terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Mirem...

























Que já volto. Vou dar uma esticadela pela orla catarinense. Prometo que mando notícias, pois não vou esquecer meus leitores. Boa nota...UFA!

Fédemais ou Fédemenos...compartilho

Deus, espero não estar pedindo demais e que o senhor que é onipotente e onipresente e se comunica conosco, míseros mortais, de todas as formas possíveis, inclusive por meio de nossos semelhantes, com todas as ferramentas possíveis de comunicação que nós mesmo criamos, incluindo a internete, humildemente e em nome das novas gerações que ainda não podem saber o que lhes espera se nascerem, se criarem e procurarem viver em Antonina que ouça nosso pedido. Então, faça de mim seu instrumento já que, acredito, ser absolutamente justa esta reivindicação:
 
- Por favor, Deus, ilumine a cabeça do Prefeito de Antonina e de todos os vereadores para que não transformem esta cidade maravilhosa, que é Patrimônio Histórico Nacional, no quintal sujo dos negócios deles transformando bairros residenciais em logística portuária para fertilizantes, porque não é este o tipo de emprego que as novas gerações esparam do desenvolvimento que estamos promovendo nesta cidade;
 
- Por favor, Deus, abra as portas para que empresas que produzem e ou transportam cargas limpas e que exigem qualificação da classe trabalhadora se instalem em Antonina, não este mundo dos fertilizantes que vai proliferar mais do que nunca com a revisão do Código Florestal, mas que não trará os grande navios para os estivadores carregarem em Antonina. Aqui sempre sobrará o fundo do navio para ser lavado porque, Deus, o senhor já foi maravilhoso em criar uma baía que nunca terá vocação portuária para transportes com navios, o que permite o mínimo de sua preservação. Então complete sua obra trazendo outro tipo de empreendimento, não este selvagem que se instala na cidade sem qualquer respeito com licenciamento ambiental, Código de Conduta e a população em geral;
 
- Por favor, Deus, ilumine a cabeça do eleitor antoninense para que ainda que vote errado mais uma vez porque acreditou, não vote nestes que criaram e ou virem a aprovar a proposta do prefeito e do Porto de Antonina em transformar toda a cidade, direta ou indiretamente, no armazem de fertilizantes que eles planejam para ganhar muito dinheiro e patrocinar a campanha deles. Deus desmascare eles durante o período eleitoral, por favor!
 
- E, por fim, Deus ilumine aqueles que são cosniderados a classe pensante da cidade a descerem de cima do muro para se manifestarem na luta pela qualidade de vida se não na cidade deles que seja pela cidade dos filhos deles.
 
Obrigada Deus, envio esta mensagem a todos os amigos em cópia para fortalecer a corrente da fé, mas não para pedir as coisas mesquinhas do meu dia a dia pessoal porque sofrer faz parte da existência. Ao contrário, para pedir o que é direito de todas as pessoas de boa vontade e de nossa amada mãe natureza que foi o senhor também quem criou e que está sendo terrivelmente desdenhada neste país. Dá vontade de chorar pelo que estão fazendo com o que chamam de árvores e passarinhos em nome do desenvolvimento, como se eles não tivessem direito à vida e como se nós, míseros filhos desgarrados desta mãe, não precisássemos de árvores e passarinhos tanto quanto precisamos de emprego. PAÍS RICO É PAÍS SEM POBREZA E INTEGRADO COM OS RECURSOS NATURAIS QUE EXISTEM NESSE PAÍS.
 
Amém

Eliane Beê Boldrini
Coordenadora Técnica-Científica
Associação de Defesa do Meio Ambiente e do Desenvolvimento de Antonina - ADEMADAN



Enviado pela Vereadora Marga
N.E.do blog: os grifos em negritos e o título são meus.

sábado, 28 de janeiro de 2012

CANOA VELHA

Música de Alceu Baron e Carrigo























Em uma determinada tarde - que não mas lembro de que estação do ano - recebi  a visita de um velho companheiro Alceu Baron, artista plástico e poeta da terra. Aos olhos do poeta, a velha canoa no fundo da minha sala transformada em sofá, se fez inspiração para uma toada, intitulada Canoa Velha.

