Faltando pouco mais de um mês para que os interessados a concorrer ao próximo pleito eleitoral estejam devidamente filiados aos partidos, a dança por aqui já começou.
Enquanto uns bailam a valsa da despedida, outros mais oportunistas se contaminam com a música estonteante dos funkeiros, em busca de um espaço de letrinhas, conhecido como partido político. Para que possam mais uma vez nos proporcionar espetáculos ilusionistas, a partir de julho de 2012, com o início da campanha eleitoral municipal.
Infelizmente o mérito deixou de ser valor essencial para se chegar a uma candidatura programática. A maioria dos grupos está somente interessada no poder e nem sequer discute ou fala na tal cidade que querem governar.
O atual gestor municipal - que pensa na reeleição - deverá aparecer com o maior índice de rejeição, caso nesse momento, seja feita uma pesquisa de opinião pública. Com isso possibilita a ressurreição de sepultadas figuras funestas da nossa política. E é assim mesmo. O povo tenta mudar, mas se a mudança não acontece fica com saudades do antecessor. Referência imediata em sua fraca e frágil memória.
Os chefes poderosos que mandam nos partidos – e não me venham dizendo que são as bases que decidem – olham às pesquisas de opinião e na base do fórceps, colocam candidaturas goelas abaixo dos filiados, na projetual possibilidade da vitória e na provável garantia de mais um aliado para as futuras eleições visando um provável continuísmo. O que importa é o poder a qualquer custo.
Os sonhadores ficarão no escanteio, se coligarão para fortalecer os desejos dos mandatários ou simplesmente serão meros coadjuvantes numéricos.
Até o momento o que tenho ouvido e percebido, é que ainda não apareceu alguém ou um grupo que possa verdadeiramente representar os anseios da nossa população e realmente apresentar um projeto político e participativo para a nossa cidade. Por favor, não desenterrem os mortos. Levem flores e velas a eles.
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