔ!

VALE A PENA LER DE NOVO

PUBLICADO EM 01/12/2008 10:33
O QUE É IMPROBIDADE?
Conforme a doutrina, entende-se por improbidade:
Numa primeira aproximação, improbidade administrativa é o designativo técnico para a chamada corrupção administrativa, que, sob diversas formas, promove o desvirtuamento da Administração Pública e afronta os princípios nucleares da ordem jurídica (Estado de Direito, democrático e Republicano), revelando-se pela obtenção de vantagens patrimoniais indevidas às expensas do erário, pelo exercício nocivo das funções e empregos públicos, pelo “tráfico de influência” nas esferas da Administração Pública e pelo favorecimento de poucos em detrimento dos interesses da sociedade, mediante a concessão de obséquios e privilégios ilícitos.
Da mesma forma, Improbidade é desonestidade em seu sentido mais amplo. Implica na falta de zelo com dois elementos: o patrimônio público e o interesse público. Relaciona-se com a conduta do administrador e pode ser praticada não apenas pelo agente público, lato sensu, senão também por quem não é servidor e infringe a moralidade pública.
Continua ... O ato de imoralidade, na opinião da melhor doutrina, afronta a honestidade, a boa fé, o respeito à igualdade, as normas de conduta humana e outros postulados éticos e morais. Qualquer cidadão pode propor ação popular, com objetivo de anular ato lesivo à moralidade administrativa. Não terá que arcar com as custas judiciais nem está sujeito à sucumbência, a não ser que fique comprovada a má-fé.


quinta-feira, 28 de abril de 2011

RIR

Tem hora que tenho vontade de sumir.
De “jogar a toalha” e ir brigar por...
Outra causa que no mínimo...
Eleve-me o pensamento.

Tem hora que tenho vontade de sumir.
Olhar para outro lado, ou trocar de...
Lentes, das ardentes...Suaves.
De voltar a sentir a alma utilizada,
Não debochada...Ignorada.

Tem hora que tenho vontade de sumir.
Mas de ir pra onde? Se aqui...
Devo ficar? Atrapalhar ou discordar...
Melhorar... Sei lá o que irão pensar?

Mas...Tem hora que tenho vontade
Mesmo...É de sumir.
Rir, somente rir...Se acaso;
Sumir.

Mas quem realmente esse lugar;
Irá parir? Ou somente sorrir?
Tem hora que tenho vontade mesmo...
É de...Sumir.

Eduardo Nascimento
28 abril 2011




E por que não?

Consertar o banco de pedra que se encontra quebrado há mais de
seis meses na Praça Cel. Macedo do lado do Jeki-ti?
Restaurar os postes de ferro que estão jogados na Secretaria de Obras
e recolocá-los nas Praças dos bairros?
Revitalizar as calçadas e pintar a mureta da Praça Cel.Macedo?

Aliás, para que serve a prefeitura? E não me venham agora com a desculpa que a prioridade é atender as vítimas da tragédia?

Tem uma pedra no meio do caminho...


No meio do caminho

No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.

Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra
Carlos Drummond de Andrade

N.E.do Blog:  No término de cada evento promovido pelo pessoal da prefeitura, sempre ficam dezenas de pedras que foram retiradas ou do calçamento das ruas ou das calçadas para a instalação de equipamentos. Infelizmente em sua maioria vai se perdendo no abandono e atrapalhando os transeuntes e os veículos. Será que não tem alguém na prefeitura que possa recolocá-las?

