quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

PAC das Cidades Históricas


Ministras anunciam R$1 bi para cidades históricas
PAC Cidades Históricas garantirá restauração de monumentos e sítios tombados em 20 estados

As ministras do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), Miriam Belchior, e da Cultura (MinC), Marta Suplicy, anunciaram hoje (30) a 44 prefeitos de 20 estados brasileiros investimentos que somam R$ 1 bilhão do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC 2, o PAC Cidades Históricas, na restauração de monumentos e de espaços públicos de sítios tombados. Confira a lista de cidades selecionadas* . A reunião aconteceu de manhã, no MPOG.
As ministras também anunciaram o acesso a R$ 300 milhões para proprietários de imóveis de 94 cidades que têm conjuntos tombados pelo IPHAN. “É um financiamento em excelentes condições (reajuste pela TJLP + 1% ao ano e prazo de amortização de 25 anos, pela Caixa Econômica Federal – CEF), que, além de recuperar um imóvel importante, permite o resgate amplo de regiões”, detalhou a ministra Marta Suplicy.
Os objetivos dessas ações avançam em tornar o patrimônio cultural indutor de geração de renda, agregação social e afirmação da identidade das cidades históricas. Os investimentos também contribuem para o desenvolvimento urbano das localidades.
Cronograma – Até dia 19 de fevereiro as cidades selecionadas deverão, com o apoio do IPHAN em cada estado, definir sua lista de obras prioritárias. Durante o mês de março, essa lista será submetida à aprovação das instâncias de gestão do PAC, que definirá a previsão de investimentos para cada cidade.
A seleção de prioridades por cidade tem como ponto de partida um vasto levantamento realizado pelo IPHAN nas cidades históricas, entre 2009 e 2011, visando identificar as principais demandas de requalificação de monumentos e de espaços públicos, assim como de promoção e valorização de manifestações e conhecimentos associados ao patrimônio.
Parceria – Ambas as ministras destacaram aos prefeitos a importância de uma parceria dedicada e constante com a União, visando cumprir as metas do programa, que não pressupõe contrapartida financeira, mas que demanda um grande volume de trabalho de equipes especializadas.
“Vocês são protagonistas de um momento muito importante para o Brasil. Patrimônio é a materialização da história e da identidade cultural coletiva de um povo. A perda de um patrimônio é insubstituível. Sua destruição é esquecimento de nós mesmos”, disse a ministra Marta Suplicy aos prefeitos.
A ministra afirmou que a presidenta Dilma Rousseff é sensível, tem percepção dessa importância e por isso se empenha em colocar o máximo na recuperação de monumentos.
“A arquitetura é o refúgio físico, mas também psicológico – nossa referência no mundo”, continuou a ministra. Marta reforçou que o patrimônio deve ser entendido como um conjunto de bens e valores representativos de uma nação e herança de um povo.
Crédito – Jurema Machado, presidenta do IPHAN, que acompanhou a ministra Marta Suplicy no encontro com os prefeitos, explicou que atuar apenas sobre os monumentos não seria suficiente para reabilitar as áreas que têm patrimônio e para melhorar as condições de vida de seus moradores. Por isso foi concebida a linha de crédito de R$ 300 milhões para proprietários de imóveis de cidades que têm conjuntos tombados pelo IPHAN.
 (Texto: Montserrat Bevilaqua, Ascom/MinC)  (Fotos: Elisabete Alves, Ascom/MinC) Fonte: www.cultura.gov.br
 *No Paraná a única cidade contemplada é Antonina.

N.Ed.do Blog: O prazo para apresentação de uma lista prioritária é ínfimo (19 de fevereiro), considerando sequer existir - no caso de Antonina - um Conselho Gestor. É fundamental a participação da comunidade e principalmente dos proprietários dos imóveis protegidos para definição das prioridades.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

RESULTADO DA ENQUETE


VOCÊ ACHA QUE AGORA ANTONINA

Vai Melhorar 34%
Continuar na mesma 21%
Piorar 36%
Não Sei 7%
Total votantes 246

Apesar de ser um pequeno retrato da realidade, a enquete dá para avaliar a opinião dos bloguistas sobre os primeiros 30 dias da administração João Domero. Considerando uma margem de erros de 2 pontos para mais ou para menos, houve empate entre aqueles que acreditam em melhorias (34%) e os que acham que tudo irá piorar (36%). Os mais incrédulos (21%) apostaram que não haverá mudança.
Se realmente houve empate entre as duas opiniões opostas podemos considerar que a crença do eleitorado na possibilidade de melhorias é pouco provável. Reforçada pelos (21%) que não acreditam nas mudanças.

Comparando com a enquête feita há quatro anos atrás, nos primeiros trinta dias da gestão Canduca, a grande maioria (57%) acreditava em melhorias. Contra apenas 13% dos pessimistas. Já os incrédulos também somaram 22%.

Conclusão:
O eleitorado otimista aposta menos na administração João Domero (34%) que apostou no Canduca (57%). Já os que acham que a cidade irá piorar, apostam mais no João (36%) do que no Canduca (13%). Houve empate entre os que acham que nada ira mudar (22%).

N.E. do Blog: são apenas números de opinião dos internautas que acessam este blog. Uma simples e insignificante amostragem. Números estes que na enquete para a eleição de prefeito foi estritamente fiel ao resultado. Coisa dos números.

Carnaval em Curitiba...

