domingo, 30 de setembro de 2012

Parodiando...Vale a pena ler de novo


Publicado em 24/08/2008 e no livro “Tenho dito” 2012.
PARODIANDO a Campanha do TSE

Eu sou Antonina. Uma pequena cidade do litoral do Paraná.
Mas há quatro anos convivo com o descaso e o abandono.
Meus próprios filhos têm que me abandonar para arrumar emprego em outras bandas.
É muito difícil conviver com isso.
Aquele que diz que “é daqui” me desrespeita a toda hora. Não teve a capacidade nem sequer de me deixar um pouco mais bonita, me tratar com mais carinho.
O meu único braço que estendo até o mar, para acolher os meus filhos de outro lado, o idiota amputou.
O pequeno porto que ainda tenho, até os navios ele levou.
Viver com este martírio durante quatro anos não está sendo fácil.
Quatro anos é muito tempo.
Principalmente quando nada vai bem. Por isso pense bastante quando for escolher o próximo prefeito. Pense que é ele – e sua trupe – que vai administrar a nossa cidade.
Por quatro anos. 


sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Votos novos e decisivos


Vi e li no blog do meu amigo Jeff Picanço, clic aqui, a matéria "Quem vota em Antonina". Tudo muito parecido com outros colegiados similares ao nosso, em municípios não produtivos, onde os votos dos mais idosos são maioria.
O que me chamou atenção, frente ao quadro sucessório com quatro candidatos a prefeito, dos quais três são debutantes e uma já é conhecida do eleitorado, foi o número de eleitores jovem, que possivelmente em sua maioria esteja votando pela primeira vez: 16%, em torno de 2.400 votantes.
A maior parcela desse segmento deverá optar por uma candidatura que tenha mais ou menos sua cara. Por exemplo, se colocarmos a eles como livre escolha, um aparelho de fax – em funcionamento, e um ipod, com certeza escolheriam o segundo. 
No caso das candidaturas, a velha e insistente candidata Mônica não deverá encontrar espaço junto a esse eleitorado. Mas, como temos três outros candidatos, terão que trabalhar muito para polarizar esse segmento. Caso isso aconteça, nossa juventude poderá fazer a diferença.
Os candidatos terão que se postar com segurança e sinceridade. Quem mentir dança.
Acredito que o voto novo deva dar o seu ar da graça e definitivamente sepultar práticas viciadas e ultrapassadas. Tenho dito.

Propaganda política no contexto V



quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Você decide


Faltando apenas dez dias para as eleições municipais, tudo ocorre muito calmo nas quadras capelistas. Até o momento o jogo segue límpido sem nenhuma advertência, e os protagonistas acreditam fielmente na vitória.
A turma da Mônica jura que a eleição está no papo. Já os “companheiros” do Zé Paulo afirmam certa vitória, pois as pesquisas – deles – garantem o crescimento. João Domero, agora com a aliança oficial, deslancha e cresce principalmente com a comunidade do centro. Já Jeffe Fonseca, toca o barco calmamente sem muito alarde.
Para um mortal morador do centro da cidade, e que não está engajado em nenhuma candidatura, o que dá pra notar é que as pessoas que se diziam indecisas, começam a definir seu voto, e até a declarar.
O que é de fácil visibilidade é a rejeição da Mônica entre os mais esclarecidos e os jovens do primeiro voto. O colegiado do centro não ganha eleição, mas decide. Se os bairros forem bem trabalhados, a renovação estará garantida.
A última semana será decisiva. E é próxima a chegada que dá pra ver quem realmente tem um bom plantel e um técnico competente, para dar sustentação e garantir a vitória.
Não tenho bola de cristal e posso estar enganado, mas deve polarizar entre João Dhomero e Zé Paulo. Tenho dito.


quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Mudança de Chef

Agora o molho poderá ser de siri.
"Porque quem siri por último siri melhor". do poeta do mangue.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Estrume ou flores