quarta-feira, 27 de abril de 2011


MOÇAO DE REPÚDIO A MP 520/10
Os professores aposentados da Universidade Federal do Paraná do Grupo de Trabalho de Seguridade Social e Assuntos de Aposentadoria da APUFPR-SSind., reunidos em 26 de abril de 2011, associam-se as manifestações do Conselho Nacional de Saúde, da Ordem dos advogados do Brasil e o ANDES-SN no repúdio a medida provisória 520/10 que cria a Empresa Brasileira de Serviço Hospitalares/SA que retira os Hospitais Universitários do patrimônio das Universidades Federais bem como sua gestão.
Essa tomada de decisão deve-se aos seguintes motivos entre outros: a MP 520/10 representa um retrocesso no processo de garantir a universalização da saúde por meio do Sistema Único de Saúde; compromete a qualificação dos profissionais da saúde que trabalham com a saúde pública subordinando-os a interesses privados; ameaça a produção de conhecimento socialmente orientada; e torna precárias as relações de trabalho dos funcionários dos Hospitais Universitários.
Além disso, tal empresa terá acesso a recursos públicos do SUS sem se submeter aos controles sociais a que hoje são submetidos os Hospitais Universitários. Como representantes de uma geração que lutou pela Educação e Saúde públicas, de qualidade e para atender universalmente à população brasileira, os professores aposentados alertam que a MP 520/10 enquanto um artifício que irá subordinar um serviço público, da mais elevada necessidade para o desenvolvimento brasileiro, aos interesses pecuniários de agentes privados pode se converter em um paradigma para extensão de soluções análogas a outros setores.

Por todos esses motivos repudiamos a MP 520/10 e conclamamos o Conselho Universitário da UFPR, os Parlamentares, os Ministros da Saúde, Educação e Orçamento, Planejamento e Gestão a se somarem no pedido de retirada de tal medida para que coletivamente possamos pensar soluções alternativas para resolver a situação dos hospitais, com financiamento e concursos públicos.


LANÇAMENTO DE LIVRO


Foto:Alice Varajão
Ontem,26 estive no lançamento do livro “As Marés” da amiga e conterrânea Yara Sarmento, que aconteceu no Hall do Teatro Guaíra em Curitiba. Nada surpreendente foi o público que compareceu e lotou o espaço, adquiriu um exemplar e não deixou de dar um grande abraço a autora, pessoa carismática, verdadeira e guerreira. Parabéns Yara!

LEI DE INCENTIVO A CULTURA

segunda-feira, 25 de abril de 2011

PAIXÃO SEGUNDO A PAISAGEM...

veja mais fotos:

AUDIÊNCIA PÚBLICA...EM TEMPO

Estive presente na Audiência Pública realizada na última quarta-feira,20 na Câmara Municipal de Antonina, onde foi apresentado pelas autoridades competentes um relato sobre as ações que estão sendo realizadas, pós tragédia de 11 de março. Quem mais usou a tribuna foi o prefeito municipal Canduca que falou por mais de 1h30min e de improviso procurou passar um diagnóstico da situação. Também usaram da palavra o diretor da Samae, Paulinho Broska e um tenente da Polícia Militar (desculpe me fugiu o nome) encarregado do atendimento às vítimas. No segundo momento o público, através de inscrição pode se manifestar, com depoimentos e perguntas.
O resultado politicamente foi positivo, pois a comunidade que não está acostumada a ouvir os políticos eleitos prestando contas, pode também cobrar ações que possam minimizar a situação pós-tragédia. O público esperado não foi a contento, pois faltaram representantes das vítimas diretamente atingidas, mas a galeria ficou com a sua capacidade lotada.
Entre as informações repassadas algumas me chamaram atenção, tais como:
a)      Que a polícia militar irá mensalmente trabalhar com as comunidades que moram em áreas de risco, fazendo treinamento e cursos para reconhecimento do local e como conviver em situação de alerta;
b)      Que foram liberados recursos pelo Governo Federal no montante de R$9milhões, e serão priorizados na construção de moradias e na manutenção de vales e córregos;
c)      Que ainda não foi identificado o local que deverá ser construídas as casas, ou condomínio popular para os desabrigados;
d)      Que ainda está sendo feito pela Cohapar o cadastramento detalhado das vítimas;
e)      Que a administração municipal tem um “belo discurso” de reconstrução da cidade, com uma revisão de valores.

Dos vereadores

Os vereadores presentes participaram com indagações e depoimentos, cobrando do prefeito mais agilidade e transparência das ações ligadas a tragédia. Registramos a ausência dos senhores vereadores: Tutico, Celso Padeiro e Cide Militão.