Canoa velha
Lá no fundo da sala
Hoje só serve pra visita se assentar

Canoa velha
Minha velha companheira
Que ficou a vida inteira
Me levando  para o mar


Tenho lembranças
Da minha mocidade
Quando eu saía
Pela réstia do luar
Com frio e chuva
Eu pescava todo dia
E trazia com alegria
O sustento pro meu lar

Criei meus filhos
Com trabalho
E com suor
Todos eles estão formados
Com diploma de doutor
Hoje estou velho
Junto da minha canoa
Não me arrependo de nada
Pois fiz tudo por amor

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Definitivamente...Centro histórico de Antonina vira patrimônio nacional

A cidade é a terceira no Paraná a ser preservada pelo governo federal. A primeira foi a Lapa, em 1998, seguida de Paranaguá, em 2009

27/01/2012 | 00:42 | ELISA LOPES, ESPECIAL PARA A GAZETA DO POVO

O conjunto histórico e paisagístico da cidade de Antonina, no Litoral do Paraná, foi tombado como o mais novo patrimônio cultural do país. A decisão, unânime entre os 22 membros do Conselho Consultivo do Patri­mô­nio Histórico, na sede do Instituto do Patrimônio Histórico e Artís­tico Nacional (Iphan), em Brasí­lia, saiu na tarde de ontem e agradou bastante à cúpula estadual do órgão e ao poder público.

“Ficamos muito felizes porque foi uma discussão muito rica em Brasília, e o resultado foi alcançado por unanimidade dos conselheiros. Isso significa o reconhecimento do nosso litoral, mais uma vez”, disse o superintendente do Iphan no Paraná, José La Pastina Filho. A cidade é a terceira no Paraná a ser preservada pelo pa­­trimônio histórico federal. A primeira foi a Lapa, em 1998, seguida de Paranaguá, em 2009.
Em Antonina, o tombamento compreende, além do centro histórico da cidade, o complexo das Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo (IRFM). O conjunto poderá ser ocupado pelas atividades portuárias, desde que sejam preservados e recuperados os imóveis mais importantes. Segundo o Iphan, além de proteger os imóveis históricos e o complexo paisagístico da cidade, o tombamento contribui para que os moradores de Antonina resgatem o apreço pela preservação da cidade.
Foram dois anos de análise pelo Iphan do pedido de tombamento, feito pelo próprio município. Entre os motivos que levaram Antonina a integrar o patrimônio histórico nacional está a história do primeiro ciclo do ouro no Brasil, no século 17, e a ocupação territorial no Sul do país. Além disso, há a importância do cenário da cidade, com a presença da Serra do Mar, da Mata Atlântica e da baía, que, juntas, dão ao local um visual único.
“Esses holofotes que o Brasil coloca agora sobre a cidade são importantes para que muitas pessoas sejam atraídas por Antonina. É um momento que deve contribuir com a recuperação também da autoestima da cidade e de todo o povo”, comenta La Pastina.
Prioridades
Com o tombamento aprovado, Antonina pode agora conseguir recursos do Programa de Ace­leração do Crescimento (PAC) das Cidades Históricas, que se destina a recuperar a paisagem dos municípios antigos. Entre os projetos de melhoria estão a re­­moção da fiação aérea no município, o incentivo ao turismo náutico, a requalificação da mão de obra na cidade (principalmente nos restaurantes) e o planejamento urbano (que inclui a proteção das encostas).
Descontentamento
Tombamento não agradou a todos
A decisão anunciada ontem não agradou a todos na cidade. A artista plástica Liz Szczepanski, que mora na cidade desde 1999, considera que a prioridade da administração pública de Antonina deve ser o investimento na cultura, o que, consequentemente, alavancaria o turismo da região. “O tombamento gera um novo conceito, mas conceito não é forma. Para explorar isso de maneira objetiva e concreta, que dê retorno, tem de ter progresso aliado à sustentabilidade do patrimônio”, explica Liz.
O padre Marcos José de Albuquerque, da Igreja Nossa Senhora do Pilar (construída em 1714 e a partir de onde ocorreu todo o desenvolvimento urbano do município), diz que é contra a decisão, como representante da Igreja e como morador da cidade. “É uma lástima, a população não foi consultada antes dessa decisão. E a cidade vai ser tombada sem que o povo concorde totalmente com isso. O poder público manda no que é nosso, diz que ajuda, mas no fim não ajuda”, diz o padre.
O reconhecimento de um bem móvel, imóvel ou natural como patrimônio impede a demolição ou qualquer alteração do projeto original sem autorização prévia. Segundo o padre, essa restrição é um dos problemas do tombamento. “Tem de pedir permissão pra fazer qualquer coisa, até trocar uma telha. Para tudo precisa de autorização, que demora, porque o processo é muito moroso”, completa.
Segundo o superintendente do Iphan no Paraná, José La Pastina Filho, o tombamento do governo federal dá apenas mais reconhecimento ao imóvel. Na prática, segundo ele, já havia essa preservação, porque a Constituição determina que a manutenção do patrimônio histórico e cultural é responsabilidade do município e do estado. “O tombamento de maneira alguma impede qualquer ação. Nós vamos trabalhar em conjunto com a prefeitura para que as construções maravilhosas sejam preservadas. Isso é a alma, é o coração da cidade de Antonina”.
























