Deu na Gazeta do Povo
Turismo que resgata a cidade
Empresários e poder público se unem em Antonina para
revitalizar a região e atrair mais turistas após a tragédia de 2011 14/01/2013
| 00:10 | Gisele Barão, especial para a Gazeta do Povo
As chuvas que
causaram estragos no Litoral do Paraná, em março de 2011, também prejudicaram a
frequência de visitantes na região. Quase dois anos após a tragédia,
iniciativas ainda tentam fortalecer o setor. Em Antonina, cidade que teve seu
Centro Histórico tombado pelo Patrimônio Cultural em janeiro de 2012 e vive
principalmente do turismo, a manutenção dos espaços culturais é uma das formas
de recuperação.
O movimento Viva +
Antonina, criado após os alagamentos para recuperar a cidade, atua até hoje. No
final do ano passado, proprietários de restaurantes, em parceria com a
prefeitura, organizaram a reforma do trapiche da cidade, de onde partem
passeios turísticos de barco, atraindo recursos por conta própria. Outras ações
promovidas pela união dos empresários são a divulgação da cidade em outdoors e
distribuição de panfletos sobre restaurantes locais.
O trapiche de Antonina, reformado por empresários no final do ano passado, sofreu depredações e foi preciso desativar o ponto de informações turísticas que funcionava ali. O serviço agora fica no Teatro Municipal. A empresária Ana Eliza de Souza lamenta que a falta de segurança tenha prejudicado o trabalho do grupo. “Não adianta ter revitalização se não tem segurança. É preciso restauro total e colocação de vigias.”“A situação começou a reverter, e estamos voltando ao normal. A cidade também teve maior consciência em relação aos serviços de turismo, e está aumentando o fluxo de pessoas”, conta a proprietária de um restaurante na cidade há 13 anos, Ana Eliza de Souza.
O turismo de Antonina
também se fortalece com associações de artesanato e a gastronomia típica. No
Mercado Municipal, esses dois setores têm espaço especial. Agora, o município
prepara uma das maiores apostas da região: os festejos de carnaval. São
desfiles de blocos folclóricos, bailes públicos, escolas de samba, além do
tradicional concurso das “escandalosas”, em que homens se vestem de mulher. Na
estação ferroviária, já está ativa uma exposição dos bonecos carnavalescos. A
expectativa da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo é receber entre 35 mil
a 40 mil pessoas no período.
Recuperação
Segundo o secretário
municipal de Turismo e Cultura de Antonina, Cezar Broska, os acontecimentos de
2011 provocaram uma queda na frequência de visitantes, mas a cidade se
recuperou. “Nos primeiros dias deste ano o movimento já está grande”, diz. Ele
afirma que, até dezembro, uma série de prédios históricos deve ser
revitalizada, como a Estação Ferroviária, o Teatro Municipal e a Praça Coronel
Macedo.
O orçamento municipal
deste ano prevê investimentos de R$ 454 mil no setor turístico, mas o valor é
menor do que no ano passado, quando R$ 711 mil foram destinados à área. A
prefeitura informou que a queda no valor se deve ao planejamento feito pela
gestão anterior, e que o atual prefeito, João Domero (PSC), deve pedir revisão
dos valores à Câmara Municipal nos próximos meses.
Famílias
vivem em abrigos à espera de casas
Desde as chuvas que
castigaram parte das cidades do Litoral em 2011, quando mais de 20 mil pessoas
foram afetadas, Antonina ainda tem famílias vivendo em abrigos, na espera pela
entrega de novas casas. O casal Juliano de Oliveira e Jéssica Dutra está há um
ano e meio com a filha, de 6 anos, em um abrigo fornecido pela prefeitura.
As chuvas
prejudicaram principalmente o bairro Laranjeiras, onde moravam. A maior
dificuldade está na falta de segurança no local e na estrutura. “No carnaval
passado, um homem arrombou a porta. Tivemos que chamar a polícia”, conta
Jéssica. No abrigo, há apenas uma cozinha para as três famílias que vivem no
prédio. Para Juliano, o lugar não tem estrutura para abrigar famílias. “A gente
precisava ir a outra casa para lavar as roupas. Aqui não tem condições”, diz.
Segundo a Companhia
de Habitação do Paraná (Cohapar), que gerencia o projeto de construção das
novas casas, o atraso aconteceu porque a empresa que venceu a licitação na
primeira fase das obras não cumpriu parte do contrato. Até junho, 53 casas
devem ser entregues na cidade, e outras 35 ainda neste ano.
Deu na Tribuna do Paraná
ANTONINA SEM CONDIÇÕES PARA ATENDER TURISTAS
Leia
a matéria: http://www.parana-online.com.br/editoria/cidades/news/642723/?noticia=ANTONINA+SEM+CONDICOES+PARA+ATENDER+TURISTAS
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