É muito difícil conviver em uma pequena comunidade, com costumes altamente subservientes e religiosos, quando se usa da palavra e as publica em um meio de comunicação. Este ser sempre é considerado malfeitor, tagarela, encrenqueiro, de mal-com-a-vida, insatisfeito, pau-no-cú, ou seja lá qual for o adjetivo lhe concedido.
O tratamento recebido pelos políticos de plantão é pior ainda. De total “desprezo” ao então “maledicente”.
Se você continua insistindo com suas idéias e posições, irá somar a cada mandato, mais e mais inimigo. Sua importância é destacada somente quando um novo grupo inspira chegar a prefeitura. Aí começa a bajulação e palavras soam como canções: “gosto de você porque fala a verdade!”.Pura hipocrisia.
Mas, é só o eleito colocar as nádegas na cadeira da sala palaciana, que a gente vira o chato...eterno insatisfeito...e por aí a fora.
Já por parte dos perdedores e daqueles que deixam o poder, começa uma nova convivência de reconhecimento e agrado. Falsos sorrisos emitem desejos de aproximação e até os seus escritos - então considerados falatórios de oposição viram verdades.
Para o cidadão escritor... blogueiro, o sincero, crítico e analista acirrado dos desígnios da cidade, sobram sempre desencantos, desacatos e desencontros (e até processos judiciais).
Dezenas de pseudo-s inimigos cruzam ruas e olhares, sem ao menos saber dizer o porque. Mas confesso que a energia é péssima...muito ruim, lastimável e sofrível.
Será que tudo aquilo que o escriba “odiado” escreve e acredita, caso fosse visto e realizado pelo poder público, não melhoraria consideravelmente a vida de muitas pessoas?
Ou será que os considerados “estrumes” escritos, lidos e “ignorados” pelos poderosos de passagem, não seriam saudáveis flores jogadas ao relento?
Certos seres pensantes acreditam que cada pessoa tem uma missão a desempenhar aqui no nosso mundinho - que não é o meu caso - mas se isso for verdadeiro, acho que continuarei escrevendo e jogando palavras fora.Quem sabe um dia alguém possa encontra-las, aproveita-las e torna-las ações.
Mas confesso que é muito difícil ser verdadeiro. Tenho dito.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Histórias e Estórias XII...João da Manilha

João da Manilha *

Os anos eram de 1955, e o período pré-eleitoral. Os partidos políticos estavam em busca de eleitores para preenchimento das vagas a candidatos à vereança.
No pátio portuário – hoje Pç. da Feira Mar – dezenas de grandes manilhas enviadas pelo extinto DNOS – Departamento Nacional de Obras e Saneamento, se enfileiravam a espera de serem utilizadas pela prefeitura. Mas, como tudo por aqui demora muito, uma das manilhas foi ocupada por um dos nossos desfavorecidos. Que a transformou em seu domicílio.
João da Manilha, como ficou conhecido, foi convidado pelos articuladores políticos a fazer parte da lista dos candidatos, com o argumento que seria somente para preencher o número necessário exigido por lei, para que o partido pudesse participar das eleições. Convencido aceitou o convite.
Meses depois, já com a campanha na rua, João também recebeu suas cédulas – material impresso distribuído pelos partidos, e assim teve seu nome divulgado entre a comunidade.

Campanha na rua, assédios de ambas as partes e João da Manilha - então candidato começou a sentir um certo estranhamente com aquele tipo de comportamento. Sai a procura do amigo dirigente do partido para solicitar a retirada do seu nome da tal lista de candidatos.
Surpreendido com tal posição, o então amigo-presidente lhe pergunta o que causou tão radical posição, em desistir na última hora de sua candidatura.
E João lhe responde: “Não aguento mais a pedirranha na porta da minha manilha”.

* O causo me foi narrado pelo amigo e compositor Relen Salun Berg (in memoriam). A data é fictícia.


DIA DA ÁRVORE

Foto feita ontem em Curitiba. Ipês floridos e uma centenária Araucária.

"Direito" Confira nova lista...

