quinta-feira, 28 de junho de 2012

Nunca na história


“Nunca na história desta cidade, se viu tanta obra pública sendo executada ao mesmo tempo. Como também nunca se viu um prefeito com tão baixa popularidade, tornando-se refém de seus próprios erros e aliados”.

Hoje presencie um momento visionário interessante, como poucos nestes meus sessenta anos de vivencia na cidade.
Passando pela Thiago Peixoto deparei com a nova fachada, toda emplacada e urbanizada do prédio do Hospital Municipal. Enfrente e do outro lado da rua, uma equipe da prefeitura tirando o mato e reparando a calçada. Um pouco mais acima, máquinas e trabalhadores construindo a todo vapor, a alça rodoviária que ligará as duas avenidas: Thiago Peixoto e Conde Matarazzo. Andei mais duzentos metros e deparei com as obras do Conjunto Residencial Nova Laranjeiras, que abrigará parte dos moradores do bairro do mesmo nome, vitimados pelas chuvas de março de 2011. Cruzando a linha férrea indo para o Saivá, também presenciei a turma da ALL recuperando os trilhos do trecho Antonina-Morretes que será em breve reativado.
Coisas boas que estão sendo construídas na cidade poderiam muito bem se tornar bandeiras facilitadoras para que a comunidade exigisse a reeleição do atual prefeito. Mas, infelizmente ele esqueceu que política se faz com pessoas e partidos. Obras não votam. Pessoas se conquistam, principalmente quando são valorizadas. Nos parece que fomos esquecidos, junto com os pequenos reparos necessários para o nosso dia-a-dia.
Os desencontros e desencantos foram ainda mais contaminados pelo pecado-capital da subestimação da memória do seu eleitorado e até dos seus apoiadores partidários.
Até aqui, ainda não se sabe se teremos um candidato a reeleição. Pois nem o seu próprio partido acredita nisso. O tempo agora é de colheita, e cada um colhe o que plantou...e tenho dito.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Livros do Bó

Meus livros poderão ser encontrados em Antonina nos seguintes estabelecimentos: ARTENINA/Artesanato no Mercado Municipal, Restaurante Baía de Antonina, Restaurante Buganvil e Empório Pimenta Doce.


Ou solicite pelo e-mail: eduardobo51@ibest.com.br

segunda-feira, 25 de junho de 2012

CULPADO.


Quando um cidadão resolve mudar o destino de sua cidade, votando em alguém que se apresenta confiável e que poderá proporcionar tais mudanças para a melhoria das condições de vida de toda a comunidade, mas depois de eleito, não passou de mais uma mentira. O tal cidadão esperançoso fica cabisbaixo e não encontra um novo horizonte para se deslumbrar.

Nosso histórico político possibilita uma leitura nada agradável, quando deparamos que nos últimos 30 anos quase nada foi feito, para tirar nossa cidade do abandono instituído pela própria política.
Que alguma coisa de “concreto” foi feito por nossos mandatários... foi.
Uns construíram praças, outros arrumaram ruas, construíram escolas e agora até hospital. Mas nenhum soube dar início a um Programa de Desenvolvimento Sustentável para a cidade. Ficaram administrando apenas para melhorar a performance financeira de suas famílias, mantendo uma política extremamente clientelista e assistencialista.
A maioria dos nossos mandatários demonstrou total habilidade em manter no cabresto um grande elenco de pessoas, ora no empreguismo oficial, ora no assistencialismo. Mas falharam totalmente quando a habilidade se fazia necessária à prática democrática, na constituição dos segmentos sociais e nos encaminhamentos de uma política participativa. Tudo ficou muito igual.
Agora, faltando pouco mais de noventa dias para a realização de novas eleições municipais, deparamos com os mesmos vícios no processo de escolha dos candidatos. O que continuará nas campanhas e na possível e provável administração. Não mudando nossa maneira de ser e fazer política, nossos políticos serão os mesmos e a continuidade do descaso continuará.