ASSOBIÓDROMO OU FANDANGÓDROMO?
O Hélio Leites me encomendou um projeto de carro alegórico – como arquiteto que já fez estudo de Assobiódromo prá ele, parece um pedido razoável. Claro, acresce ainda que sou admirador – não incensador – do Oscar Niemeyer.
            Mas o pedido esbarra em outra convicção minha: a da inutilidade de tentar “salvar” o carnaval curitibano. Embora, salvação haja, é em recriações como a da “Escola de Samba Unidos do Botão”. Isto é, com uma caracterização de coisa regional, não na imitação e cópia dos esquemas brasileiros tradicionais. Parece que há uma dificuldade enorme em se entender que Curitiba não é o Rio de Janeiro – nem Floripa, nem Recife, nem Salvador e nem mesmo Antonina – no que essa diferença tenha de boa ou de ruim.
            Essa coisa patética que aqui temos deveria ser esquecida de vez – o que é fácil – para alívio da população oprimida pela ditadura momesca.
            Não inventei isso – mas gosto, e há mais quem goste, da idéia de fazer da cidade um refúgio para não-carnavalescos. Traria muito mais gente, negócios e dinheiro a cada ano do que essa pífia Copa do Mundo, que nunca mais voltará, praza aos céus.
            Não é necessário demonstrar o óbvio, a falta de vocação curitibana para o carnaval, e nem mesmo discutir as razões dela. Fica por conta daquelas listas da internet, arrolando dezenas de razões para abominar o “jeito curitibano de ser” – todas elas podendo ser resumidas no já citado fato de que não somos Rio nem Floripa, nem etc. Não vejo porque devêssemos ser de outro jeito – populações, ainda que minoritárias, tem direito à sua própria personalidade. Se fossemos tão repelentes assim, não haveria uma população adventícia maior que a nativa.
            Mas a demonstração da nossa vocação para refúgio político dos exilados da monarquia momesca, fica bem demonstrada por um amigo que se refugiou em Curitiba do carnaval de Floripa. Deu azar e hospedou-se em hotel do Centro Cívico onde, na falta de congresso religioso, havia batucada com mais auto-falantes do que músicos.
            Vão me dizer que há até tradições carnavalescas na cidade – como a Banda Polaca do Dante Mendonça ou os Sacis da Garibaldi. E eu vos direi que, no entanto, que uma andorinha não faz verão e um bloco não faz carnaval, que as exceções confirmam as regras e etc e tal. E que qualquer festa substitui com vantagens essas, poucas e circunstanciais.
            Para quem não pode viver sem isso e não se satisfaz com as comemorações futebolísticas, filas no litoral e similares, poderia ser disponibilizada uma Kombi que levaria os costumazes foliões para Antonina, que lá, me garante o Eduardo Bó, tem carnaval.
            E agora vai ter quem me diga que o veículo circularia vazio, ou com dois ou três passageiros – não faz mal, na ponta do lápis ou, analisada a relação custo-benefício como gostam de dizer os neoliberais, sempre sairia mais barato que as baldadas tentativas de implantar um carnaval em Curitiba.
            Então, Hélio Leites e “Povo do Botão”, me desculpem, mas dessa vez, fico devendo. Serve um daqueles botão-adesivo para distribuir na Feira de Artesanato?!

                                                            Key Imaguire Junior
                                                            Curitiboca faixa-preta

           

Carnaval...Vale a pena ler de novo.

Foto meramente ilustrativa.

Publicado em 28/02/2007 e no livro "Tenho Dito" 2012
ECOS DO CARNAVAL

O nosso carnaval, por sua própria naturalidade, é muito bom. Sua diversidade de comportamentos e atrativos faz a diferença. Aqui se tem um pouco de tudo ao mesmo tempo. Blocos de rua, desfile de escolas de samba, baile público e muita brincadeira.
Claro que tem seus problemas, muitos de longas datas, tais como falta de infra-estrutura, de recursos financeiros, de serviços de qualidade, de organização e pouca, muito pouca divulgação.
Nos últimos dois anos temos que reconhecer uma pequena melhora, principalmente com o reaparecimento das Escolas de Samba, da transmissão ao vivo do desfile feita pela Paraná Educativa e de pontuais melhorias na organização. Mas faltam muitas coisas a serem feitas para transformar esta festa não somente em um produto da alegria, mas em um produto turístico.
Acho fundamental a participação da sociedade na organização do evento – algo que não vem acontecendo – para discutir os ajustes que possam aperfeiçoar ainda mais o já consagrado Melhor Carnaval do Paraná.
O que não podemos é continuar eternamente convivendo com “achismos oficiais” na tentativa de vender um produto de “mentirinha”. A profissionalização dos serviços e uma maior seriedade dos políticos poderão contribuir de maneira positiva no resgate da nossa melhor festa. Garantida, como sempre, pela alegria dos foliões e pelos trabalhos incansáveis dos nossos artistas, compositores e carnavalescos.
Venho há muito tempo tentando achar formas para melhorar ainda mais esta grande festa, mas quem sou eu, um simples observador, para criar formatos. Até cheguei a pensar em não escrever sobre o assunto e somente mostrar o que eu sei fazer de “melhor”, as minhas fotos. Mas, como em comunicação a palavra redundância tem um valor importante, pois é somente “redundando” que se consegue reforçar a informação, estou aqui de novo.

CENTRO DE EVENTOS
O formato como está sendo montada a atual manifestação não cabe mais no espaço competente. É preciso urgentemente, para preservar o pouco que nos resta do patrimônio histórico e cultural, criar um espaço adequado para a realização de eventos deste porte. São aproximadamente 20 mil pessoas que se apinham na avenida para brincar ou assistir ao carnaval, no meio de barracas, cercas, equipamentos de som, postes, ligações de esgoto, hidráulica, postes de decoração, sanitários... Uma verdadeira “michorna” visual e física que atrapalha tudo e todos em uma verdadeira aula de poluição ambiental, altamente insustentável. A programação da implantação de um espaço multiuso se faz necessária e é bom lembrar que temos – a municipalidade – um terreno livre, bem em frente à sede do 29 de Maio, que poderá acolher este equipamento. Sabemos também que o nosso município tem sobra de caixa e poderá contratar dívida de até 2,5 milhões de reais, mais que necessária para a implantação deste tipo de empreendimento.
Defendo e acredito que este tipo de equipamento será de muito mais utilidade do que a construção de um simples ginásio de esportes, pois organizaria de maneira sustentável o desenvolvimento de projetos e atividades turísticas, culturais e recreativas e na comercialização dos nossos produtos artesanais, gerando uma verdadeira cadeia produtiva e de renda. Claro, quero deixar bem esclarecido que em nenhum momento sou contra a construção de um ginásio de esportes, mas, se tivesse que priorizar optaria pelo Centro de Eventos e melhoraria as condições da quadra coberta poliesportiva do Batel. Já que não temos recursos para tudo, temos que priorizar aquelas obras que possam contribuir para a geração de renda da população. Depois, faremos o resto.