Confira nova lista dos candidatos a prefeito no Paraná enquadrados na Lei da Ficha Limpa

A lista dos candidatos a prefeito que estão com o registro de candidatura temporariamente suspenso na Justiça Eleitoral do Paraná – principalmente por enquadrarem-se na Lei da Ficha Limpa - foi revista, nesta quinta-feira, pela rádio Banda B. A assessoria de comunicação do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) reconheceu, no início da tarde, que a relação repassada, ontem, pelo órgão, dava margem à dupla interpretação, deixando transparecer que candidatos já julgados e liberados a concorrer neste ano ainda apareceriam como “barrados” de participar do pleito de outubro próximo. Os dados atualizados, você confere abaixo:


N.E.do Blog: A correria na cidade foi total por parte da assessoria da candidata Mônica. Mas que ela continua enrolada...continua. Candidatura Deferida com Recurso  - Candidato julgado regular e deferido; no entanto, houve interposição de recurso contra essa decisão e aguarda julgamento por instância superior (TRE-PR).

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

VERDADE


Fui acordado hoje em Curitiba com a notícia que a candidatura da Mônica tinha sido indeferida – cassada. Confesso que fiquei um tanto alegre, pois ainda me resta um pouco de esperança, quando tento acreditar que Antonina não merece tão cruel castigo, em ter que novamente decidir por esta candidatura.
Ao retornar a cidade, percebi um só alvoroço e batalhões de informações e contra-informações. Tudo não passa de uma notícia transmitida pela Rádio Band/Curitiba.


Que a candidatura Mônica está pindurada... está. E a qualquer momento poderá desabar, pois ainda depende de último recurso a ser julgado pelo TSE.
As outras três candidaturas caminham legalmente e todo cidadão poderá votar com TRANQUILIDADE, que terá seu voto respeitado.
Agora ouço um carro de som da candidata ainda não legalmente reconhecida, tentando explicar ao eleitorado que tudo não passa de boatos. Mas...NÃO É BOATARIA NÃO.

Independente da morosidade da nossa justiça eleitoral, todos notam nitidamente que a candidatura Mônica vem caindo vertiginosamente. E nada melhor que o eleitorado fazer seu próprio juízo no dia 7 de outubro. 

terça-feira, 18 de setembro de 2012

ACREDITE SE QUISER

Área do Porto Barão do Teffé é cedida a multinacional
Techint deve desenvolver no terminal atividades para atender demandas da exploração do petróleo pré-sal. Expectativa é que atividades gerem 1,5 mil empregos.O governo do estado cedeu temporariamente uma área de cem mil metros quadrados do terminal público do Porto do Barão do Teffé, em Antonina, no Litoral, a uma multinacional. 

A empresa – Techint S/A – deve desenvolver no terminal atividades para atender as demandas da exploração do petróleo pré-sal. O termo de permissão de uso temporário foi assinado na segunda-feira (17), pelo governador Beto Richa (PSDB).
De acordo com nota da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), a multinacional deve realizar agora uma série de estudos para definir as estratégias para a região. Segundo o diretor da empresa no Brasil, Ricardo Ourique, a empresa deve investir R$ 500 milhões nas unidades de Antonina e Pontal. A Techint deve desenvolver atividades de engenharia, suprimento, construção e montagem de unidades offshore, para atender as demandas da exploração do petróleo da camada pré-sal.
A expectativa é de que as atividades gerem 1,5 mil empregos diretos em Antonina, além de outros quatro mil postos de trabalho indiretos. “Depois de décadas de promessas, estamos promovendo o desenvolvimento socioeconômico de uma importante cidade portuária que agora entra no grande projeto do Pré-sal do Brasil”, afirmou o superintendente da Appa, Luiz Henrique Dividino.

