sexta-feira, 30 de setembro de 2016

PESQUISA CONFIRMA...ZÉ PAULO NA FRENTE!


Pesquisa registrada no TSE pelo Datasonda confirma vitória de Zé Paulo.

Zé Paulo 41,5%
Mônica 34,5%
Jefferson 11,0%
Luiz Pirulito 2,0%
Scarante 0,5%
Branco/Nulo 1,0%
Não Sabe 9,5%


Divulgação oficial da pesquisa realizada no município de Antonina-Pr, inscrita no site do TSE sob N PR-07913/2016. Foram entrevistados 200 eleitores, no período de 28 e 29 de setembro 2016. O intervalo de confiança é de 90% e a margem de erro 3,39 para mais ou para menos sobre o resultado. O instituto Datasonda Pesquisas foi o próprio contratante e realizador da pesquisa em questão.

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

ELEIÇÕES 2016...RETA FINAL.

Eleições 2016...Reta final.

Faltam poucos dias ao eleitorado brasileiro se manifestar nas urnas, elegendo seus prefeitos e vereadores. Sem dúvida alguma, os políticos mais importantes do país, pois são eles que convivem o dia-a-dia de cada cidadão, em suas cidades. Uma escolha errada resulta em quatro anos de decepções, descasos, maracutaias e abandono.

O momento político não é dos melhores, por um lado infestado de denuncias de corrupção orquestrado pelo governo federal e um total descrédito na política e nos políticos. Por outro, parece que o cidadão está mais atendo aos novos caminhos e destinos, principalmente na política local, o seu dia-a-dia.

Por aqui, o Brasil da gente... Nossa cidade. Cinco candidatos disputam a vaga majoritária de prefeito, são eles: Jefferson (DEM25), Luis Pirulito (PV43),
Mônica (PPS23), Scarante (PMN33) e Zé Paulo (PSB40). E mais de uma centena de candidatos disputa as 11 vagas de vereadores.

A eleição mais acirrada fica por conta das candidaturas a prefeito, pois requer um conjunto de valores e elementos necessários para sair a rua e apresentar sua disposição. Infelizmente nem todos conseguem a mesma performance, pois o processo é viciado e nem sempre a melhor pessoa é o melhor candidato e muito menos será o eleito.

Campanha
A reforma eleitoral reduziu o período de 90 para 45 dias de campanha. Também “acabou” com a tal famigerada doação de empresas e limitou um conjunto de “acessórios” até então desnecessários. Com isso as campanhas estão mais pobres e mais criativas. As redes sociais desempenham um papel importante para a decisão do eleitorado, principalmente do mais jovem.

Indícios
Dos candidatos a prefeito, dois são debutantes (Scarante e Pirulito) e os outros três são conhecidos do eleitorado. O candidato Jefferson Fonseca, irmão do ex-prefeito, participou das eleições de 2012 e ficou com a quarta colocação.
A ex-prefeita Mônica (1996/2004) disputa pela sétima vez uma eleição. Saiu vencedora em 1998, vice na chapa do Leopoldino e em 1996 e 2000. Em 2004, o candidato Canduca, que teve seu apoio foi derrotado. Disputou novamente e foi derrotada em 2008 e 2012 e agora volta a se candidatar. O Zé Paulo é candidato pela segunda vez, foi em 2012 onde obteve a segunda colocação.

Pelo andar da carruagem
Para quem acompanha as eleições municipais há mais de 30 anos, nos torna um pouco vidente quanto à intenção de votos do nosso eleitorado. O recado das urnas nas ultimas eleições foi apostar em novas propostas e candidatos não viciados.
Bom lembrar, que dos últimos três, nenhum conseguiu se reeleger. Dois sequer conseguiram se candidatar, devido suas lastimáveis performances. O recado foi em alto e bom som: “Nosso eleitorado não vota no passado...” Abominou o continuísmo!
Infelizmente, as últimas escolhas - apesar de acertadas no momento - não souberam aproveitar a oportunidade e decepcionaram o eleitorado.

Agora o momento é outro, tem candidato para todos os gostos e cores, mas acredito que o espírito de renovação continue imperando. Renovar com sabedoria!