Pior é deslumbrar com a possibilidade de um retrocesso, ainda maior. Na volta de uma administração que comprovadamente já se apresentou como incompetente e irresponsável. E foi nas urnas – em duas eleições anteriores – derrotada. Dando espaço para seus até então adversários que prometeram as tais mudanças...e não fizeram.
Mas como a única cria humana que pode ressuscitar é o político, devido à péssima performance dos seus sucessores. Ela esta aí de volta...com toda turma para mais um jogo safado, nesta tão jovem e viciada democracia brasileira.
Mas quem é o culpado?

domingo, 24 de junho de 2012

FINAL (IN) FELIZ...Vale a pena ler de novo.


Publicado em 01/06/2008 e no livro "TENHO DITO. Antonina...crônicas..." de 2012
FINAL (IN) FELIZ

Faltando pouco mais de um mês para as convenções dos partidos políticos escolherem seus candidatos, o prefeito Kleber Fonseca passa por um período que podemos considerar o seu inferno astral político. Não sabe se sai ou não para mais uma aventura. O PMDB local ainda não digeriu a filiação do alcaide, pois historicamente sempre esteve em lugar contrário e hoje os companheiros de partido têm que conviver com alguém por quem sempre tiveram ojeriza. Dentro do partido sua rejeição é total, somada ao seu desempenho negativo junto à população. O que resta ao arrogante e isolado político é desistir de uma possível candidatura à reeleição, sair de mansinho e garantir um bom emprego no falido Porto Oficial (combina com ele) como consolo pelo puxa-saquismo ao Eduardo Requião.
A situação do prefeito é a pior que um político pode passar em final de mandato. Em qualquer pesquisa eleitoral – oficial ou não – o nome do Kleber não deve aparecer sequer com dois dígitos de aceitação e sua rejeição deve ser a recordista de todos os ex-prefeitos em final de mandato. Ou seja, chegou ao fundo do poço. Se a possibilidade de uma eventual reeleição passar pelo apoio do Requião, o eleitorado de Antonina já demonstrou na última eleição o que acha dele e sua turma. Principalmente agora que foi “cassada” junto aos Terminais Ponta do Félix a licença para a movimentação de cargas secas, deixando milhares de trabalhadores sem renda e toda a cidade vivendo o sucateamento de sua economia, por conta única e exclusiva da vontade do Governo do Estado. É uma pena, pois nossa cidade merece respeito e nosso povo merece trabalhar com dignidade. Como iremos acreditar em políticos que nos massacram?
Hoje ter o apoio do governador é ir contra os interesses da cidade. Pois se, por falta de planejamento e capacidade administrativa, temos somente o porto como nossa mais importante fonte de renda e emprego, não podemos apoiar alguém que nos sufoca até os últimos sussurros. Precisamos de políticos que nos ajudem, pois temos em nossa história um rol de “personas non gratas” que somente utilizaram a nossa cidade e os nossos medíocres representantes para conquistar espaços para seus negócios e suas eventuais maracutaias, feitas com o dinheiro público. O Governo não vai ter candidato, pois seu apadrinhado já conseguiu realizar o seu sonho de ser prefeito de sua cidade e nos causou em toda esta sua gestão somente momentos de pesadelos, desesperanças e humilhações. Conseguiu também se tornar o pior prefeito da história recente de Antonina. E não sou o único que fala, pergunte para a população. Kleber não! É uma só voz.

N.E.do Blog : Qualquer semelhança com a atual situação, não é mera coincidência. É burrice mesmo. Somente trocaram os protagonistas.

Mudando as fraldas


sexta-feira, 22 de junho de 2012

quinta-feira, 21 de junho de 2012

VERGONHA NA CARA


Ontem fui convidado para uma reunião que deveria ser realizada no prédio da Estação Ferroviária com o pessoal da Coordenadoria do Patrimônio Histórico e Artístico do Paraná e o IPHAN-PR, para tratar de assuntos do interesse da comunidade da Igreja do Senhor Bom Jesus do Saivá, bem tombado. A reunião foi convocada para as 15h.
Fui até o local e tive um choque visual – pois faz algum tempo que não frequento aquele espaço – pois deparei com um imóvel em total estado de abandono. Goteiras por todas as partes e o espaço que foi projetado como um Centro Cultural está tomado como depositário de objetos e inutilidades municipais.
Não é preciso ser pessoa ligada ao patrimônio cultural para sentir o descaso com que aquele espaço, de propriedade do município esta sendo utilizado. Parece que somente restou foi um grupo de artesãos que se reúne por lá, mas o astral é péssimo e deprimente. Senti-me envergonhado de dizer que aquele local nos pertence, descaso também contatado pelas autoridades que vieram a tal reunião. QUE VERGONHA!
Será que a atual administração não tem a mínima capacidade de mandar arrumar as goteiras e limpar o imóvel? Se não tiverem competência para programar uma atividade cultural de qualidade para aquele espaço, ao menos limpe-o. Pois ele vazio já é um monumento a ser visto e apreciado pela população e por nossos visitantes. A Estação Ferroviária pede SOCORRO.