Enviado por Hiram Eder Fonseca de Lima/Gazeta do Povo 18/09/2012

N.E.do Blog: já vi e ouvi tantas propostas e assinaturas para ocupação do nosso falecido e vergonhoso "Porto Barão de Teffé" que de porto não tem mais nada a não ser meia duzia de funcionários cuidando do vázio, que mais uma nota não mais me sensibiliza. 
Gostaría de torcer para que fosse verdadeira, apesar do tal contrato ser temporário e a ocupação de um "canteiro de obra".
Em terra do nada, qualquer ação governamental vira banquete. O Governo do Estado tem uma dívida incalculável com Antonina e região, pois somada ao Alto Ribeira, somos as duas regiões mais miseráveis do Paraná. Que não seja mais uma mentira de época eleitoral. É ver pra crer.

Ta chegando a hora...


segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Estrada da Graciosa...video

FACAS DE DOIS GUMES

O prefeito Canduca decidiu entrar no processo eleitoral e acaba de firmar compromisso de apoio a candidatura “Antonina de Verdade” dos candidatos João Domero/Wilsinho Clio.
Todo apoio é sempre bem vindo, mas tem um preço para mais e para menos.
Em um pequeno reduto eleitoral como nosso, é bem mais fácil medir as conseguencias, pois o tal “tele-peão” sistema de comunicação supereficiente nos dá alguns indícios.
Claro que “a grosso modo” o apoio da administração municipal poderá mais somar que dividir. Mas, não podemos esquecer que nosso alcaide só não é candidato a reeleição devida sua enorme rejeição junto ao eleitorado, anunciado a quatro cantos por seus ex-correligionários, hoje representado pela candidatura Zé Paulo/Vanda.
O problema é que junto com o apoio vem um amontoado de entulho da pior espécie, e às vezes o entulho apesar de pequeno, poderá contaminar uma considerável parcela esclarecida.
Faltando apenas vinte dias para o pleito de 07 de outubro, a ordem geral é de varredura. Mas é preciso tomar o máximo de cuidado, pois sem um bom antivírus, qualquer candidatura poderá definitivamente ser contaminada comprometendo totalmente seu HD eleitoral.
“Como em política tudo é considerado válido” quando o objetivo é porcamente ganhar as eleições. Ao aceitar o apoio oficial a chapa Antonina de Verdade, passa a ser de Meias Verdades. Porque a comunidade quer saber que acordo foi fechado com o atual prefeito? E não venha nos dizer que tudo foi pelos belos olhos dos candidatos. Infelizmente é tudo meio assim mesmo.
É uma pena, porque a candidatura Antonina de Verdade estava decolando em Céu de Brigadeiro e agora tudo ficou meio nublado.

Apoio oficial
Se fizermos uma leitura do nosso processo eleitoral mais recente, iremos constatar que a maioria dos nossos prefeitos não conseguiu se reeleger e nem eleger seus sucessores.
Vamos lá: Em 1988, Joubert Vieira apoiou Pereirinha, mas quem se elegeu foi Leopoldino. Em 92 Leopoldino apoiou a Mônica sua vice, e Pereirinha foi eleito. Em 1996, Pereira desgastado fica fora do processo eleitoral e Mônica se elege e se reelege em 2000. Em 2004 Mônica apóia Canduca e Kleber é eleito. Kleber não consegue se reeleger em 2008 e Canduca é eleito.
Agora em 2012, Canduca sequer consegue ganhar a convenção do seu partido, não sai candidado, não apóia seu ex-grupo e demanda para João Domero/Wilsinho.

O que irá acontecer saberemos somente após abertura das urnas no dia 7 de outubro, onde a lógica poderá continuar ou dar espaço a um novo procedimento. Haja estômago!
Tenho dito.

Gente da Gente...no Jekiti

Caetano Machado

João Alberto - Zoa Araponga

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Contrato com a Techint


Foto de arquivo do blog
ASSINATURA DO TERMO DE PERMISSÃO DE USO TEMPORÁRIO DA ÁREA DO PORTO DE ANTONINA COM A TECHINT ENGENHARIA.

Dia 17.09.12 (segunda-feira) 14h30
Porto  de  Antonina  (Terminal  Barão  de Teffé)
REALIZAÇÃO: GOV. DO PARANÁ / APPA
O evento contará com a presença do Governador  
                                                                   

MEMÓRIA FOTOGRÁFICA Eleições 1996

Cada um fez a sua parte. E todos fizemos a campanha.
