CARNAVAL NOTA...
Para quem aprendeu a transformar objetos de arte e comunicação em números, não me parece muito difícil dar uma nota para o nosso último carnaval: sete. Sete, dentro do princípio de avaliação de atividades educacionais, é considerada uma boa nota, não é nota média, porque média matemática é cinco. Então sete por todos os pontos fortes e fracos que o nosso maior evento teve. Em muito pouco tempo, pouco menos de quatro anos, a nota seria muito abaixo da média cinco. Quase chegamos ao fundo do poço e torcemos para que possamos, em bem pouco tempo, chegar ao topo da avaliação.


sábado, 26 de janeiro de 2013

Passeio de Barco

O mesmo lugar...

Fotografo sempre o mesmo lugar;
Mas percebo que o lugar
Nunca é o mesmo.
Nem eu sou o mesmo...
Naquele lugar.
Se nem o lugar e eu somos os mesmos.
Quem fotografa e onde é o lugar...
Mesmo?

Eduardo Bó Nascimento
24.01.2013


quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

O inimigo mora ao lado


Novo governo e já escutamos ruidosos sintomas ditatoriais oriundos do clã governante temporário.
Por mais de vinte anos fui uma voz isolada contra o turbilhão de desmandos dos nossos governantes. Perseguiram-me, retaliaram-me, processaram-me, mas sobrevivi graças a estabilidade conseguida com meu esforço e competência. Os políticos passaram e poucos deixaram um legado positivo.
Dentro desse recinto de “achismos”, sempre procurei defender atitudes que viessem melhorar as condições de vida da nossa comunidade e da “minha cidade”. Algo intrinsecamente particular...Reconheço!
Hoje, com o advento da internet, através das redes sociais e blogs, todo o cidadão poderá manifestar sua opinião a tal ponto de escancarar a caixa-preta governamental.
É puro atraso mental, alguém no exercício do poder se achar absoluto e inatingível. O sistema mudou. “Tudo” poderá ser fiscalizado, não somente pelos órgãos que deveriam exercer essa função, mas por todo cidadão cognitivamente esclarecido.
Se existirem inimigos do poder – principalmente em uma pequena cidade como a nossa – creio que não são os bloguistas, os internautas ou um simples cidadão conectado. Eles, quando identificados, somente se dão “ao luxo” de expor suas opiniões e a dar “a cara pra bater”. Olhe que não é fácil! Pois quase sempre se contraria e se aponta o desmando e descaso como a “coisa” pública é conduzida, e como somos tratados.
Dentro deste diminuto universo chamado cidade e conhecedor das “figurinhas carimbadas” que circulam no poder, volto a afirmar que os maiores inimigos dos nossos gestores públicos estão bem pertinho deles. Fazem parte dos seus quadros funcionais e foram por eles nomeados.
Na última gestão, bati forte nesta tecla e não deu outra... O mandatário sequer conseguiu apostar em sua reeleição.
Agora vivemos um novo momento, mas já se constata os mesmos vícios e as mesmas circunstâncias. Temos que ficar de olho e tomar cuidado!

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Piorou


O aspecto de abandono no Trapiche Municipal ficou ainda pior. Ontem estive por lá e tudo ainda continua como dantes, ou seja, depredado  Pois um grupo de desocupados frequentadores do local coberto, após ter sido abordado pela polícia, voltou ao local e quebrou o pouco que restava do mobiliário rústico existente.
Será que após 20 dias, o pessoal da atual administração ainda não teve tempo para gerenciar o local e no mínimo tornar acessível e mais agradável?
Não venham dizendo que não sabiam do estado que receberiam a “casa”? Tiveram mais de noventa dias – antes da posse - para planejar ações imediatas que viessem melhorar o aspecto da cidade. Ou o trapiche e o Mercado não são locais prioritários?

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Quem tem medo do Jekiti?

Montagem de Jayme Fernandes/Foto Lindomar

Publicado em 02/02/2006 e no livro "Tenho dito" 2012
QUEM TEM MEDO DO JEKITI?

Em Antonina há um local conhecido como JEKITI. Construído na década de cinquenta pelo prefeito Cecyn Jorge Cecyn como abrigo para parada de ônibus. Já com seus cinquenta anos de existência, além de abrigar milhares de pessoas durante todo este tempo, também serviu, e serve, como tribuna livre. Lá as pessoas – principalmente trabalhadores da estiva e pessoas aposentadas – se reúnem diariamente para fazer um lanche, tomar um gostoso e tradicional cafezinho ou simplesmente contar as “novas” da cidade. O JEKITI é o centro das informações da cidade. Verdadeiras ou não, o importante é chegar por lá, sentar e jogar as palavras para fora. É a “Boca Maldita” da cidade, amada por muitos e repelida pela maioria dos políticos locais. E o pensamento é unânime: “Se saiu do JEKITI é verdade”.

Retocando as fantasias - Fotografia

Os Blocos Carnavalescos e as Escolas de Samba fazem parte do que há de melhor em nosso carnaval. E os preparos estão sendo finalizados para os três dias de folia.

Bonecos do Bloco dos Bonecos
A família Pinto Loco no comando do
Bloco do Boi Barrozo.
Fantasias do Boi Barrozo

domingo, 20 de janeiro de 2013

UFPR abre inscrições para oficinas no Festival de Inverno


A Pró-Reitoria de Extensão e Cultura já começou a preparar o 23º Festival de Inverno em Antonina, que em 2013 será de 13 a 20 de julho. Estão abertas as inscrições para os interessados em ministrar as oficinas. São diversas opções de atividades como artes visuais, música, dança, artes cênicas, artesanato e comunicação para crianças, jovens e adultos.
Há também espaço para os espetáculos, seja nos teatros ou ao ar livre. Os formulários de inscrição estão na página da Pró-Reitoria na Internet: www.proec.ufpr.br/festival2013. O prazo de inscrição vai até o próximo dia 1º de março.

Silêncio.


Silêncio...

Deixe constituir...
Na busca da posse,
Achar o ser sem fazer.
Querer!

Há longa e serena,
Espera...do nada.
Se busca arranjo sozinho,
Na capa da forma...safada.
Nem ao menos percebe,
Em volta a tudo...
E nada!