Nota do Editor do Blog: Agora o Tombamento é definitivo e podemos contar com as leis de proteção ao nosso patrimônio arquitetônico e paisagístico. Esperamos que o Iphan-Pr se faça mais presente na cidade, realizando as Audiências Públicas para normatizar o Tombamento e na constituição da Comissão Municipal do Patrimônio Histórico e Artístico, órgão de controle social.
Que a atual administração municipal dê o exemplo e cumpra rigorosamente a Lei, pare com a hipocrisia e incompetência e definitivamente consulte as entidades deliberativas, antes de começar um projeto, para não ter que alterar as leis para atender as necessidades de algum apadrinhado. Muito menos culpar pessoas por suas omissões e irregularidades.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

GENTE DA GENTE

In memoriam 
Felipe Zamorano (Bueiro)

Moça

ERA UMA VEZ...

Era uma vez um vaga-lume e uma cobra. A cobra não podia ver o vaga-lume que imediatamente o queria exterminar. O vaga-lume corria de um lado a outro e a cobra sempre o perseguia. Em um determinado momento, o vaga-lume se sentindo acuado, resolveu parar e perguntar para a cobra, por que ela o perseguia. Pois ele não pertencia a sua espécie e nem ao menos se importava tanto com ela. A cobra o respondeu imediatamente: "é que você tem luz própria e ela me perturba quando estás por perto".

domingo, 22 de janeiro de 2012

FALTAM PROJETOS E VONTADE II

Quando olhamos para a nossa pequena faixa beira-mar urbana, que não chega a 700m e compreende nada mais que duas ruas, a Marques do Herval e a Antonio Prado, tomada em sua maioria pela Praça Feira Mar (Romildo Pereira), notamos claramente a falta de planejamento em sua ocupação.
Do antigo pátio de cargas que ocuparia os pequenos navios que ali aportavam até o início dos anos sessenta, somente restaram algumas construções que hoje se encontram em ruínas. Em 1969 o pátio de cargas cedeu lugar a I Feira Mar, evento que tinha como proposta expor nossos produtos e serviços, promovido pela gestão do prefeito Romildo G. Pereira.
A expo não passou de sua primeira edição e o local se tornou conhecido como Feira Mar sendo lentamente organizado e transformado em praça, recebendo o nome do prefeito realizador.
Se por um lado o prefeito deu um novo tratamento para aquele território, por outro em nome da “modernidade” demoliu vários armazéns e o centenário Mercado Municipal.
De lá pra cá se passaram 50 anos e quase nada foi realizado, a não ser a construção de um outro Mercado e o Trapiche, que sempre são objetos de especulações políticas de governos que resolvem fazer mais uma das suas reformas, com intenção nada transparente.
O referido espaço, vem sendo palco de vários experimentos administrativos municipais. Um resolveu construir um monumento e mandou calçar toda a praça. Outro instalou nova iluminação, mas os recursos foram insuficientes para todo o logradouro. Alguém mandou fazer uma quadra de esportes e finalmente cortaram dezenas de árvores, destruíram calçadas e cercaram com alambrados nossa praça. Tudo na justificativa miúda da tal aparente melhoria.
O que nos parece é que realmente falta - por parte dos nossos administradores - um olhar mais perspicaz sobre o espaço, sua importância e como transformar aquelas ruas a beira-mar em uma orla organizada e atraente. Preservando suas características arquitetônicas e paisagísticas.
Posso até afirmar que não foi por falta de projetos. Vários foram elaborados pelo governo estadual, mais nunca saíram do papel. Não acredito que tenha sido por falta de recursos, mas por falta de vontade e peso político dos nossos prefeitos e representantes (não temos nenhum na esfera estadual e federal).
Entre todos os projetos que acompanhei, o que mais me fascinou foi o apresentado pelos alunos do Curso de Arquitetura da UFPR no XIII Congresso da União Internacional de Arquitetos/México 1978, de autoria dos alunos  Beatriz Mazer, Célia Maria Lass, Janete Joucowski, José Tadeu Smolka, Marilice Casagrande Lass e Wladir Simões de Assis Filho.
O projeto na essência consistia na transformação do referido espaço - mais precisamente na Marques do Herval ao fundo da Matriz - em Espaço Administrativo, aproveitando todas as características do local e principalmente na recuperação das construções abandonadas.
O projeto acadêmico foi um sucesso, mas não conseguiu ultrapassar sua função em convencer os políticos de plantão para sua implementação.
Em plena segunda década do novo século, a cidade continua a espera de alguém e de um governo, que tenha um olhar mais estendido, que possa entende-la holisticamente, mas que no mínimo reconstrua um dos nossos ricos tesouros: nossa paisagem urbana a beira-mar.