Fui candidato a prefeito em Antonina, no ano de 1996 pelo PT. Belíssima campanha com todos os ingredientes necessários para apresentar a comunidade. Grupo de trabalho coeso, Partido com credibilidade, Programa de Governo e uma participação voluntária nunca visto na cidade. Fizemos 25 comícios, não demos nenhuma brinde muito menos cestas básicas...etc. Nossos candidatos a vereadores trabalharam as propostas dos seus bairros e comunidade. Fizemos mais de mil visitas, corpo-a-corpo e entregamos mais de mil revistas com o Plano de Governo. Tudo muito certo. Resultado: 5% da votação.
Mas tudo valeu a pena, porque a alma não era pequena e o sonho não era de marmelada.
Recordar é muito bom quando se tem no que pensar e não se arrepender.

VOTO NULO Você precisa saber


Imagine uma eleição qualquer, onde os candidatos sejam pessoas que você realmente não acredita. 
Campanha vai e campanha vem, você se acha na obrigação de escolher uma
dessas figuras (o tal do "menos ruim") e com isso acaba afundando mais o
nosso país, o estado ou sua cidade. Mas, aí você diz: "Nesse caso, não temos saída!" Engano seu!

O QUE VOCÊ NÃO SABE É QUE SE UMA ELEIÇÃO FOR GANHA POR "VOTOS NULOS" É OBRIGATÓRIO HAVER NOVA ELEIÇÃO COM CANDIDATOS DIFERENTES DAQUELES QUE PARTICIPARAM DA PRIMEIRA!

Se você e todo mundo votassem nulo, seria obrigatório haver uma NOVA ELEIÇÃO e esses candidatos não poderiam concorrer ao mesmo cargo político pelo menos por mais 4 anos!
Isso imagino que (como eu) você ainda não sabia, né?!
Agora você entendeu por que isso nunca foi divulgado? Acha que é mentira? Ligue para o Superior Tribunal Eleitoral...ou ligue para a OAB...
Segundo a legislação brasileira, se a eleição tiver 51% de votos nulos, o pleito é ANULADO e novas eleições têm que ser convocadas imediatamente, e os candidatos concorrentes são IMPOSSIBILITADOS DE CONCORRER NESTA NOVA ELEIÇÃO!
A decisão é sua, como também é seu o livre arbítrio de votar em alguém ou em ninguém. Direito é direito.


Propaganda política no contexto IV



quarta-feira, 12 de setembro de 2012

HISTÓRIAS E ESTÓRIAS XI...A odisseia dos escoteiros

A odisseia dos Escoteiros de Antonina

Os anos eram de 1941. Por ordem da presidência da república ficava determinado o fechamento dos escritórios marítimos das Companhias de Navegação Costeira e Loyde Nacional em nossa cidade, as quais representavam mais da metade da movimentação de cargas e mão de obra portuária.
O presidente da época Getúlio Vargas convicto de sua decisão, sequer recebeu nossos porta-vos, representantes do empresariado e dos trabalhadores marítimos, em suas tentativas reivindicatórias na capital federal do Rio de Janeiro.
Maneco Picanço, então chefe de escoteiro, de espírito prodigioso e incansável defensor das causas capelistas, convocou a tropa para uma missão quase impossível: levar uma mensagem ao Presidente da República, na cidade do Rio de Janeiro, só que a pé.
A ordem foi acatada pelos jovens escoteiros Milton Horibe, Manoel Antonio de Oliveira, Antônio José Gonçalves (Canário), Lídio Santos e Alberto Shtorach Júnior. Que munidos de uma pequena mochila com suprimentos e espírito altruísta, no dia 28 de dezembro de 1941, partiram a pé, em direção a cidade do Rio de Janeiro para entregar tal importante mensagem do povo antoninense.
Foram mais de mil quilômetros a pé, enfrentando as mais adversas intempéries, durante quarenta e dois dias até o destino. Atingido no dia 30 de janeiro de 1942.
O próprio Maneco Picanço, nas suas falas memoráveis e ressoantes nos confidenciou que os escoteiros foram recebidos no Palácio do Catete no Rio de Janeiro, mas tiveram ainda que se deslocar até Petrópolis, onde se encontrava naquele momento o presidente Vargas, para então concluir a missão de entrega da mensagem.
Ao recebe-la das mãos do escoteiro Milton Horibe, o presidente Getúlio Vargas, mandou imediatamente reabrir os escritórios das mencionadas empresas que anos mais tarde acabaram fechando definitivamente.
Após o cumprimento da missão, nossos escoteiros foram tratados como heróis pela própria presidência. Receberam alimentação, fardamentos novos e retornaram de navio até o porto de Santos e aqui chegaram de trem, onde foram recebidos com todas as homenagens merecidas por parte da comunidade antoninense.