Devido ao péssimo estado do local, a reunião aconteceu no Theatro Municipal, que, aliás, também esta precisando de reparos urgentes. Nossa cultura pede socorro.

Eu já fui candidato.


Entre o desejo de sair candidato a eleição a prefeito da sua cidade e ser o escolhido do seu partido, existe uma distância imensa, principalmente quando o grupo considerado majoritário faz do pragmatismo eleitoral sua bandeira.
Claro que a disputa interna em um partido político que deseja chegar ao poder faz bem as mentes pensantes e a democracia interna, mas as manobras do baixo-clero e hoje até do alto-clero, estimulam a prática da sacanagem e o desrespeito pelas pessoas, idéias e intenções.
Em 1996, em minha plenitude profissional, resolvi experimentar o ingrediente da disputa interna em prol de uma candidatura. Depois de muitas noites em claro, de idas, vindas e conversas com companheiros e mandatários hierárquicos, consegui bravamente ser escolhido pelo Partido dos Trabalhadores como seu candidato a prefeito da minha cidade.
O caminho entre o desejo e a realização confesso que foi árduo. E tudo foi no tempo em que o Partido dos Trabalhadores estava em processo de crescimento e sequer tinha um postulante para tal cargo na cidade.
Assim mesmo, o grupo que detinha a sigla queria a todo custo se coligar com uma outra candidatura. Não que acreditasse nas possibilidades de um espaço para que pudesse desenvolver políticas públicas voltadas para a comunidade, mas simplesmente para fazer parte do poder.
Nosso pequeno grupo resistiu e saiu com candidatura própria e chapa completa de majoritário e proporcional, sozinho sem nenhuma coligação, devido à natureza da proposta e a conduta do partido.
Hoje, após dezesseis anos daquela experiência e afastado do processo devido às decepções com a política e com os políticos. Percebo que as práticas partidárias na cidade, se tornaram ainda mais autofágicas, desonestas e nojentas. Somos tratados como mercadoria desqualificada, negociada com um simples ninguém, em troca de uma provável retribuição.
No atual cenário dá também para perceber a existência de pessoas bem intencionadas, sonhadoras e iniciantes, que degustam o sabor amargo do momento e que dificilmente farão parte dos selecionados até 30 de junho. Prazo final para as convenções partidárias.
Esse somente é um prelúdio porque a guerra real ainda vai começar.
Tenho dito.

terça-feira, 19 de junho de 2012

segunda-feira, 18 de junho de 2012

A foto da noite

Trapiche

Sem comentário


CARTADA FINAL?

Quem se habilita?