Pitaco
De alguma maneira sempre marquei presença nos pleitos municipais. Analisando propostas das candidaturas, performance e até enquete pelo blog (agora é proibida). Coincidência ou não, minhas intromissões tem sido certeiras.
Em 2004 mirei no Kleber, em 2008 cantei a bola do Canduca e João em 2012. Agora vai dar Zé Paulo, seguido por Mônica, Jefferson, Pirulito e Scarante. Apenas palpite de um mortal cidadão, mas não precisa ninguém levar a sério, pois quem decide mesmo é o eleitorado, domingo dia 02 de outubro. E tenho dito!


P.S. Favor conferir após as 19h de domingo.

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

“DISCURSO COERENTE” em tempo de eleições.

Postado em 05/09/2008 e no livro “Tenho Dito” 2012.
“DISCURSO COERENTE”
(o que muitos candidatos deveriam falar)

Se eu for eleito, vou transformar a prefeitura em minha casa.
Vou aumentar consideravelmente a renda de toda a minha família...

Nem que eu tenha que criar novas Secretarias, para não ser chamado de ilegal.
Os problemas da população não me interessam...
Somente quando chegar perto da reeleição é que eu vou pensar em fazer alguma coisa. A
alguns amigos vou dar-lhes oportunidade de trabalho, mas por favor, não queiram levar a sério, porque não estamos aqui para resolver os problemas da cidade e sim os nossos.
Quem começar a reclamar demais e me encher o saco... Demito.
Meu departamento de compras será ocupado por pessoa experiente em desvio de verbas... PhD em maracutaia, que saiba muito bem desviar recursos para o caixa dois da administração.
Empresário da cidade que se dispuser a comentar qualquer assunto que me diga respeito, risco do nosso rol de fornecedores... E mando a tropa de choque fiscalizar a sua firma.
Quanto ao tratamento que vou dar ao legislativo, todos já sabem. Emprego um parente de cada edil e a turma toda vai continuar dizendo amém. Quem manda aqui sou eu.
Saúde, Educação, Segurança, Saneamento Básico, Cultura, Esporte e Turismo... São coisas que a gente fala para se eleger... Depois a gente ocupa todos os cargos disponíveis, com qualquer pessoa, somente para preencher as vagas.
As festas da cidade... Que saco! Vou ter que arrumar dinheiro para gastar com besteira. Quem quiser festa que financie a sua.
Arrumar as ruas e calçadas dos bairros é coisa que vou fazer somente no final da minha gestão... Na tentativa de me reeleger ou eleger meu sucessor.
Sei que a cidade precisa resolver o problema do lixão e do esgoto... Mas como até agora ninguém fez nada, não sou eu que irei gastar com obras que ninguém vai ver.
Espero que algum dia um imbecil se eleja e faça alguma coisa.
O porto é da turma do Governador... Não adianta encher o saco, pois todos sabem como o homem reage. Para que porto aqui, se ali em Paranaguá tem um bem grande? É mais fácil colocar um ônibus à disposição dos trabalhadores. Viajar faz bem.
Progresso também é coisa que a turma espera há muito tempo... Que besteira. Imagine a nossa cidade cheia de gente, carros, emprego. Pra quê? Isso somente vai me dar mais dor de cabeça e vou ter que aguentar ainda mais reclamação.
Bem... no final do meu mandato vou estar tranquilo. Muita grana no bolso, muitos imóveis e vou tirar umas férias e tentar voltar daqui a quatro anos. Para começar tudo de novo.
Êta povinho bom.

OBS. Esta é uma obra de ficção, qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.




sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Vote em Eduardo Bó ....Histórias e Estórias XXV

Vote em Eduardo Bó ....Histórias e Estórias XXV

No ano de 1996 me candidatei a prefeito municipal de Antonina, pela legenda do Partido dos Trabalhadores. O desafio em experimentar tal processo, fazia parte natural do nosso comportamento como cidadão e militante da cidade.
Desde menino, sempre fizemos parte de “grupos políticos”, ligados a instituições sociais, estudantis e até religiosa. Sempre lidamos com pessoas, chegando até a fazer parte de uma Chapa estudantil pretendente ao Grêmio Estudantil Romildo Pereira, no antigo Ginásio Estadual Vale Porto, isso lá pelos anos de 1966, início do Regime Militar. A chapa encabeçada pelo jovem Juarez Tosi não saiu vitoriosa.