Foto histórica: O escoteiro Milton Horibe fazendo a entrega da mensagem ao presidente Getúlio Vargas, em Petrópolis. 
O outro escoteiro que aparece na foto é Manoel Cabral.
(a data não é exata, pois a chegada ao Rio foi a 30 de janeiro e a entrega da mensagem 
foi em Petrópolis dias depois, o ano é de 1942).
Fontes de referencia: alguns dados extraído do texto do jornalista Admaro Santos - Jornal "O Antoninense", edição n.º 68 de 27/01/1971 – fls.12. Depoimentos

terça-feira, 11 de setembro de 2012

DESINTERESSE


Somente como registro, comunico que nas ultimas 24h meu blog: www.palavradobo.blogspot.com.br teve 584 acessos. Enquanto somente 103 internautas opinaram sua preferência de voto aos candidatos a prefeito. Demonstrando com isso, total desinteresse pelo pleito. 
Se liga cara!

Dicas do Bó...Corações Sujos

Tudo vendido pra Morretes...Vale a pena ler de novo


Publicado no blog em 25 de novembro de 2003 e no livro “Crônicas da Capela” 2006.
NON TEM...TUDO BENDIDO P’RA MORRETES!

Quando criança ouvia falar que em certa época existiu em Antonina um comerciante libanês, dono de loja de armarinhos, que sempre respondia aos seus fregueses: “ non tem... tudo bendido p’ra Morretes !” quando não estava disposto a atendê-los,  deixando seu mau humor  tomar conta do negócio.                                                                                           

Iberê Mathias, em seu livro de contos sobre a cidade:  O tesouro da tia Rita, reforça a existência da figura folclórica do libanês Naun Abdalla, que por volta dos anos 30 se estabelece por aqui: “Estabelecido na Rua XV de Novembro, com comércio de calçados, tecidos, armarinhos e aviamentos diversos...tinha o hábito de sentar-se em uma cadeira de balanço que ficava entre um velho balcão e as prateleiras de sua loja. Em seu colo um gato mourisco. Ao acariciar aquele bichano, fugia de seus momentos de dissabores para com a vida.”

Mas tudo não passava de um jogo-de-cena para despistar o freguês e deixar a vida passar sem muita preocupação. No dia seguinte -como conta Iberê - já de bem com a vida, atendia a todos os seus fregueses com cortesia e palavras amenas. O velho Naun viveu muito tempo por aqui, fez da cidade a sua maneira de viver e nos deixou um legado de história e de dedicação por Antonina.

Non tem...tudo bendido p’ra Morretes! Até parece que o velho Naun era vidente, pois a maneira lúdica que arrumou para se desculpar e não atender os seus fregueses criou também um vocábulo usado até os nossos dias quando queremos falar de alguma coisa que perdemos ou estamos prestes a perder.                                                                        Sem nenhuma intenção em criticar os nossos progressistas vizinhos, hoje presenciamos uma inversão de desenvolvimento, principalmente na área do turismo gastronômico, de aventura, cultural e ecológico. Antonina padece e presencia esta fuga, enquanto os “compradores” do libanês Naum se organizaram e com competência melhoraram a sua cidade, em todos os sentidos.