Faltando poucos dias para a data limite das convenções municipais, prés-candidatos jogam livremente seus últimos recursos na procura de apoios. O candidato prefeito a reeleição que se fazia de morto para ver a reação de seus comandados, reagiu e foi ao Rádio local e confirmou que irá concorrer a reeleição, desde que suas contas de campanhas – não aprovadas – não interfiram em sua caminhada e começa a fazer marola contra os dissidentes, pois nem seu partido, o PSD demonstra intenção de apoio.
Por outro lado, os partidos da base de apoio PRTB, PMDB e PSD já se deixam fotografar com a candidatura do seu ex-Secretário de Saúde Zé Paulo, que corre atrás do apoio dos petistas.
O PT fez até reuniões para discutir um Plano de Governo para sua candidata professora Vanda Bandeira e agora, como tudo indica, parece melar mais uma vez e deverá servir – de novo – de andor para mais um pseudomilagroso. Ou seja, a “companheirada” novamente irá balançar bandeirinha para candidato alheio.
Mas o que intriga o pequeno clero pensante é a tentativa de montar uma candidatura com cara de oposição ao próprio patrão Canduca, usando até o mesmo clichê do “novo” e que... “agora sim a coisa vai dar certo”.
Se a candidatura do Zé Paulo é uma alternativa em oposição ao atual governo, fica entranho que somente agora o candidato resolveu se manifestar e tentar justificar os erros da atual administração, que aliás, ainda está vinculado, pois mantém no seu cargo da Saúde sua irmã. Mas qual é a jogada?
Já o PSDB – partido do atual governo estadual – marcou sua convenção para o próximo dia 23, onde deverá confirmar a candidatura majoritária de Munira/Mônica, que com muito trabalho de bastidor, conseguiu golpear a candidatura do Luiz Polaco, tido até então como o candidato preferencial do governador. Aliás, como em política o que prevalece é o grau de sacanagem e não de mérito, é bom relembrar que a senhora candidata na eleição de 2010 apoiou o candidato contrário ao atual governo... mas???
Outros prés-candidatos que garantem presença no quadro sucessório são Jefe Fonseca (DEM) e João Domero (P?). Pois não aceitam ser vice da candidata do PSDB, tentativa já negociada pelos parlamentares interessados em nossa "bagaça" eleitoral.
O que vemos e sentimos são os mesmos vícios eleitoreiros, onde no mundo do faz de conta, manda quem pode e obedece quem necessita.
As candidaturas serão confirmadas até 30 de junho, para que possamos mais uma vez escolher entre os postulantes o grupo que deverá administrar esta tão esquecida e desrespeitada cidade. Vamos aguardar.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

DISCURSO COERENTE

VALE A PENA LER DE NOVO Publicado em 05/09/2008 e no livro "Tenho Dito" 2012.
“DISCURSO COERENTE”
(o que muitos candidatos deveriam falar)

Se eu for eleito, vou transformar a prefeitura em minha casa.
Vou aumentar consideravelmente a renda de toda a minha família...
Nem que eu tenha que criar novas Secretarias, para não ser chamado de ilegal.
Os problemas da população não me interessam...
Somente quando chegar perto da reeleição é que eu vou pensar em fazer alguma coisa. 
alguns amigos vou dar-lhes oportunidade de trabalho, mas por favor, não queiram levar a sério, porque não estamos aqui para resolver os problemas da cidade e sim os nossos.
Quem começar a reclamar demais e me encher o saco... demito.
Meu departamento de compras será ocupado por pessoa experiente em desvio de verbas... PhD em maracutaia, que saiba muito bem desviar recursos para o caixa dois da administração.
Empresário da cidade que se dispuser a comentar qualquer assunto que me diga respeito, risco do nosso rol de fornecedores... E mando a tropa de choque fiscalizar a sua firma.
Quanto ao tratamento que vou dar ao legislativo, todos já sabem. Emprego um parente de cada edil e a turma toda vai continuar dizendo amém. Quem manda aqui sou eu.
Saúde, Educação, Segurança, Saneamento Básico, Cultura, Esporte e Turismo... São coisas que a gente fala para se eleger... Depois a gente ocupa todos os cargos disponíveis, com qualquer pessoa, somente para preencher as vagas.
As festas da cidade... Que saco! Vou ter que arrumar dinheiro para gastar com besteira. Quem quiser festa que financie a sua.
Arrumar as ruas e calçadas dos bairros é coisa que vou fazer somente no final da minha gestão... Na tentativa de me reeleger ou eleger meu sucessor.
Sei que a cidade precisa resolver o problema do lixão e do esgoto... Mas como até agora ninguém fez nada, não sou eu que irei gastar com obras que ninguém vai ver.
Espero que algum dia um imbecil se eleja e faça alguma coisa.
O porto é da turma do Governador... Não adianta encher o saco, pois todos sabem como o homem reage. Para que porto aqui, se ali em Paranaguá tem um bem grande? É mais fácil colocar um ônibus à disposição dos trabalhadores. Viajar faz bem.
Progresso também é coisa que a turma espera há muito tempo... Que besteira. Imagine a nossa cidade cheia de gente, carros, emprego. Pra quê? Isso somente vai me dar mais dor de cabeça e vou ter que aguentar ainda mais reclamação.
Bem... no final do meu mandato vou estar tranquilo. Muita grana no bolso, muitos imóveis e vou tirar umas férias e tentar voltar daqui a quatro anos. Para começar tudo de novo.
Êta povinho bom.