Proposta
Como participante usei o direito da palavra e sugeri ao prefeito e a Cohapar, que na elaboração do projeto para alocar os moradores que perderam suas casas, que verificassem junto ao Ministério das Cidades - a possibilidade de aproveitar os imóveis abandonados no Setor Histórico (ruínas) para a construção de habitações às famílias que perderam seus imóveis, com mais de 100m2. O prefeito “tem a caneta” e poderá muito bem ampliar as ações das moradias com a recuperação de alguns imóveis históricos. De cara a representante da Cohapar, disse não. Mas parece que não entendeu minha proposta.
Também encaminhei proposta, no sentido de se nomear um Comitê da Reconstrução, com formação no princípio da paridade, composta por representantes da sociedade organizada e da prefeitura.
Acredito que a reconstrução de uma cidade passa obrigatoriamente pelas ações da própria comunidade. É ela que poderá decidir, melhorar e facilitar a relação com os governantes.
A realização da Audiência Pública para discutir os assuntos emergentes da comunidade marca mais uma etapa na reconstrução de uma sociedade mais democrática. E nada melhor do que ocupar o nosso parlamento para nos comunicar – ao vivo e em cores – com os responsáveis em manter a ordem e a qualidade de vida em nossa cidade.
Quero aproveitarsem nenhum confete – e agradecer a presidência da Câmara de Vereadores, na pessoa do senhor Márcio Barela, que me atendeu e acolheu minha solicitação para a realização da referida audiência.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Amanhã tem Audiência Pública

Finalmente teremos um espaço para ouvir e perguntar sobre as ações que estão sendo feitas pelos órgãos competentes pós tragédia de 11 de março
AUDIÊNCIA PÚBLICA, 
que será realizada às 18 horas do dia 20 de abril - quarta-feira, 
nas dependências da Câmara Municipal. 
O momento é oportuno para a comunidade tomar ciência do assunto.
 Sua participação é importante. Divulgue!

segunda-feira, 18 de abril de 2011

VISITAS


No final de semana recebi visitas de amigos, atendendo o chamamento do blog.
Conversamos sobre a tragédia e aproveitamos o belo dia – com céu azul e tudo – para dar um passeio pela orla, antes do almoço. O endereço obrigatório é o Trapiche Municipal, onde pudemos deslumbrar a belíssima paisagem natural e o encantamento das pequenas construções que emolduram a enseada da praça, dando destaque para a Matriz do Pilar.
Até aí tudo bem. Quando dirigíamos ao mercado fomos interpelados por um pedinte em altíssimo grau etílico, conhecido frequentador daquelas bandas. Não vou ser hipócrita e dizer que foi uma beleza, aliás, o constrangimento foi total, mas “tomei conta do cidadão” e depois segui com os colegas. Tentamos achar um banco no largo do Mercado, para sentar e apreciar a maré que estava em sua marca máxima, mas constatamos que não havia nenhum em condições. Todos estavam quebrados. Demos uma espiada no Mercado e retornamos a minha residência pela praça da Feira Mar. Tive que desviar do calçamento junto à balaustrada para que as visitas não percebessem o estado de abandono que se encontra. Assim mesmo, tive que ouvi a indagação de sempre: “a cidade poderia ser mais bem tratada, não custa nada fazer os pequenos reparos para melhorar a aparência e a comodidade dos visitantes e da própria comunidade. Você tem certeza que tem prefeito em sua cidade?”
Bem, a gente tenta explicar...E não dá.
Pior mesmo é a gente divulgar que tudo permanece lindo, o pessoal atende a chamada e depois cobra que a  propaganda é enganosa. Durma com um barulho desse!

sábado, 16 de abril de 2011

ESCONDENDO O QUÊ?

Hoje estive na Estação fotografando a despedida dos equipamentos ferroviários e achei estranho os vidros da portas estarem sendo vedados com folhas de papéis. Sabemos que o local esta sendo utilizado pelo pessoal da prefeitura para armazenar mantimentos para as vítimas das chuvas de março. Então para que esconder?