Eduardo Nascimento
19.12.12

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

E o carnaval? Vale a pena ler de novo


Publicado em 19 de fevereiro 2002 e no livro "Crônicas da Capela" 2006.
E O CARNAVAL?

Bloco do Pinico 1978
Por mais que a atual administração municipal, por total incompetência e falta de bom senso, queira acabar com o nosso carnaval, o povo saiu à rua na tradicional segunda-feira gorda e brincou com toda a alegria das escandalosas e dos blocos de rua. Sem dúvida alguma, o carnaval espontâneo sempre foi e será o que temos de melhor para esta tão importante festa do nosso calendário turístico e cultural.
As outras manifestações, Escolas de Samba e Baile Público, há muito tempo não apresentam as mínimas condições de qualidade. Os trios elétricos que apareceram por aqui no final dos anos 80, com o advento da axé-music, chegaram com toda força, violentando as mais tradicionais manifestações do nosso carnaval: os Blocos de Rua. Hoje a prefeitura contrata um Trio e uma banda - sabem lá de onde - que tocam um monte de lixo musical e acha que está fazendo a sua parte. Aliás, Antonina tem o único Trio-Elétrico Paraplégico do Brasil, é contratado para ficar parado. Desperdício do dinheiro público e desrespeito ao bom senso.
As Escolas de Samba que durante 20 anos abrilhantaram a festa, hoje ficaram na saudade e apenas duas briosas se manifestaram: Leões de Ouro e Batuqueiros, que com enormes dificuldades e “empobrecidas” conseguiram desfilar no domingo. Na terça até dá pra falar que elas sumiram, e foi uma tristeza ver ao ponto em que chegou o já considerado melhor carnaval do Paraná.
Em uma cidade que sempre fez de suas festas uma das suas identidades e as transformou em objeto de turismo, fonte de renda e riqueza, hoje se vê abandonada, em total decadência, principalmente quando para a sua realização depende da atual administração. Todos os bons jornais da capital se referiram à decadência do nosso carnaval, e não dá para aceitar desculpas esfarrapadas “tenho outras prioridades...” enquanto nossos vizinhos litorâneos investem inteligentemente no carnaval, como fonte de turismo.
Não é possível conviver ignorando as nossas coisas, a nossa cultura. O que será que a turma palaciana pensa... Se é que pensa. É muito triste conviver com esta realidade e somente ter na história as boas referências.
Sim. O carnaval também é prioridade. Só que depende de um bom planejamento, equipe experiente e competente, seriedade e envolvimento com a comunidade.  Só assim poderemos traçar um novo paradigma para a nossa mais importante manifestação popular. Desculpa de festa profana é ignorar a nossa inteligência. Profano é o comportamento de certas pessoas em seu dia a dia, o desrespeito ao seu próximo e o total desamor por nossa cidade.
É preciso reencontrar a diferença do nosso carnaval. Do carnaval produzido em Antonina. Das marchas do Porvinha e do Pita, dos sambas do Relem, do Baron, do Pardal e tantos outros. Dos Blocos de Rua, do Corso. É preciso rediscutir as nossas festas com as pessoas que as fazem e gostam.
O poder oficial quando não entende de nada, só atrapalha.
Queremos rever o nosso carnaval, o carnaval da alegria, o carnaval da família, o carnaval da qualidade e do bom gosto, o carnaval cultura, o verdadeiro Carnaval da Paz.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

CIDADE QUEBRADA


O que temos ouvido a quatro cantos da cidade é que a atual administração encontrou as contas da prefeitura “quebrada”, ou seja, tem mais para pagar do que pra receber.
Quando um novo grupo político assume uma administração pública, a grande maioria do eleitorado que acreditou em mudança, espera no mínimo que seja feito uma auditoria administrativa nas contas da prefeitura, para que nós – simples mortais e pagadores de impostos – e os novos administradores, fique sabendo do estado financeiro, mandos e desmandos da administração que se encerrou.
Mas, no que tudo indica, parece que os acordos e apoios eleitoreiros passam por compromissos de não mexer em nada, deixando tudo como está para ver aonde chega.
Assim sendo, as mudanças tanto proclamadas nos palanques vão se diluindo, dando lugar a falsos resultados. E a verdade desaparece!
Mas como se encontram as contas da nossa prefeitura? Com a palavra o prefeito.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Revisão contratual


Uma das tarefas que a nova administração municipal precisa urgentemente fazer é a revisão nos contratos de locação dos espaços públicos, como Rodoviária, Mercado Municipal, Quiosques e o Jekiti. Por se tratar de espaço de utilidade pública, é bom que fique claro que os devidos espaços comerciais deverão funcionar plenamente, priorizando os interesses do PÚBLICO.
Também será necessário estipular horários de funcionamento e até multa quando for constatado o não funcionamento das referidas locações.
Outro ponto que deverá ser rigorosamente cobrado é a proibição de contrato de sub-locação, prática abusiva que vem sendo utilizada já há muito tempo e nossos administradores públicos fingem que não enxergam.
Queremos que esses imóveis PÚBLICOS sejam locados para pessoas que se comprometam com uma prestação de serviços contínuo e de qualidade.
Se for para moralizardiscurso de palanque – temos que começar organizando a casa. E tenho dito!

Recadinho...

Foto meramente ilustrativa

AOS NOVOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS TEMPORÁRIOS: 
Salto alto e fala grossa combinam somente na segunda-feira de carnaval. XÔ!


segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

NOTÍCIAS QUE GOSTARÍAMOS DE OUVIR



a)      Novo prefeito assume e se surpreende pela situação de normalidade das contas e do estado dos equipamentos públicos.
b)      Todo o Secretariado e seus Diretores foram escolhidos pelo mérito profissional, afirma prefeito.
c)      Carnavalescos reunidos com a equipe do novo governo decidem planejar e fazer acontecer o melhor Carnaval de todos os tempos.
d)      Cidade é reconhecida – pela primeira vez – como a mais bem cuidada da região.
e)      Hospital de Antonina é inaugurado com novos equipamentos e Centro de Especialidades deverá funcionar dentro de 30 dias.
f)        Porto de Antonina bate recorde e recebe aval para dragagem do canal, que deverá chegar aos 11m, possibilitando a entrada de navios de maior calado.
g)      Governo do Estado implantará três indústrias criativas em Antonina, dentro do Plano de Desenvolvimento Sustentável do Litoral do Paraná. As empresas deverão gerar no primeiro ano mais de trezentos empregos diretos.
h)      Marcada para novembro a inauguração do Centro de Eventos de Antonina. Obra projetada e construída com recursos do Prodetur/Ministério do Turismo. Administrado pela parceria público-privado Comtur/Aestur.
i)        A obra da Estação de Tratamento de Esgoto da cidade está a todo vapor e deverá ser entregue a comunidade ainda no primeiro semestre de 2013.
j)        Prefeitos do litoral deverão apoiar candidatura única para Deputado Estadual e Federal. Prática que possibilitará o retorno da região a mesa de negociações políticas.
k)      A Empresa ViaMar, venceu a licitação da linha de barco que ligará Antonina-Paranaguá. Inicialmente serão oferecidos dois horários de saída dos dois destinos, às 7h e às 16h. Consta da licitação a inclusão da passagem social, que beneficiará estudantes e moradores das ilhas inclusas na rota.

Aguarde novas notícias a qualquer momento. Onde a mentira faz bem e a verdade é castigada.
N.E.do Blog: Mas quem não gostaria de dar essas notícias?

ANTONINA EM PAUTA...


Deu na Gazeta do Povo
Turismo que resgata a cidade
Empresários e poder público se unem em Antonina para revitalizar a região e atrair mais turistas após a tragédia de 2011         14/01/2013 | 00:10 | Gisele Barão, especial para a Gazeta do Povo

As chuvas que causaram estragos no Litoral do Paraná, em março de 2011, também prejudicaram a frequência de visitantes na região. Quase dois anos após a tragédia, iniciativas ainda tentam fortalecer o setor. Em Antonina, cidade que teve seu Centro Histórico tombado pelo Patrimônio Cultural em janeiro de 2012 e vive principalmente do turismo, a manutenção dos espaços culturais é uma das formas de recuperação.
O movimento Viva + Antonina, criado após os alagamentos para recuperar a cidade, atua até hoje. No final do ano passado, proprietários de restaurantes, em parceria com a prefeitura, organizaram a reforma do trapiche da cidade, de onde partem passeios turísticos de barco, atraindo recursos por conta própria. Outras ações promovidas pela união dos empresários são a divulgação da cidade em outdoors e distribuição de panfletos sobre restaurantes locais.

Dificuldade
O trapiche de Antonina, reformado por empresários no final do ano passado, sofreu depredações e foi preciso desativar o ponto de informações turísticas que funcionava ali. O serviço agora fica no Teatro Municipal. A empresária Ana Eliza de Souza lamenta que a falta de segurança tenha prejudicado o trabalho do grupo. “Não adianta ter revitalização se não tem segurança. É preciso restauro total e colocação de vigias.”“A situação começou a reverter, e estamos voltando ao normal. A cidade também teve maior consciência em relação aos serviços de turismo, e está aumentando o fluxo de pessoas”, conta a proprietária de um restaurante na cidade há 13 anos, Ana Eliza de Souza.
O turismo de Antonina também se fortalece com associações de artesanato e a gastronomia típica. No Mercado Municipal, esses dois setores têm espaço especial. Agora, o município prepara uma das maiores apostas da região: os festejos de carnaval. São desfiles de blocos folclóricos, bailes públicos, escolas de samba, além do tradicional concurso das “escandalosas”, em que homens se vestem de mulher. Na estação ferroviária, já está ativa uma exposição dos bonecos carnavalescos. A expectativa da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo é receber entre 35 mil a 40 mil pessoas no período.

Recuperação
Segundo o secretário municipal de Turismo e Cultura de Antonina, Cezar Broska, os acontecimentos de 2011 provocaram uma queda na frequência de visitantes, mas a cidade se recuperou. “Nos primeiros dias deste ano o movimento já está grande”, diz. Ele afirma que, até dezembro, uma série de prédios históricos deve ser revitalizada, como a Estação Ferroviária, o Teatro Municipal e a Praça Coronel Macedo.
O orçamento municipal deste ano prevê investimentos de R$ 454 mil no setor turístico, mas o valor é menor do que no ano passado, quando R$ 711 mil foram destinados à área. A prefeitura informou que a queda no valor se deve ao planejamento feito pela gestão anterior, e que o atual prefeito, João Domero (PSC), deve pedir revisão dos valores à Câmara Municipal nos próximos meses.

Famílias vivem em abrigos à espera de casas
Desde as chuvas que castigaram parte das cidades do Litoral em 2011, quando mais de 20 mil pessoas foram afetadas, Antonina ainda tem famílias vivendo em abrigos, na espera pela entrega de novas casas. O casal Juliano de Oliveira e Jéssica Dutra está há um ano e meio com a filha, de 6 anos, em um abrigo fornecido pela prefeitura.
As chuvas prejudicaram principalmente o bairro Laranjeiras, onde moravam. A maior dificuldade está na falta de segurança no local e na estrutura. “No carnaval passado, um homem arrombou a porta. Tivemos que chamar a polícia”, conta Jéssica. No abrigo, há apenas uma cozinha para as três famílias que vivem no prédio. Para Juliano, o lugar não tem estrutura para abrigar famílias. “A gente precisava ir a outra casa para lavar as roupas. Aqui não tem condições”, diz.
Segundo a Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), que gerencia o projeto de construção das novas casas, o atraso aconteceu porque a empresa que venceu a licitação na primeira fase das obras não cumpriu parte do contrato. Até junho, 53 casas devem ser entregues na cidade, e outras 35 ainda neste ano.

Deu na Tribuna do Paraná
ANTONINA SEM CONDIÇÕES PARA ATENDER TURISTAS


N.E.Blog: Duas matérias que refletem bem a situação que passa nossa cidade. O importante agora é tirar as máscaras e encarar a coisa de frente. Arrumar a casa através de verdadeiras ações em conjunto e melhorar nossa aparência, para recuperar o que já foi perdido. Turista decepcionado não volta mais. Cansei de falar sobre isso!

Gente da Gente - Fotografia

No Bar da Fátima
Ruth e Cide no Jekiti

sábado, 12 de janeiro de 2013

Servidor ou Senhor...Vale a pena ler de novo!