Croquis do projeto Espaço Administrativo













sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

"Balas Perdidas" em Antonina
















Todas de banana. Experimente!

FALTAM PROJETOS E VONTADE I


Tenho acompanhado os desígnios da nossa cidade nos últimos trinta anos. A maior parte do tempo com um olhar distante por conta da necessidade profissional exercida em outras localidades. Nos últimos cinco anos optei em voltar a residir aqui e hoje convivo de perto com seus bons e maus fluídos.
O que mais sinto é a falta de um plano de desenvolvimento sócio-cultural e econômico para o município apresentado pelos gestores, quer municipal como estadual.
Temos um Plano Diretor aprovado em 2008, que muito bem baliza as diretrizes dos programas, projetos e ações que deveriam ser tomadas por nossos administradores públicos, mas infelizmente – conjuntamente com o nosso legislativo - fingem desconhecer tais diretrizes e dá prosseguimento a política do descaso e da falta de perspectiva para a comunidade. Ou seja, faltam políticas públicas.
Por pura ironia do destino e necessidade logística de mercado, de década em década surge uma possibilidade em se instalar na cidade alguma empresa, que promete gerar emprego na já provada e desgastada área portuária.
Aconteceu com a estatização dos terminais portuários na década de 70; na instalação do Terminal Energético de Carvão e na Fábrica de Casas Pré-Fabricadas para exportação em 80; nos Terminais Pesqueiros e no Estaleiro Reunidas na década de 90, quando realmente começamos a sentir na carne o total desmanche do Porto Oficial Barão de Teffé. Foi também em noventa que surgiu o terminal concessionado da Ponta do Félix, emergindo mais uma vez nossa tendência portuária. Que nos últimos anos também passou por difíceis momentos, tendo revisado suas funções, mas ainda é o que realmente sobrou, daquilo tudo o que nos foi apresentado e prometido.
Hoje convivemos com mais uma expectativa na ocupação do imóvel do Porto Oficial Barão de Teffé, para um “canteiro de obras” por empresa ligada ao projeto do Pré-Sal. Realmente precisamos gerar emprego e renda para o município e “qualquer” atividade será bem vinda. Nossa necessidade deverá também gerar possibilidades de continuidade para que possamos investir em infraestrutura e capacitação aos nossos jovens, mas que no mínimo sinalize com um desenvolvimento sustentável e longínquo. Caso contrário, retornaremos ao nosso mesmo estágio de letargia e decadência.
Peço desculpas por não entender profundamente este tipo de negócio, mas são movimentações que me inquietam e me faz pensar ao tentar visualizar o lago um pouquinho abaixo de sua superfície, tarefa árdua e muitas vezes imprecisa.
Amanhã vou tentar falar de coisas mais próximas: planejamento urbano.



domingo, 15 de janeiro de 2012

A QUEM POSSA INTERESSAR

A altura do alambrado será reduzida.

