MEMÓRIA FOTOGRÁFICA

Pessoal da ABPF-PR fazendo reparos na automotriz em 2003

O TREM SUMIU

Os equipamentos ferroviários que faziam parte da paisagem da nossa “Estação Ferroviária” foram recolhidos e levados pela ABPF-PR Associação Brasileira de Patrimônio Ferroviário, seção Paraná, proprietária das máquinas. O material foi guinchado e carregado em quatro caminhões com destino a oficina da
 entidade em Curitiba, onde passara por restauração.
Os equipamentos foram trazidos para nossa cidade em 2002 e funcionaram operando uma linha de turismo entre Antonina e Morretes, durante os finais de semana e feriados nos anos de 2005 a 2007. No início da atual gestão ouve uma consulta por parte da instituição a qual demonstrou total desinteresse pelo seu funcionamento. O equipamento foi retirado do local sem prévia autorização da ABPF e ficou a mercê dos vândalos, que depredaram totalmente o valioso patrimônio. O resultado da irresponsabilidade das autoridades competentes, quase chegou a tornar aqueles belos exemplares da nossa história ferroviária em sucata. Mas, graças à nova gestão da ABPF-PR, em tempo resolveu salvar o que restou e hoje levaram mais uma parte da história ferroviária de muitos antoninenses. Infelizmente já nos acostumamos com perdas. E agora acumulamos mais uma.
Espero que os bravos voluntários da ABPF-PR consigam restaurar os equipamentos e recoloca-los em funcionamento, em um lugar onde a cultura e a história sejam respeitados.
Até poderá ser por aqui. Mas em outro momento.





Estação sem trem...Trapiche sem barco e Porto sem navio. Este filme a gente da assistiu.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Antonina continua linda.

Litoral de braços abertos para os turistas na Páscoa


População e comércio de Morretes, Antonina, Guaratuba e Paranaguá se unem para atrair visitantes no feriado prolongado

Publicado Em 15/04/2011 | VANESSA PRATEANO E CAROLINA GABARDO BELO, ESPECIAL PARA A GAZETA DO POVO

Com pontos turísticos em ordem, serviços essenciais restabelecidos e o acesso rodoviário liberado, os municípios do litoral do Paraná terão no feriado prolongado de Páscoa uma chance de recuperar a economia, fortemente abalada pelo desastre que atingiu a região entre os dias 11 e 12 de março. Os deslizamentos de terra e inundações atingiram principalmente as áreas ru­­rais de Morretes, Antonina, Gua­­ratuba e Paranaguá, mas foi o centro das cidades, onde se localizam o comércio e serviços, que mais sofreu os efeitos econômicos da catástrofe. Cerca de 90% do movimento caiu. Os demais municípios, como Pontal do Paraná e Matinhos, também foram prejudicados pelo receio do turista em descer a serra.

Por isso, o feriado de quatro dias é esperado com ansiedade pelas associações comerciais e a preocupação com a falta de visitantes tem levado a população a realizar reuniões para discutir como atrair os turistas. Em Antonina, a Igreja Católica convocou um encontro com o prefeito e moradores para discutir um plano emergencial para a cidade. “O objetivo é, antes de tudo, resgatar a imagem da nossa cidade. O curitibano tem a im­­pressão de que a cidade está arrasada, mas ela já voltou à normalidade, e tem condições de receber os turistas”, diz um dos articuladores da reunião, o professor Mário de Castro. As propostas devem ser divulgadas até o início da próxima semana.

“As cidades estão esperando pelos turistas”, reforça a dona da Pousada das Laranjeiras em Antonina, Elisabete Fátima Carraro, que durante todo o mês não recebeu novos hóspedes e ainda teve de devolver o dinheiro de reservas antecipadas. A área de hotelaria foi até mais afetada do que os restaurantes, uma vez que, mesmo após a retomada do serviço de trem para passageiros e do acesso rodoviário, o turista ainda não desceu a serra para pernoitar no litoral.