A “nossa” prefeita, que até tem descendência árabe, parece querer parodiar o seu compatriota Naun. A única diferença é que ela não fala...Mas leva tudo p’ra lá.    A residência oficial é lá, por aqui somente ficou a “Casa da Pedirranha” utilizada para atender a clientela em véspera de eleição. Encontrá-la durante a noite, feriados e finais de semanas só em Morretes. A família também reside por lá. O Secretário Municipal de Finanças, o homem que veio para “acertar” as contas também é de lá. Dois advogados, pai e filha que dão assessoria jurídica, também são da gema. O  engenheiro florestal não deixou fugir a regra, e também se desloca diariamente 14 km para fazer seu expediente por aqui. A construtora que vence a maior parte das concorrências e constrói para a prefeitura, não poderia ser de outra parte...é de Morretes é claro. Mais...Alguns fornecedores de mercadorias que compõe a merenda escolar, gráfica...Etc...Etc...Etc. Ou seja, por aqui não fica mais nada... “Tudo bendido p’ra Morretes”.

Quero isentar de qualquer culpa os referidos profissionais, pois foram convidados pela alcaide para exercer as suas funções. O que nos revolta é o absoluto descaso com os nossos valores, principalmente os éticos e a total falta de valorização e oportunidade aos nossos trabalhadores.  De duas, uma: ou não confia nas pessoas da nossa cidade ou “confia” demais nos escolhidos.

O legislativo – se a maioria não fosse subserviente – deveria investigar com mais profundidade as contas da atual gestão, principalmente as licitações para construção de obras, que sempre cheira carta marcada. É preciso restituir tudo aquilo que esta gestão deixou escapar para o ralo do velho Nhundiaquara (que deságua em nossa baía), e resgatar as nossas coisas. E aquilo que acharmos que não vale mais a pena, não iremos vender e nem mandar para Morretes, iremos “deletar”, para não contaminar os nossos bons vizinhos.


N.E.do Blog: a principal personagem do texto poderá voltar suas atividades políticas a partir de 2013, caso a  maioria do nosso eleitorado vote nela. Depois não digam que não avisei e até - naquele momento - paguei caro por minhas palavras.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

O sonho não acabou

Dentro de trinta dias, há esta hora já teremos eleito o prefeito que administrará nossa cidade pelos próximos quatro anos. Ainda temos um bom tempo para refletir sobre os nomes apresentáveis. Nossa cidade precisa de gente nova, confiável e que verdadeiramente já tenha demonstrado competência e respeito no tratamento da coisa pública e principalmente do público, nós, que pagamos impostos e os seus salários.
 Não tenho acesso a nenhuma pesquisa eleitoral devidamente registrada, mas empiricamente acredito que a maioria do nosso eleitorado ainda não decidiu em quem votar.
A candidata chapa branca do governador, que pela sua longa experiência em competição, sempre larga na frente, sabe muito bem que não poderá cantar vitória antes da abertura das urnas.
Os outros candidatos, jovens na empreitada e até certo ponto ingênuos e desajeitados, poderão – se estrategicamente postados – reverter a situação e garantir uma vitória. 
Ainda há tempo, pois se realmente estiverem interessados em dar um novo alento a nossa cidade e fizerem jus aos seus bordões: Antonina de verdade...Avante Antonina e Nosso futuro é aqui! Se unam, mandem elaborar uma pesquisa eleitoral conjunta e o último colocado, em um ato de grandeza desista de sua candidatura e apóie o mais provável.
Mas alguém irá me perguntar...e o sonho?
O pragmatismo eleitoral tomou conta de tudo, e o que está muito claro é o retorno da senhora Munira, patrocinada pela turma do Beto Richa – que também traiu nosso eleitorado – e outras três candidaturas, todas tortas sem nenhum compromisso ideológico. Então fica fácil, deixem seus achismos de lado, sejam práticos, juntem-se em uma frente para derrotar tudo aquilo que já se conhece. Ou voltaremos de ré.
O povo vota...mas são vocês os responsáveis pela indução. Faltam apenas 30 dias.
Aliás...esqueci de responder sobre o sonho...continua sendo de goiabada, creme ou marmelada.
Você decide.