Entre várias obras paralisadas na cidade, de responsabilidade da prefeitura municipal, encontramos pavimentação de ruas, construção de pontes, ampliação de escolas, reforma de calçadas entre outras. Uma delas é a construção de alambrado na quadra da Pç. Romildo Pereira – Feira Mar – que foi interrompida por falta de aprovação do projeto pelo Iphan-Pr, órgão responsável pelo tombamento da cidade, que aconteceu no mês de julho próximo passado.
É bom deixar claro, que o tombamento da cidade foi realizado por solicitação da própria administração municipal, que deveria cumprir com os novos parâmetros estabelecidos na proteção paisagística e arquitetônica.
Durante os últimos trinta anos - desde quando o saudoso Aloísio Magalhães era o presidente nacional da instituição – tenho um relacionamento estreito com a entidade por ser uma área próxima a minha formação artística e acadêmica.
Quando aparecem situações e questionamentos pertinentes ao Patrimônio Histórico, sempre recorro a Coordenadoria Estadual do Patrimônio e ao Iphan-Pr, para esclarecimentos, principalmente agora que passamos por um momento de tombamento da cidade. Pedir informações aos órgãos públicos não é nenhum crime, pois eles existem para prestar serviços, proteger e fiscalizar nossas ações.
Atualmente solicitei explicações sobre a autorização do Iphan para a construção do alambrado na Praça e também sobre a construção da Garagem da Cultura, que começaram a construir em 2010 e está há mais de seis meses parada.
No caso do alambrado – quero deixar bem claro que ninguém é contra melhorias na quadra de esportes – a instituição não tinha sido consultada e notificou a prefeitura para encaminhar o projeto para análise. A obra ficou parada por alguns dias e a entidade já liberou a construção do tal alambrado, desde que tenha sua altura reduzida. Creio que por problemas de visibilidade e volumetria, valores importantes para preservar a visibilidade paisagística do setor histórico.
A atual administração precisa assumir seus erros - que são muitos – e não usar pessoas como escudo de sua inoperância. Que seja mais responsável e verdadeira.
No caso da Garagem da Culturaconstrução paralisada ao lado do Teatro Municipal - a construtora contratada abandonou a obra e cabe a prefeitura sua conclusão e até impor sanções cabíveis contra a empresa responsável. Os recursos são de convênio entre a PMA e o MINC, com supervisão do Iphan-Pr.
Infelizmente nossa cidade caminha muito lentamente e sempre escuto que por aqui nada acontece porque tem sempre alguém que interrompe o processo. Mas não é bem assim. O que ainda não aprendemos foi planejar e cumprir com todos os rituais estabelecidos pela lei. Precisamos de um executivo qualificado, para não ter que “achar purpurina no bolso alheio”. Com competência e planejamento já é difícil tocar a máquina pública. Mas sem, é impossível. Temos que reconhecer “nossa” incompetência.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Não faço porra nenhuma.

Aos preocupados com meu ócio remunerado e criativo. Mando um relatório sobre minhas expectativas produtivas para um possível novo ano. Aliás, depois dos sessenta anos, os projetos são para curtos e curtíssimos prazos. Tem que acontecer o mais rápido possível.
Estou selecionando matérias postadas em meu blog no período de 2006 a 2011 para publicação em livro, que deverá ser lançado ainda no primeiro semestre deste ano.
Também estou elaborando projeto para um novo livro fotográfico, que deverá ser encaminhado para apreciação e aprovação do Ministério da Cultura, e desenvolvido a partir do segundo semestre de 2012 até final de 2013. Claro, tudo dependendo das boas revisões clínicas e acompanhamentos do meu cardiologista, urologista e do que se fizer necessário, para conservar a velha máquina já gasta pelo tempo e pela insistência de viver intensamente o meu mundinho. Araquém...Saravá! Xô olho grande.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Visita a Laranjeiras...10 meses depois.