Proprietário do Restaurante Ponte Velha, em Morretes, Joaquim de Souza Júnior lembra que a vinda do turista é importante para que funcionários dos estabelecimentos comerciais, muitos deles afetados diretamente pela chuva, voltem a ter renda. Desde as chuvas, ele teve de dispensar 25 dos 30 empregados que trabalham no local durante o fim de semana. O restaurante, que já chegou a atender 500 pessoas simultaneamente, hoje não recebe mais do que 100 no final de semana. O proprietário espera que os turistas venham e vejam que o centro histórico não foi afetado. “Estamos prontos, só falta o pessoal chegar”, diz.
Trem é esperança
No feriado, a principal aposta do comércio é no trem de passageiros, que faz o trajeto entre Curitiba e Paranaguá, com parada em Morretes. No último fim de semana, a retomada do serviço, que estava interrompido desde 12 de março, levou cerca de 600 passageiros, dos quais cerca de 450 ficaram em Morretes e o restante seguiu para Paranaguá. No primeiro domingo com o trem operando, já foi possível sentir a diferença, de acordo com comerciantes. A dona do Restaurante Olimpo, Carmen Maria dos Santos, conta que o trem é fundamental para a sobrevivência do comércio, já que, sem ele, a mensagem passada ao turista é ruim. “O trem é muito divulgado não só aqui no Paraná, mas também lá fora. Se ele não vem, o turista, mesmo aquele que vem de carro, fica com receio”, avalia.

Promoção premia clientes em Morretes

Até a próxima quarta-feira, véspera do feriado, quem descer para Morretes pode solicitar a alguns estabelecimentos a participação na promoção “Morretes em dobro”. A estratégia, criada para atrair os turistas, premia o cliente que levar um acompanhante a um restaurante, que só paga por uma refeição. A campanha também vale para hotéis, pousadas e para um dos pacotes da Serra Verde Express, que opera o trem de passageiros entre Curitiba e Paranaguá. No total, são 25 empresas participantes.

Nos demais municípios, a Agência de Desenvolvimento do Turismo Sustentável do Litoral do Paraná (Adetur) está retomando a campanha “Visite e viva o litoral o Paraná”, que oferece descontos em 58 empresas das sete cidades litorâneas. Para participar, o turista deve retirar nos postos do Serviço de Aten­­di­­mento ao Usuário (SAU) às margens da BR-277 um passaporte a ser apresentado nas lojas em questão, discriminadas no folheto. A promoção vale até novembro de 2011, para todos os dias da semana, exceto feriados. A expectativa do presidente da Adetur, Carlos César Gnata, é movimentar até R$ 80 milhões até o fim do ano.

N.E.Blog: os grifos são meus.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

UM MÊS DEPOIS

Estive no Bairro das Laranjeiras, um mês depois da tragédia do dia 11 de março, quando parte do morro deslizou soterrando e destruindo dezenas de moradias. A paisagem é constrangedora, as casas continuam soterradas e os moradores não conseguem sequer retirar alguns pertences. Não há até o momento nenhuma decisão por parte das autoridades competentes sobre o destino daquela comunidade. Nem ao menos a rua (Nenê Chaminé) que dá acesso ao bairro foi desobstruída. Não sabemos por que a prefeitura ainda não retirou o entulho da rua, no sentido de liberar o tráfego e visualmente retirar os vestígios da tragédia. Estão esperando o quê? Veja as fotos:


A rua Nenê Chaminé ainda não foi liberada para o tráfego


terça-feira, 12 de abril de 2011

AUDIÊNCIA PÚBLICA

Finalmente teremos um espaço para ouvir e perguntar sobre as ações que estão sendo feitas pelos órgãos competentes pós tragédia de 11 de março. O presidente da Câmara Municipal de Antonina, Márcio Balera, no uso de suas atribuições, convocou as autoridades para a 
AUDIÊNCIA PÚBLICA, 
que será realizada às 18 horas do dia 20 de abril - quarta-feira, 
nas dependências da Câmara Municipal. 
O momento é oportuno para a comunidade tomar ciência do assunto.
 Sua participação é importante. Divulgue!