Publicado em 18/06/2006 e no livro "Tenho dito" 2012.
SERVIDOR OU SENHOR?

Para quem viveu mais de vinte anos sob um regime autoritário, nos parece que apenas vinte dos nossos últimos anos de plena democracia ainda não serviram para educar a nossa sociedade, e principalmente os nossos políticos, sobre os papéis que devemos assumir como protagonistas deste sistema.
Quando elegemos alguém para administrar os nossos espaços, sejam eles desde a pequena célula municipal até a nossa grande nação brasileira, esperamos que os eleitos saibam o papel que lhes cabe. Creio que uma grande parcela da população pensante não escolheria alguém para ser o seu “senhor”, o seu dono. Espera, como princípio do próprio regime democrático, que os nossos administradores possam ocupar seus cargos como pessoas comprometidas com as suas cidades, seu estado ou nação. Ou seja, comprometidas com as pessoas. Pessoas que pensam e agem, de diferentes de crenças e costumes.
O regime nos dá a oportunidade de escolher, por um determinado tempo, alguém em quem se possa confiar para gerenciar as nossas necessidades públicas, como saúde, educação, transporte, segurança, trabalho, ou seja, o bem-estar de todos.
O governante eleito deveria se orgulhar de ter sido escolhido “o servidor público número um” de sua comunidade. Ser nada mais do que o nosso amigo e benfeitor. Mas não é o que acontece.
Quase sempre nos deparamos com um transformismo monstruoso. Viram, no mínimo, autoritários, prepotentes, déspotas. Começam a acreditar (e acham verdade) que estão no poder para fazer dele o que bem entender. Esquecem os compromissos – quando os têm – assumidos com seus correligionários, ou seja, com o povo. Muitos montam verdadeiras quadrilhas para saquear os nossos míseros recursos e jamais lembram que somos nós, os cidadãos eleitores ou não, que pagamos o seu salário e na maioria das vezes de boa parte de sua família.
Na prática, infelizmente, há uma inversão de valores. De “senhores” que somos, por pura covardia e omissão viramos servis, quando não subservientes. Parte do eleitorado, os coitados e incompetentes, que vivem sempre ajoelhados, se tornam bajuladores e ajudam a alimentar o grau de prepotência do bajulado. A cegueira é total e por um bom tempo o governante esquece o seu estado primário de graça, de ser servidor. Insiste em continuar “senhor” até se dar conta de que o tempo vai passando e seu “reinado” acabou.
E é somente perto das eleições que eles voltam a se vestir de servientes. E começa tudo de novo: “blá@43%66#3blá@$3$408LKKhj@kjklDe@3556^ 5”.


sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Mais uma fria

Senhor Governador

Grande parte de nossa comunidade, aqueles atingidos pelas chuvas de 2011 ainda continua sem casa pra morar. O índice de desemprego não só na cidade como em toda região é um dos maiores. Seu governo ainda não apresentou sequer um Plano de Desenvolvimento Regional para que possamos deslumbrar com a possibilidade de geração de renda e emprego para nossos filhos, preservando sua permanência em nosso convívio.
E o senhor vem agora – em nome de uma suposta economia de energia – nos doar Geladeiras? PÔ...Exigimos ser tratados com dignidade. Não precisamos de esmolas e sabemos que podemos trabalhar e contribuir com o desenvolvimento da nossa cidade e do Paraná. Mas esperamos a tão prometida ação governamental.
Nosso porto oficial – administrado por V.Excia – continua inativo e abandonado. Servindo apenas de cabide de empregos. Faça algo que nos orgulhe!
A maioria do nosso eleitorado confiou em suas propostas e agora o senhor vem com essas Geladeiras. Será que entramos em mais uma fria?

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

A inauguração do sinaleiro*


Novo governo e em seus primeiros dias já convoca a comunidade para a sua primeira inauguração: o sinaleiro.
Equipe toda aposta, secretários de governo, técnicos e atendentes todos enfileirados. A banda da cidade toca seus hinos para chamar atenção dos transeuntes. Representantes do clero, padre, pastor e até pai-de-santo se enfileiravam e abençoavam o novo sinal. O xeique só não marcou presença porque sua embarcação vinda da cidade vizinha, não conseguiu abordar, devido a maré baixa.
Policiamento ostensivo para acalmar os ânimos dos motoristas e avisar que de agora em diante teremos que parar quando o sinal estiver vermelho, amarelo atenção e verde pode passar.
Sem pestanejar, durante os ultimatos dos policiais e alheio a tudo que estava acontecendo, uma carroça desgovernada acelera e passa rasgando e desconcertando os trajes dos oficiais e das autoridades presentes. O carroceiro é parado e enquanto seu cavalo pasta no abundante canteiro lateral, escuta atendo sobre o novo procedimento para cruzar aquela via. Minutos antes, um desatento motorista deslumbrado com a nova construção erigida na sua mão direita, quase atropela duas idosas que atravessavam a rua.  Somente interrompido por uma violenta e sonora frenagem.
Hinos e discursos são rapidamente executados pelos presentes, enquanto a fila de veículos vinda do porto, do centro da cidade e dos visitantes se acumula ao longo das avenidas. Ciclistas se amontoam sem saber por onde passar a procura da ciclovia que não conseguem visualizar. Buzinas nervosas são acionadas, antecipando assim a retirada dos festeiros, liberando a via aos veículos. Enfim foi inaugurado o sinaleiro. E ponto final.

*Essa é uma obra de ficção, qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.

Não vou escrever de novo... Cargos e Encargos.