O vestígio da avalanche de barro e pedra foi tomado pelo mato.
Hoje, após 10 meses da tragédia dos deslizamentos no Bairro das Laranjeiras, voltei ao local e encontrei tudo como a natureza deixou em 11 de março de 2011. Única coisa que percebi de diferente foi o mato que tomou conta do local e que algumas casas foram desmanchadas pelos proprietários. Também notei que - apesar da Defesa Civil e da Mineropar ter mapeado o local e considerar área de risco - tem proprietário que retornou a ocupar sua moradia, se expondo mais uma vez aos riscos de um possível deslizamento, causado pelas intensas chuvas que atingem nossa cidade, durante os meses de verão.
A tristeza se faz presente, principalmente quando não se registra nenhuma ação preventiva tomada por parte dos governos, a não ser a retirada dos moradores. Continuamos abandonados à mercê da sorte e da força da natureza. Quem acredita no além, tem mais é que rezar.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

HISTÓRIAS E ESTÓRIAS VII

E.S.Filhos da Capela - Década de 60


VEM CHEGANDO O CARNAVAL

Lembro muito bem ainda quando criança e escoteiro do Grupo Valle Porto, comandado por Maneco Picanço, lá pelas décadas de 60/70 – do século passado...é claro – no final do mês de janeiro e início de fevereiro, nossa sede – A Caserna – era tomada pelos co-irmãos da Escola de Samba Filhos da Capela. Zéco Pinto, Wilson Cavancanti e Miro Raposa – alguns personagens que ainda lembro – e muitos outros, iniciavam os preparativos para os ensaios da Escola.
Achar e juntar os instrumentos de percussão era a mais árdua das tarefas. Depois vinham os consertos feitos manualmente com couros brutos, oriundos dos pequenos matadouros da cidade. Eram dias e dias desmontado e montando os instrumentos que deveriam estar afinados para os ensaios e até o dia do Carnaval.
Uma das imagens que também tenho registrado em minha retina, era o Estandarte - hoje substituído pela bandeira – muitas vezes bordado por minha mãe em nossa casa. Encantava-me pelas pedras luminosas que enriqueciam aquele símbolo.
Naquele tempo, nossas Escolas de Samba eram formadas apenas por um conjunto de instrumentistas, a Porta Estandarte e alguns passistas. Que desfilavam as tardes de carnaval pelas ruas da cidade, com o único objetivo de festejar e comemorar a data.
Apesar de não existir nenhum tipo de disputa, pairava sempre uma certa rivalidade entre as agremiações, quando se encontravam na avenida. As maiores rivalidades aconteciam entre as Escolas de Samba Filhos da Capela, do Batel e a do Matarazzo. Bons tempos do nosso belo carnaval.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Minto

O mito mata o mato,
Ou mato o mato ou mito.
Minto que não vejo o mato
Mato, minto...Mito.

Se eu não ver o mato
Mato, minto o mato.
Mas se eu minto
Mato o mito.

Eduardo Nascimento
8 mar 2009

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

O que falar?

Com a chegada das festas de final de ano, chegam também momentos das cobranças dos filhos, amigos e familiares. Cada um prepara sua casa da melhor maneira possível para recepcionar a parentada, mas quando chega a hora de pegar a turma e dar uma volta pela cidade, ouvimos sempre as mesmas reclamações: A cidade está abandonada!...Começa-se uma obra e não se termina!...Não é possível que o prefeito não consiga mandar aparar a grama da praça!...E ninguém faz nada?...É uma pena...A cidade é tão bonita, mas com cara de abandono!
Não sei explicar como conseguimos cultuar por várias e várias administrações o mesmo estado de desleixo para com a nossa cidade. Claro que temos uma dose enorme de culpa, pois não cobramos das autoridades seus serviços essenciais e obrigatórios. Até parece que a longa convivência com este estado letárgico eliminou nosso senso crítico.
Vivemos em uma pequena cidade que muito bem poderia ter um tratamento mínimo, contínuo e de qualidade. Não precisamos muito, mas o necessário para que possamos viver com dignidade e não ter vergonha de levar alguém para conversar na Praça, fazer uma visita ao Trapiche Municipal (durante a noite é impossível), ou simplesmente andar pelas históricas ruas do centro da cidade (cheias de mato e lixo). Bem estou somente falando de coisas muito pontuais e aparentes, imagine se tentasse chegar aos bairros e falar dos problemas básicos de cada um?
Dois mil e doze será mais um ano político e novamente dependerá de nós mudar novamente de rumo, já que tentamos várias vezes e tudo continua como dantes.
Mas falar o quê?

ANO NOVO e velhos problemas