segunda-feira, 11 de abril de 2011

O 11 DE MARÇO

O dia 11 de março de 2011 será marcado pelos episódios naturais ocorridos em nossa cidade. A bela “deitada-a-beira-do-mar” como dizia o poeta, acordou assustada com as notícias nunca divulgadas de enchentes e deslizamentos de morros em seu ventre e entorno, causada pela quantidade de chuva torrencial que o abatia.
No dia anterior, a natureza já havia traçado um desenho do que estava a acontecer, quando começou chover em quantidade e volume nunca vistos, descendo dos morros, alagando os pontos mais baixos e dando o primeiro indício com o deslizamento no Morro do Bom Brinquedo, no coração da cidade.
Mas foi na noite do dia 10, quinta-feira e amanhecer do dia 11, sexta, que presenciamos o maior volume de chuva aqui registrado.
A quantidade e a força da água foram tão intensas que os telhados das casas indicavam que todos iriam desabar. As centenárias telhas de algumas casas históricas não resistiam tal quantidade que gotejavam por inteiro, causando pânico aos moradores. As luzes se apagaram, os telefones ficaram mudos e o abastecimento de água potável foi interrompido.
Mas foi em torno das 14h que começamos a perceber a verdadeira consequência das intensas chuvas, quando aconteceram os deslizamentos no bairro das Laranjeiras. Dois morros no seu entorno não suportaram tanta água, deslizaram e levaram árvores, pedras e lama soterrando grande parte das moradias e fazendo uma vítima fatal. Em outras localidades também aconteciam deslizamentos, como na Graciosa de Cima, no Bairro da Caixa D’agua, Buraco da Onça e no Km4. Somente não houve mais vítimas fatais nos soterramentos devido ao trabalho dos policiais do Corpo de Bombeiros, que nos primeiros sinais, retiraram os moradores. As ruas centrais se transformaram em verdadeiros rios e todas as casas abaixo do nível das ruas foram tomadas pelas águas. Bairros inteiros foram alagados.
Fomos todos vítimas, independente de grau de perda. A noite foi longa, mais ainda para os desabrigados que perderam tudo, e para centenas de desalojados que foram acolhidos em igrejas e escolas municipais. O momento era indescritível de pura tristeza, choro, pânico e desalento. Ninguém acreditava que tudo aquilo estava acontecendo conosco, pois estávamos acostumados ver este tipo de cenário somente pela televisão. Em outras comunidades.
As autoridades constituídas começaram imediatamente suas tarefas de abrigar as pessoas, cadastra-las e coletar doações para minimizar o sofrimento. A Defesa Civil fez sua parte e a maioria da comunidade não mediu esforços para ajudar. Um enorme mutirão aconteceu. Parecia que estávamos em guerra. Som de helicóptero tangia nosso amargo silêncio e dezenas de veículos cruzavam nosso olhar, carregando móveis, mantimentos e distribuindo água potável para a população. Autoridades de todos os escalões nos visitaram e viramos noticiário nacional.
O dia 11 de março, das tão cantadas chuvas nos pegou de maneira diferente, de surpresa, sem estarmos preparados, apesar de “termos consciência” da natureza do nosso habitat e da fragilidade do nosso solo. A natureza reagiu e mandou seu recado. Espero que tenhamos ouvido, visto e refletido para agirmos com mais sabedoria e respeito. Nossa cidade não é mais a mesma, depois do dia 11 de março de 2011.
Eduardo Nascimento
11 de abril 2011


sexta-feira, 8 de abril de 2011

MÚSICA NA RUA


Neste sábado dia 09/11/2011 teremos Música na Rua, com a dupla Ruy e Soraya.
Local: Hotel Camboa - às 21h. Prestigiem.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

PREVENÇÃO


Gleisi debate prevenção contra deslizamentos


“A intenção é contribuir na prevenção desses acontecimentos e colaborar na minimização de prejuízos humanos, materiais e ambientais, bem como subsidiar legisladores na busca de soluções para este grave problema climático e ambiental que pode se repetir futuramente”, disse a senadora Gleisi Hoffmann (PT), que será uma das palestrantes. No dia 16, às 10h, a senadora vai falar sobre “Legislação e Políticas Públicas: Uma Análise Crítica”.

O evento começa, às 8h30, com a discussão do tema “Deslizamentos e Enchentes no Brasil e litoral do Paraná: Uma Visão Panorâmica”. O programa também inclui mesa redonda, visitas técnicas e minicursos para elaboração de projetos para o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).

A programação será realizada no Teatro Municipal da Cidade de Antonina e as inscrições podem ser feitas pelo telefone (41) 3360-4256 ou pelo email cursos@sobrade.com.br.