Publicado em 22 de abril de 2003 e no livro “Crônicas da Capela” 2006.
CARGOS X ENCARGOS

Quando as pessoas elegem alguém para exercer  um cargo político, principalmente para o poder executivo, boa parte destas pessoas acreditam em alguma coisa: alternância de grupo no poder, programa de governo, bandeira partidária ou esperança de melhores dias. Outras pessoas votam apenas para cumprir com a obrigação eleitoral. Algumas votam em retribuição a favores e até compromissos “pagos” com antecedência. Boa parte apenas apóia candidaturas pensando unicamente em participar do poder, caso o seu candidato seja eleito, pois na atual crise de desemprego é muito confortável, agarrar “no saco” de um político e torcer (não o saco) para que ele seja eleito, garantindo  a possibilidade de um emprego temporário, que poderá durar no máximo 8 anos. Depois de eleito, dezenas, centenas e até milhares de cargos, chamados de confiança, são preenchidos pelos partidários, correligionários e apadrinhados do político.
São os famosos, desejados e bem remunerados cargos públicos, que nem sempre são preenchidos por pessoal tecnicamente competente, mas em sua grande maioria por pessoas ligadas a partidos políticos que o apoiaram e principalmente por  parentes. É o tão criticado e sempre presente nepotismo - ato de favorecer os parentes - maneira legal, mas amoral, de repartir o poder e o dinheiro público com a própria família.
A prática nepotista já foi condenada pelo senador Roberto Freire (PPS) quando era do PCB, que elaborou  projeto de lei acabando com este privilégio, mas nunca foi colocado em discussão e muito menos aprovado. Não é de interesse da grande maioria parlamentar, pois também se utiliza desta prática. É notória a nomeação de parentes em todos os níveis dos governos, quer federal, estadual e municipal. Muitos políticos justificam suas presenças, alegando serem de total confiança (é claro) e ajustados tecnicamente com as funções que deverão ser exercidas.
A prática política vivida em nossa curta história democrática, infelizmente,  criou uma certa cultura  pró-nepotismo, onde não mais ficamos “vermelhos” de vergonha e revoltados com determinados políticos que nomeiam seus parentes para cargos importantes, desde que, se condicionem a compromissos  mínimos com o trabalho voltado para a melhoria da qualidade de vida da nossa população e que estejam em sintonia com o exercício funcional. Não podemos condenar uma pessoa simplesmente por ser parente de político, mas devemos cobrar do político maior seriedade e critérios para ocupação dos cargos e para a escolha dos seus ocupantes, independente do grau de parentesco.
O insuportável e condenável  é quando os cargos são ocupados por pessoas, apadrinhados e parentes para simples preenchimento do quadro funcional e favorecimento financeiro com apropriação indevida de remunerações que poderiam muito bem serem pagas a pessoas capacitadas e comprometidas com a causa pública. Mas a prática da seriedade no tratamento das coisas públicas ainda tem um grande caminho a percorrer, para então podermos confiar plenamente nos governos que ajudamos a eleger. Enquanto isto não acontece, vivemos fingindo que nada percebemos e que tudo corre muito bem obrigado. Para eles é claro.

Uma coisa é o cargo outra o encargo. 
Um governo, comprometido no mínimo com a seriedade deve nomear pessoas que saibam muito bem do que se trata o cargo que está ocupando. Mas não é isto que acontece. No governo federal, estadual e nos grandes municípios, os políticos até podem abusar do privilégio em colocar uma pessoa para ocupar um cargo com função simplesmente política, pois terá à sua disposição toda uma equipe técnica que poderá agilizar as ações. Mas em pequenos e pobres municípios esta prática nada mais é que um ato de irresponsabilidade e crime contra o patrimônio moral da comunidade.
Em nossa cidade, raros são os cargos que foram preenchidos com critérios técnicos. Tem Secretário e Chefe de Divisão, ou sei lá o quê? Que é o único presente, quando presente. A maioria dos ocupantes de cargos, foram escolhidos sem nenhum critério técnico, mas dentro de uma política clientelista e de ocupação de espaço. Se um prefeito maluco tivesse criado um cargo de Diretor do “Aeroporto” de Antonina, hoje teríamos alguém da “turma” ocupando o espaço e faturando mais um “troquinho” do cofre público.
Lendo o jornal oficial onde foi publicada a lista dos cargos da prefeitura, ficou muito claro o grau de irresponsabilidade da atual administração. Mas o que mais me chamou  atenção,  é que o “primeiro damo”, marido da “nossa” prefeita ocupa o cargo de Chefe da Divisão de Cultura da Secretaria Municipal de Comunicação e Cultura. Todos sabem que a referida pessoa não tem a mínima condição para ocupar aquele cargo e sequer atua na Divisão para justificar o seu salário. A ocupação do cargo só é justificada para aumentar a renda familiar (que não precisa), e dar uma “ocupação” ao referido cônjuge. Isto é uma vergonha!  Arrumar cargo para parente já é praxe em qualquer governo deste país, mas colocar na pasta da cultura uma pessoa que não tem condições mínimas para exercer o cargo e comprovadamente nenhuma atividade, é subestimar demais a inteligência da nossa comunidade, da nossa história, dos artistas, dos artesãos e do mais simples cidadão antoninense. A nossa cidade precisa ser tratada com respeito.
Prefeita. A senhora está “gozando” da cara da gente se continuar esta prática  sacana, onde o mais importante é aumentar a renda familiar, custe o que custar, doa a quem doer. Como cidadão e pessoa ligada a cultura da minha cidade exijo que o cargo seja ocupado por uma pessoa competente, que no mínimo trabalhe e que possa nos ajudar a desenvolver alguma coisa em benefício da nossa cultura e dos nossos artistas. Os espaços culturais estão fechados sem nenhuma programação, por falta do quê? O empreguismo em nossa prefeitura é total, tem filho, comadre etc...Etc. Mas se eles estiverem trabalhando já é alguma coisa, agora ficar sentado a espera do salário é afanar legalmente os nossos tributos. Cargo e Encargo... É preciso preencher e fazer acontecer.

N.E.do Blog: para inspirar e alertar os novos governantes. Olha que já se passaram 10 anos.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Fora de sintonia


Sintonia é o estado de dois sistemas suscetíveis de emitir e receber oscilações de frequência. Nossa cidade emite várias frequências, uma delas é sua importância histórica e seus presentes vestígios hoje reconhecidos – para poucos sintonizados – pelo sistema oficial como Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Outra é a freqüência do abandono, mais ativada e utilizada pela maioria desacreditada da população. Incorporada as suas convicções e de seus representantes e gestores.

