segunda-feira, 23 de maio de 2011

Turismo. Assim não dá!

Para quem conhece um pouco da história da cidade, aconselho uma visita a colina da Matriz, na chegada das vans que trazem os turistas que nos visitam. É impressionante a falta de informação dos guias sobre a cidade e quase sempre passam uma imagem totalmente distorcida e errada.

No último sábado, 21 ao cair do sol em torno das 17 horas, sai com minha maquininha fotográfica para aproveitar as belas cores produzidas. Fui até o alto da matriz e me pus a observar o mar que estava notável. Nisso percebi a chegada de um grupo de visitantes, monitorado por um guia – não consegui identificar a operadora de turismo – que perguntado sobre o que eram aquelas ruínas, se pôs a explicar: “ Bem aquilo ali eram antigos armazéns de secos e molhados...funcionavam como sendo hoje os shoppings.” Até aí me fiz de idiota e continuei calado, pois “não tinha nada que me meter na conversa alheia”. Depois prosseguiu: “ Lá chegavam barcos, carregados de embutidos – salames...para abastecer a comunidade”. Aí tive a sensação auricular de “pura latrina” e não deixei por menos, meti minha “colher” na conversa “alheia”: “Oi moço desculpe, não era nada de armazéns de secos e molhados. Eram armazéns de erva-mate que era exportada por aqui”. Ele retrucou e concluiu: “ Depois... É que se tornaram armazéns de erva-mate.”

Para muitos isto parece que não é nada, ou quase nada. Mas para quem sabe um pouco da história de sua identidade, fica cada dia mais frustrado com a falta de informação dos nossos comunicadores e da sociedade quanto a sua própria história.
E daí, o que fazer para melhorar no mínimo as informações sobre nossa cidade, principalmente aos visitantes? Fácil realmente não é. É preciso vontade por parte de alguém, dos governantes, dos empresários e até das escolas, principalmente agora que temos um curso técnico para formação de guias regionais. Se ao menos o turismo fosse levado a sério por algum segmento, poderíamos já ter nosso portal turístico e lá seria parada obrigatória para todos os visitantes – vans e ônibus – que teriam o acompanhamento de um guia local (remunerado) exímio conhecedor da nossa história.
Mas, enquanto isto não chega, vamos continuar sendo receptor de “embutidos”.

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