OBS. Esta é uma obra de ficção, qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Clareando


Faltando pouco menos de vinte dias para o encerramento do período para a realização das convenções municipais, os partidos políticos continuam costurando possíveis coligações quer na chapa majoritária como nas proporcionais para concorrer às próximas eleições onde elegeremos prefeito e vereadores para o quadriênio 2013-2016.
As águas da superfície do pequeno lago “guarapirocabano” vão se decantando e já se descortinam possíveis candidaturas.
Do cardume oficial notasse uma movimentação desencontrada. Os partidos da base de apoio, insatisfeitos com a performance do atual gestor e em posse de pesquisas eleitorais encomendadas, não querem investir na reeleição, pois como tudo indica o resultado das urnas será um massacre, caso o atual alcaide insista em sua reeleição.
Outros nomes estão sendo cogitados dentro do próprio grupo para um possível realinhamento e uma nova candidatura. Ou seja, ninguém quer o Canduca como candidato.
Mas como cargo dá cegueira e amnésia, o grupo oficial encomendou uma pesquisa para comprovar as projeções e se confirmado o péssimo desempenho do nosso alcaide candidato, o dentista e ex-Secretário da Saúde José Paulo poderá ser indicado como candidato da situação.
Mais abaixo da superfície com água ainda um pouco turva, está a insistente candidatura da ex-prefeita Mônica, que após longas e incansáveis depurações em gabinetes e tribunais e das degolas dos seus “fiéis companheiros”, deve ser confirmada como candidata do PSDB. Tudo patrocinado pelo partido do senhor governador.
Outros partidos ainda fazem marola e esperam que as águas fiquem mais claras para embarcar nos furados barcos disponíveis, e tentar navegar neste profundo e poluído lago das intenções “guarapirocabanas”.
Vamos aguardar mais uns dias, enquanto a água vai clareando e dando formato as candidaturas, com rara possibilidade de até aparecer um belo Boto Cor-de-Rosa.
Saravá!

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Litoral a mercê. Deu na Gazeta:


Marco legal atrasa e “emperra” litoral


Falta de três documentos, prometidos há anos, dificulta instalação de empresas e exploração sustentável do potencial da região
Publicado em 08/06/2012 GAZETA DOPOVO| FABIANE ZIOLLA MENEZES

Três documentos de responsabilidade do governo estadual e que servem de base para a criação e revisão dos planos diretores das sete cidades do litoral do Paraná estão demorando a sair. Prometidos há anos e por diferentes governos, esses documentos são fundamentais porque definem, afinal, o que pode ou não ser área industrial.

Em uma região que é uma colcha de retalhos de áreas de preservação mas precisa encontrar alternativas ao turismo de verão, instrumentos assim facilitam a atração de investimentos e evitam impasses como o da Subsea 7. A empresa norueguesa de engenharia submarina comprou uma área em Pontal do Paraná em 2007, mas teve de desistir do investimento depois que o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) cancelou a licença prévia em razão da fragilidade da área, que é de Mata Atlântica.


Plano alarga horizontes de Paranaguá
Segundo informações preliminares da Appa, o Pla­­no de Desenvolvimento e Zoneamento do Porto Or­­ganizado (PDZPO) de Paranaguá identificou 50 milhões de metros quadrados disponíveis para crescimento da área e retroárea do terminal, mantendo 80% da área da baía preservada. Segundo a autarquia, o documento dará origem ao maior plano de arrendamento portuário do país.
Um arquivo publicado no site do Conselho de Autoridade Portuária (CAP) dá alguma ideia do que se pretende em Paranaguá, com a indicação do bairro Rocio, por exemplo, como um dos afetados pela expansão do terminal. Ele fica na extremidade oeste do porto, que deverá ser destinada à atracação de navios de passageiros.
O documento também indica que o centro administrativo da Appa dará lugar a mais empresas e será instalado em um novo prédio “para abrigar também escritórios e representações da comunidade portuária, dos órgãos públicos que intervém na atividade portuária, restaurantes, auditório e centro de formação profissional, todos cedidos em forma de aluguel/arrendamento”. O PDZPO ainda reforça a necessidade de se aprofundar o canal e áreas de fundeio de navios para 17 metros.