25 milhões para o litoral

Dilma libera R$ 25 milhões para recuperação do litoral

Correio do litoral.com

O Governo Federal vai repassar R$ 25 milhões para obras emergenciais de reconstrução das áreas atingidas pelas chuvas em Antonina, Guaratuba, Morretes e Paranaguá.
A confirmação do repasse foi feita pela presidente Dilma Rousseff ao governador Beto Richa.
Os R$ 25 milhões repassados por meio do Ministério da Integração Nacional e Secretaria Nacional da Defesa Civil deverão ser utilizados na reconstrução e recuperação de moradias, de estradas rurais, pontes e vias urbanas, reconstrução e recuperação de prédios públicos, recuperação da canalização de rios e córregos e na recuperação de rodovias estaduais, entre outras obras emergenciais.
O detalhamento do plano de trabalho da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística prevê o repasse em duas parcelas que somam R$ 9,341 milhões para o município de Antonina; R$ 8,883 milhões para Morretes; R$ 5,072 milhões para Paranaguá; e R$ 1,705 milhão para Guaratuba.
"Nossa prioridade no momento é a abertura dos acessos aos locais mais isolados, para que as pessoas possam sair com segurança com seus veículos em caso de novas chuvas fortes. E também o desassoreamento, para aumentar a vazão da água de rios como o Jacareí, na localidade de Floresta, em Paranaguá", explica o chefe operacional da Defesa Civil do Paraná, major Antônio Hiller.
A Defesa Civil também está contratando uma consultoria técnica, que começa a trabalhar nesta quarta-feira (6), para realizar um levantamento complementar ao trabalho dos geólogos da Mineropar. O propósito é avaliar as condições de segurança para as pessoas permanecerem nas áreas que foram mais afetadas e também para avaliar as possibilidades de recuperação das áreas de produção agrícola e criação de animais.
"Pode haver casos em que a relocação de famílias terá um custo menor do que a recuperação de áreas que ficaram cobertas de pedras, areia, troncos e outros materiais", afirma Hiller.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

REMÉDIO EM DOSE CAVALAR MATA O PACIENTE

Os paranaenses souberam muito bem atender o apelo dos órgãos de comunicação com o espírito de solidariedade para as vítimas da tragédia que abalou nossa região com as chuvas de março. Mas agora a hora é de reconstrução e planejamento. Infelizmente o que a gente ainda vê pela cidade, são filas de pessoas carregando colchões, mantimentos, leite, móveis, roupas e garrafas de água mineral. Tem entidade recebendo doações e distribuindo sem o mínimo critério e tem muita gente aproveitando para estocar roupas e alimentos em suas residências, sem ao menos estar precisando. A invasão discriminada das doações e a distribuição sem critério vêm prejudicando diretamente nosso pequeno comerciante. Acredito que a faixa de desabrigados tenha sido bem atendida pela Defesa Civil, e agora a hora é de pensar grande e reconstruir a cidade, tendo o turismo como a mola mestra. Precisamos reconquistar a demanda e resgatar o encantamento pela cidade, gerando emprego e renda para a comunidade. Chega de pedirranha! Quando a dose é descontrolada pode matar o moribundo.

CADÊ OS TURISTAS?

A movimentação de turistas em nossa cidade, no último final de semana foi aquém do esperado. Nossos restaurantes e pousadas ficaram a “ver navios”, apesar do bom tempo que reinou por aqui. A prefeitura por sua vez não consegue sequer ter um secretário de turismo de verdade, pois enquanto um serve para assinar documentos, outros quando fazem alguma coisa, não comunicam ninguém, principalmente o empresariado, que é o maior responsável pelos bons serviços turísticos. Um "passarinho" me contou que o prefeito andou fazendo pesquisa boca-a-boca com o pessoal que distribui folhetos de propaganda dos restaurantes, e ouviu de todos o seguinte: “tá uma merda!” Pó, nem precisava perguntar. Se antes da tragédia a coisa ia meia boca, imagine agora. Cadê as ações da Secretaria do Turismo, aliás, quem é o Secretário de Turismo? O tempo do faz de conta acabou. Ou se muda o comportamento ou muito em breve iremos colher os piores frutos da crise: demissões, fechamento de empresas... Trabalho inteligente com participação é a solução.