Na contra mão da melhor freqüência temos vivenciado todo o descaso dos últimos governantes, que desconectados de todo e qualquer sistema que venha resultar em benefícios pró-cidade, passam e acumulam problemas sociais. Mas montanhas de benesses pessoais.
A falta de um projeto-cidade somente poderá ser sintoma do diminuto grau de capacidade dos nossos gestores ou simplesmente do mau-caratismo, em voga no mundo político nacional nas últimas décadas.
Meritocracia, sistema em que os mais dotados ou aptos são escolhidos e promovidos conforme seus progressos e consecuções, faz parte somente do dicionário.
Na política o que mais importa é fazer parte do bando de puxa-saquismo, dos acertos aviltantes, da sacanagem e do comprometimento com o continuísmo ao descaso.
Nada muda. Somente as moscas.
Triste é estar conectado em outro sistema e pouco poder fazer para mudar a sintonia. Pior ainda é perceber que a mudança somente será possível dentro de paradigmas raros e quase inexistentes na outra face.
Mas, como nem tudo está perdido, podemos deslumbrar algumas saídas conectivas para iniciar pontuais mudanças, que deverão conter alguns ingredientes essenciais: vontade e capacidade política; corpo técnico competente e efetiva participação popular.
Do contrário iremos continuar fora do sistema, por mais quatro anos.
Tenho dito!




Homenagem aos fotógrafos e a fotografia.

É fato

O olhar penetra as lentes;
Seleciona, organiza, orienta.
Mas a hora verdadeiramente...
É minha.

Sou eu que decido;
O momento.
O meu momento,
O seu...O outro.

Clique não mais se houve;
Tudo passa quase despercebido.
Mas discretamente estou ali;
Deixando parar o tempo.
Colaborando...É fato.

Fato que se torna foto;
Mentira, fadiga do olhar.
Ah... Que saudades
De tudo que não mais revela;
Altera...Imagem;
Singela.

Eduardo Nascimento
28 set 2009

Primeira imagem gravada obtida através de uma câmera escura -
1826 por Joseph Nicéphore Níepce.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Calma gente...


“ As abóboras se ajeitam com o andar da carruagem”. 

As poucas resistentes colocadas abaixo do nível deverão não resistir aos solavancos. 
Apodrecerão em breve e serão substituídas. A não ser que a encomenda foi enganosa e 
já estavam passadas e podres.



Memória Fotográfica

Prainha 1984
Rio do Nunes 1977

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

A cidade também muda.


Muda

Se a gente muda,
A cidade também muda.
Mas se a gente for muda...
A cidade também será.

Se não muda...
Muda fica a cidade.
Mas se a cidade continuar muda...
A gente muda de cidade.

Muda gente...
Gente muda.
Cidade.

Eduardo Nascimento
02.07.09

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Mudar é preciso...Vale a pena ler de novo.

MUDAR É PRECISO... 
Publicado em 04 de outubro de 2004 no jornal Acho e no livro Crônicas da Capela,2006.

No dia 04 de outubro a cidade acordou diferente. Após os resultados das eleições municipais são comuns encontrar o lado vitorioso com todo sorriso nos lábios e o outro tentando justificar seu insucesso. Sensações de alívio e esperança pairavam pelo ar com o surgimento de um momento novo para a nossa cidade. A alegria pela mudança e a derrota da candidatura apoiada pela atual gestão, interrompendo com isso um ciclo de desmandos, incompetência, perseguições, omissão e desrespeito com os nossos valores. 

Por mais imperfeito que seja, o sistema democrático ainda continua sendo o mais justo e liberto, pois quando a maioria da população está descontente com a situação, vai às urnas e faz valer a sua vontade. Por aqui as coisas mudaram. 
Agora...Após passar a choromingueira, o prefeito eleito já deve estar pensando em compor a sua equipe de governo, que juntos a partir de janeiro, serão responsáveis pelas ações que o povo antoninense tanto espera. Nesta hora é preciso de ambas as partes, deixar algumas diferenças de lado e somar esforços para que a nova administração possa resgatar o tempo perdido dos últimos anos e pensar somente no desenvolvimento de ações que venham melhorar a qualidade de vida de toda a população. 
Precisamos recuperar a nossa auto-estima, fazendo com que a nossa juventude acredite que possa crescer junto com a sua cidade; que o nosso idoso continue contando as suas histórias de glórias, mas presencie com prazer este novo momento e deslumbre com um possível futuro melhor para seus netos. Que a nossa cultura seja respeitada, tratada, desenvolvida e divulgada como a essência da nossa existência; e a natureza seja entendida como primordial para o nosso desenvolvimento, recuperando nossos rios, nossas matas e principalmente a nossa assoreada e poluída baía. É preciso melhorar os serviços essenciais de saúde, segurança, habitação, educação, transporte urbano e investir principalmente na criatividade do nosso povo, como meio de geração de renda. Pequenas ações de limpeza, iluminação e pintura em nossas praças e em nossos equipamentos turísticos contribuirão para uma imediata recuperação do nosso turismo doméstico, complementado por um Plano Municipal de Turismo que deverá ser gerado em conjunto com a sociedade organizada: hotéis, restaurantes, serviços, empresários, artesões...Etc. Políticas agrícolas precisam ser incentivadas para atender os nossos pequenos produtores e impulsionar os agricultores que serão beneficiados com assentamentos regularizados pelo Governo Federal. Enfim, Antonina precisa ser passada a limpo, deixar para trás o tempo perdido e olhar para frente com esperança de dias melhores. 
Temos consciência da responsabilidade que tem o futuro prefeito, e das inúmeras dificuldades, de toda a ordem que irá encontrar. Mas a maioria da nossa população clamou por mudanças e acreditou que o maior compromisso da próxima administração é com a nossa cidade e uma cidade nada mais é que a sua natureza, sua história, sua paisagem arquitetônica, suas ruas e vielas...Enfim sua gente. 
Democracia é muito bom. E de quatro em quatro anos a gente pode trocar os governantes e encher os nossos pulmões de esperança. Mas se tudo não passar de um sonho, a gente começa tudo de novo, votando mais uma vez daqui a quatro anos. 

N.E.Blog _ Ontem, primeiro de janeiro de 2013 aconteceu a posse dos novos gestores municipais. Responsaveis pela administração da cidade até 2016, eleitos em 08 de outubro. Mas parece que passaram oito anos e o cenário continua o mesmo. Por isso não é preciso escrever tudo de novo. Mudasse data e personagem.