As vocações naturais da nossa cidade para um projeto de
desenvolvimento a curto e médio prazo, já foram alentadas até pelo próprio
Plano Diretor como portuária e turismo. Mas, nenhum governante teve a
competência de no mínimo apresentar um Programa de Desenvolvimento nas áreas
para sua gestão.
Nosso pequeno terminal portuário, da iniciativa privada,
precisa de vontade política de Paranaguá para que possa operar dentro de um
fluxo de normalidade. O que mais se nota é uma total instabilidade quanto à
área e as políticas públicas do Governo Estadual, concessionária dos serviços
portuários.Continuamos convivendo com a incerteza do até quando?
Na área do turismo, que muito poderia ser feito por
iniciativa quer do poder público como privado. Todos parecem se conformar com
as migalhas colhidas durante alguns eventos e finais de semana. Nada é
apresentado para a sociedade, como parte de uma peça de planejamento
estratégico de um programa mínimo de geração de renda. Tudo fica no faz de
conta.
Vivemos em uma cidade com um potencial latente ao turismo,
principalmente o doméstico. Ao pé de serra e baía com história e muita cultura.
Próxima a uma clientela de 2,5 milhões de pessoas a somente 85km, com bons
acessos e disposta a viajar, trocar, conhecer e se aventurar no seu dia-a-dia,
nos finais de semanas e nas férias. Ou seja, gastar.
Mas turismo se faz com organização, competência,
infraestrutura, atrativos, serviços de qualidade e bons preços.
Infelizmente, o que notamos além da incompetência dos nossos
governantes, é o total descaso com o desenvolvimento da cidade. Eles até sabem
o caminho, mas se fingem de mortos, e se preocupam somente em engordar suas
contas bancárias, garantindo uma boa poupança para a sobrevivência pós-gestão.
Mas, independente de suas vontades e quando o pessoal
resolver descer a serra – a tal demanda reprimida – irá gerar uma necessidade
emergencial e teremos que arrumar a casa para recebe-los. Ou seja, mas cedo ou
mais tarde, nossa comunidade terá que se preparar para atender a tal demanda,
independente da vontade ou competência dos nossos gestores. Somente assim
poderemos ainda sonhar com uma cidade mais humana, justa e agradável,
primeiramente para nós moradores e em consequencia para os turistas. Poderia ser muito mais fácil se planejado.
Tenho dito.
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