Programa do governo não sai do lugar
Com as bases lançadas ainda em dezembro de 2010 por um decreto do então governador Orlando Pessuti e incorporado por Beto Richa, o programa Pontal do Pré-Sal, que prevê uma série de vantagens para empresas de desenvolvimento de navios, plataformas e equipamentos pesados, chega à metade do segundo ano do governo Richa sem deslanchar. À exceção da italiana Techint, nenhuma outra empresa da atividade se fixou no Paraná.
Um dos principais entraves é justamente a falta de legislação apropriada que dê segurança jurídica aos investimentos. O regime fiscal especial, que, por enquanto, é basicamente o que forma o programa, inclui suspensão do ICMS na importação de máquinas e na venda de mercadorias e a postergação do tributo na compra de bens. Para usufruir dessas vantagens, as empresas teriam de iniciar as obras em até seis meses a partir da emissão da licença de instalação e começar a funcionar até dois anos após a licença de operação. Outra exigência – que talvez seja revista pelo governo – é de que as empresas gerem ao menos 2 mil empregos diretos.


Techint planeja polo offshore na região
Desde o ano passado, uma área de 100 mil metros quadrados está prevista para ser cedida à multinacional italiana de construção de plataformas e estruturas de exploração de petróleo Techint, dentro do terminal público de Barão de Teffé do Porto de Antonina, como um espaço de apoio às atividades da unidade de Pontal do Paraná.
A expectativa do município em relação à instalação da unidade é grande. “A estimativa é pela geração de até 1,5 mil postos de trabalho, que podem mudar a cara de Antonina e dar o pontapé no que imaginamos ser a vocação atual da área portuária da cidade: a de apoio aos serviços de construção e manutenção de exploração offshore do pré-sal”, explica o prefeito, Carlos Augusto Machado. Segundo ele, o município não tem esperanças de retomar o trabalho portuário no mesmo ritmo de Paranaguá, mas de se tornar uma plataforma de serviços.
“No fim de 2011 começamos os trâmites para o licenciamento ambiental da área. Nossa esperança é usá-la para este contrato [construção de duas “jaquetas”, estruturas de sustentação de plataformas fixas, para OSX Brasil, até 2013]. Para isso imaginamos a geração de 500 a mil postos de trabalho em um primeiro momento. Nosso sonho é de dar a partida para a criação de um polo offshore em Antonina”, explica o superintendente de Desenvolvimento de Negócios da Techint, Luís Guilherme de Sá.
A Techint possui o estaleiro de Pontal há mais de 30 anos, mas a última vez que a empresa utilizou o local foi entre 2005 e 2006, quando entregou à Petrobras uma jaqueta de 6,3 mil toneladas. Na ocasião, a operação empregou cerca de 1,5 mil pessoas. O investimento para a modernização e ampliação da unidade de Pontal – de 160 mil para 200 mil metros quadrados – é de R$ 300 milhões. As obras civis estão praticamente acabadas e a construção das plataformas deve começar em breve.
Além da construção de plataformas, a empresa pensa em usar Pontal e Antonina para produzir módulos para navios FPSOs, embarcações que ficam ancoradas em alto-mar e fazem o primeiro processamento do petróleo antes de trazer o produto à costa. Cada montagem de um navio assim leva entre um e dois anos. O alvo no momento é a Petrobras, que abriu licitações para oito FPSOs.