Servido?

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Os candidatos e o apelido


Cambeva, Bira, Miro da Penha, Macarrão, Zé Boiadeiro, Zé da Verdura, Cássio Seu Menino, Mario Malária, Celso Padeiro, Edna do Salgadinho, Tiba, Sabico, Ronaldo Canoa, Admir Barroca, Dirceu Batata, Gigi, Marquinhos da Quiboa, Jessé Papai Noel, Zé Preto, Keko, Gladison Guanandi, Jorge Gato, Vera do Castelinho, Fanho e Luiz Polaco, são alguns dos personagens candidatos à vereança em nossa cidade.
Antonina é considerada a cidade dos apelidos e nada mais natural que registrar o apelido do candidato em lugar do seu nome verdadeiro, por ser assim chamado e conhecido pela maioria dos seus pares.

Não será nenhuma surpresa se nosso Legislativo Municipal for composto pelos seguintes vereadores: Macarrão, Zé da Verdura, Gigi, Marquinhos da Quiboa, Jorge Gato, Dirceu Batata, Ronaldo Canoa, Vera do Castelinho e Fanho. Todos estão devidamente credenciados e deferidos pelo TRE. Somente faltam os votos dos eleitores no dia 07 de outubro.


O vazio do Jekiti

veja matéria completa:

RESULTADO DA ENQUETE

QUAL DOS CANDIDATOS A PREFEITO DE ANTONINA QUE VOCÊ NÃO VOTARIA MESMO?

JEFFE FONSECA 80 (14%)
JOÃO DOMERO 63 (11%)
MÔNICA 262 (47%)
ZÉ PAULO 231 (42%)

Total votantes: 549
Encerrada em 30 agosto de 2012

COMENTÁRIO

Uma enquete não tem o mesmo valor científico de uma pesquisa eleitoral, elaborada encima de planilhas e metodologias. Mas não dá pra desprezar seus números e resultado.
Uma enquete feita por um veículo como um blog, em uma pequena cidade onde pouco mais de 15% da população tem acesso a internet, espelha – creio eu – um retrato do momento eleitoral de uma importante parcela da comunidade, de perfil de classe média, esclarecida, jovem e fazedora de opinião.
Os 549 votantes dariam para ser quadruplicados, se considerarmos seus entorno e domínio. Números importantes que fazem a diferença quando há bipolarização.
Os candidatos mais votados e considerados com as maiores rejeições, Mônica (47%) e Zé Paulo (42%), demonstram o total descontentamento com quem já passou pela administração pública. No primeiro caso por ter sido prefeita por dois mandatos e no outro, por ainda representar o continuísmo da atual administração, somado ainda ao processo desgastante da dissidência de última hora.
Como em uma enquete – sem valor científico – ódio e amor caminham juntos. Podemos também ter uma leitura dicotômica, onde os favoráveis a uma candidatura jogaram todas as cartas contra outra, e vice-versa. Assim sendo, a leitura seria um provável empate técnico tanto para a rejeição como para a votação.
Outros dois candidatos – Jeffe Fonseca (14%) e João Domero (11%) demonstram baixíssimo índice de rejeição. O primeiro “conseguiu” se livrar da árdua bagagem que carrega por estar ligado a administração do irmão. E João não representa nenhuma situação de perigo.
Se também utilizarmos os mesmos objetos de leitura, podemos considerar que os dois menos votados, não se identificam nem pelo amor/crédito, muito menos pelo ódio/descrédito. Importantes conteúdos que o eleitorado se apropria na hora de decidir em quem votar.
Os números estão aí e cada um que faça sua leitura, de acordo com suas circunstâncias e interpretações. Tenho dito!