terça-feira, 8 de maio de 2012

Descendo a Serra


As vocações naturais da nossa cidade para um projeto de desenvolvimento a curto e médio prazo, já foram alentadas até pelo próprio Plano Diretor como portuária e turismo. Mas, nenhum governante teve a competência de no mínimo apresentar um Programa de Desenvolvimento nas áreas para sua gestão.
Nosso pequeno terminal portuário, da iniciativa privada, precisa de vontade política de Paranaguá para que possa operar dentro de um fluxo de normalidade. O que mais se nota é uma total instabilidade quanto à área e as políticas públicas do Governo Estadual, concessionária dos serviços portuários.Continuamos convivendo com a incerteza do até quando?
Na área do turismo, que muito poderia ser feito por iniciativa quer do poder público como privado. Todos parecem se conformar com as migalhas colhidas durante alguns eventos e finais de semana. Nada é apresentado para a sociedade, como parte de uma peça de planejamento estratégico de um programa mínimo de geração de renda. Tudo fica no faz de conta.
Vivemos em uma cidade com um potencial latente ao turismo, principalmente o doméstico. Ao pé de serra e baía com história e muita cultura. Próxima a uma clientela de 2,5 milhões de pessoas a somente 85km, com bons acessos e disposta a viajar, trocar, conhecer e se aventurar no seu dia-a-dia, nos finais de semanas e nas férias. Ou seja, gastar.
Mas turismo se faz com organização, competência, infraestrutura, atrativos, serviços de qualidade e bons preços.
Infelizmente, o que notamos além da incompetência dos nossos governantes, é o total descaso com o desenvolvimento da cidade. Eles até sabem o caminho, mas se fingem de mortos, e se preocupam somente em engordar suas contas bancárias, garantindo uma boa poupança para a sobrevivência pós-gestão.
Mas, independente de suas vontades e quando o pessoal resolver descer a serra – a tal demanda reprimida – irá gerar uma necessidade emergencial e teremos que arrumar a casa para recebe-los. Ou seja, mas cedo ou mais tarde, nossa comunidade terá que se preparar para atender a tal demanda, independente da vontade ou competência dos nossos gestores. Somente assim poderemos ainda sonhar com uma cidade mais humana, justa e agradável, primeiramente para nós moradores e em consequencia para os turistas. Poderia ser muito mais fácil se planejado.
Tenho dito.

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