EMPREGOS
A Techint estima criar de 500 a mil postos de trabalho em um primeiro momento em Antonina, assim que começar as atividades no Barão de Teffé.
O primeiro documento travado, sob a responsabilidade das secretarias estaduais de Meio Ambiente e Planejamento, é o Zoneamento Econômico Ecológico do litoral. O ZEE tem como finalidade orientar os planos diretores das cidades que ainda não têm a normativa (Matinhos, Morretes, Pontal do Paraná e Guaratuba) e também a revisão daquelas que precisam aprimorá-la (Antonina, Paranaguá e Guaraqueçaba).
O zoneamento indicará que áreas podem ter atividade portuária ou industrial, as que precisam ser preservadas e as que não devem servir de moradia pelos riscos ambientais. Instituído no Brasil em 1991, o ZEE começou a ser discutido no Paraná em 1995, mas a comissão que realmente começou o trabalho foi formada apenas em 2010.
Segundo o secretário estadual de Meio Ambiente, Jonel Iurk, a redação do ZEE está pronta, mas passará por audiências públicas a partir de julho para então seguir à Assembleia Legislativa. Só depois de aprovado e sancionado é que poderá se consolidar como o marco regulatório para a ocupação do litoral.
“Hoje o litoral tem praticamente 82% do seu território constituído de unidades de conservação, portanto de uso bastante restrito, e pouco mais de 17% destinado ao desenvolvimento econômico. O ZEE vai definir, de uma vez por todas, aquelas que podem ser regularizadas e aquelas que deverão ser recuperadas e permanecer intocadas.”


Portos
Os outros dois documentos que emperram a atração de investimentos ao litoral são os planos de Desenvolvimento e Zoneamento do Porto Or­­ganizado (PDZPO) de Para­­naguá e de Antonina – ambos de responsabilidade da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, a Appa. O de Paranaguá teve o relatório final entregue em 25 de maio ao Conselho de Autoridade Portuária (CAP) de Paranaguá e terá de ser aprovado também pela Secretaria dos Portos (SEP) e Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). A expectativa é que isso leve até 60 dias.
O de Antonina começou a ser feito só agora. O PDZPO define que espaço da área portuária está disponível para a instalação de empresas e prevê as condições de expansão do terminal. Deveria ser atualizado a cada cinco anos, mas a última revisão do de Paranaguá é de 2002. Próximo de Rio e São Paulo, o Paraná tem grande potencial para se tornar um polo de serviços e manutenção para a indústria naval e offshore.


Em Antonina, obras opõem interesses
Jonathan Campos/ Gazeta do Povo
A ALL e os Matarazzo querem parar obra ao lado de via férrea

A área portuária de Antonina e seu entorno tem gerado conflitos entre a prefeitura e a iniciativa privada antes mesmo de ter sua esperada retomada. Duas intervenções recentes foram o chamariz para a disputa: a obra de asfaltamento e interligação das avenidas Conde Matarazzo e Tiago Peixoto, que dão acesso ao Porto de Antonina; e a tentativa de construção de um barracão da Fortesolo em uma área residencial.
No primeiro caso, um dos herdeiros da família Matarazzo – dona do complexo industrial centenário que fica ao lado do terminal público de Barão de Teffé e também da única ferrovia particular do país e que passa paralela à Avenida – entrou com uma ação contra a prefeitura para que a obra, custeada com dinheiro da Transpetro, seja embargada.
A estrada de ferro, desativada desde os anos 1970, é a grande esperança de volta aos negócios da família Matarazzo. A América Latina Logística (ALL) já teve o aval dos herdeiros para utilizar a concessão ferroviária. “A concessão segue até 2017 e deve ser renovada. Tanto eu quanto minha mãe já oferecemos a ferrovia para a ALL”, explica Fernando Matarazzo, herdeiro das propriedades da família junto com a mãe, Eneida. O problema é que discordâncias entre mãe e filho emperram a herança há mais de dez anos.
Assim como o herdeiro Matarazzo, a ALL protocolou, na semana retrasada, uma ação na Vara Federal de Paranaguá contra a prefeitura também pedindo a interrupção da reforma da Avenida Conde Matarazzo. A empresa quer que o projeto seja adequado aos planos de reativação da linha.
Pelo projeto atual, uma ciclovia correria ao lado da linha férrea, algo bastante criticado pela população local, já que duas das principais escolas do município ficam na via, além de uma unidade da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae).
Outro conflito é a construção de um barracão da Fortesolo em um dos bairros residenciais da cidade. A empresa é ligada à Equiplan Consultoria Empresarial, que, em 2009, comprou 58,81% das ações do Terminal Ponta do Félix pertencentes aos fundos de pensão Previ e Funbep. A Fortesolo iniciou, no fim de 2011, a construção de um barracão na Avenida Tiago Peixoto, no bairro Barigui, ainda considerado residencial pelo Plano Diretor da cidade. Moradores alegam que a administração municipal tentou alterar a legislação durante a construção para beneficiar a empresa.
Acatada pelo juiz local e deferida parcialmente pelo Tribunal de Justiça do Paraná, uma liminar movida por Fernando Matarazzo interrompeu a obra




N.E.do Blog; A falta de um representante da região na Assembléia Legislativa corrobora com a lentidão e a falta de interesses com o desenvolvimento regional. Ou aprendemos a fazer política elegendo nossos representantes ou iremos continuar na dependência dos interesses alheios. Tenho dito.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

PERGUNTAR NÃO OFENDE...


E nem ao menos é pecado: 
Porque cortaram os coqueiros ornamentais do pátio da Igreja Matriz?
Agora além de pertencer a história da nossa comunidade é também Patrimônio Nacional.


Vale a pena ler de novo


Publicado em 05/08/2008 e no livro "Tenho dito" 2012.
ELEIÇÕES 2008

Faltando pouco menos de dois meses para as eleições, é de se perguntar: em quem votar?
O TSE em campanha educativa – em rede nacional – solicita que os eleitores escolham bem seus candidatos. Pois um momento de descuido compromete mais quatro anos de administração. É preciso analisar o passado dos candidatos – o presente também –, o que eles construíram em suas vidas e com que contribuíram para a sociedade. Temos que ir ainda mais longe com a nossa análise. Ver quem se “enriqueceu” ou se “enriquece” à custa do erário, ou seja, com o nosso dinheiro.

Os candidatos para prefeito, na maioria, são já conhecidos do nosso eleitorado. A não ser o caso do Zé Luis e do Fernando Matarazzo, que estão debutando. A Mônica já passou doze anos pela residência 150 de XV de Novembro. Quatro anos como vice e oito como prefeita. Nada ou quase nada deixou de benefício na cidade. Com uma política altamente assistencialista e clientelista, deixou a cidade mais pobre ainda. O Kleber, que teve a capacidade de tirar a “senhora do trono”, também está completando oito anos de colação de nádegas na cadeira almofadada daquela casa. Quatro anos de vice da própria Mônica e quatro desastrados anos que deve completar em muito breve. Fez um desgoverno que somente serviu para engordar o saldo bancário da família e mais para ressuscitar a figura até então “compadecida” da senhora Mônica, ou Munira... Como ela preferir.

A BOLA DA VEZ
O que nos resta é a figura do Canduca. Que tem experiência como legislador quando, por dois mandatos, ocupou o cargo de vereador. Também concorreu na última eleição, sendo derrotado pelo atual prefeito. Canduca faz parte do tripé já vivenciado por nosso eleitorado e pode se considerar a “bola da vez” da próxima eleição. Nos últimos anos, também adotou práticas não “muito saudáveis” para angariar admiradores, mas continuou “plantando” o que pretende “colher” no dia cinco de outubro, o voto. Entre os prováveis – pelo rasto deixado dos já ocupantes –, se souber trabalhar nos próximos 45 dias poderá muito bem sair vitorioso. Como política e casa de tolerância são muito parecidos – onde donzela não pisa – o candidato sabe que irá disputar uma guerra. Primeiramente contra a “máquina financeira” do partido do governo estadual e da própria prefeitura. E, por outro lado, o “carisma” assistencialista da outra concorrente. Mas guerra é guerra. A democracia tem suas virtudes e seus defeitos, pois nem sempre quem merece e tem as melhores condições de governabilidade é o escolhido pela maioria, aliás... Que maioria?
Canduca, apesar de ser “a bola da vez”, precisa se cuidar, pois terá que tomar enormes precauções, principalmente conhecendo seus adversários e seu grupo. Tomar cuidado com PACAU faz parte do jogo.
Sem querer faltar com respeito aos outros dois candidatos, mas eles serão meramente coadjuvantes do processo. A não ser que eu esteja completamente errado. Aleluia.