Processo natural
Apesar de nunca ter mudado de domicílio eleitoral na “velha capela” – algo enraizado nos antoninense - e já estar estabelecido profissionalmente, pois exercia o magistério superior na Universidade Federal do Paraná, onde pudemos – junto há um grupo de sonhadores – realizar algumas conquistas, tais como o Festival de Inverno da UFPR realizado em Antonina em 1991. E após ter recebido várias homenagens, por parte da comunidade e dos Poderes Constituídos, sentimos preparados para um novo desafio: candidatura a prefeito da cidade.

Processo partidário
Filiado ao Partidos dos Trabalhadores desde 1992, enfrentamos todas as dificuldades, brigas e intrigas internas até finalmente ter homologado a candidatura em maio de 1996. Inicialmente os correligionários mais antigos não viam a candidatura com “bons olhos” e queriam novamente se coligar com outro partido, sem candidatura própria.Mas conseguimos apoio da maioria e fomos vitoriosos nessa etapa.

A campanha
Nos apresentamos como uma nova opção, sem os mesmos vícios tradicionais. Abominamos o clientelismo e o assistencialismo encravados pelos velhos hábitos eleitoreiros. Apresentamos uma chapa de candidatos de vereadores em sintonia com a chapa majoritária, ao Programa de Governo e do partido.
Durante o processo de maturação da candidatura, realizamos diversas reuniões com as comunidades organizadas e dos bairros. Elementos que nos subsidiou para a elaboração do primeiro Plano de Gestão, até então proposto por uma candidatura.
Com gastos financeiros totalmente limitados, apelamos para a criatividade dos amigos contribuintes: um emprestou a casa para o comitê, outro fez as fotos e a comunicação visual. Alguém confeccionou as camisetas e outro imprimiu a imagem. A amiga maestrina me presenteou com um jingle. Emprestaram-me carros, equipamentos de som. Doaram-me combustível...E até dinheiro, tudo dentro da legislação prevista.
Realizamos mais de vinte e cinco comícios pelos bairros da cidade, durante os noventa dias de campanha.

“Por amor a Antonina vote em Eduardo Bó”

Pela primeira vez na história política recente, participamos da realização de um debate no Theatro Municipal. Momento impar em que fomos bem avaliados.
Apesar de termos uma estrutura limitada, mas racionalmente funcional - pois tudo que se fez necessário para o momento não deixou de ser realizado - montamos uma equipe de frente, com coordenador de campanha, tesoureiro, coordenador de infra-estrutura, comícios, divulgação, psicóloga, fiscais, fotógrafo, motoristas e até fogueteiro.

Foram os seguintes candidatos a vereador: Darci do Rosário, Gibe Araponga, Gláucia Guanandi, Ilizionel, Lorena Dias, Luis Hamilton, Mario Nunes, Mario Galinha, Matheus Pinheiro, Nelson do PT, Newton Cavalo Branco e Onides Xerife.
Candidato a prefeito: Eduardo Bó e vice Maneco Camargo.

Participaram do pleito os seguintes candidatos: Eduardo Bó, Maneco Gomes, Mônica Peluso, Wilson Clio, Ítalo Tanaka, Rubens Camargo e Prof. Zezo. 

O resultado
Como a teoria não nos deixa mentir, que tudo que é novo e diferente inicialmente não é acolhido pela comunidade. O resultado de uma candidatura de cara e proposta nova, não foi aceita pela maioria, e conseguimos conquistar apenas 5% do eleitorado, totalizando 575 votos. E viva a democracia, onde nos é permitido sonhar. Expor nossas idéias e convicções para que cada cidadão possa se manifestar nas urnas.
E tenho dito!



segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Cristovão Tezza fala sobre a comunidade do escritor Rio Apa...

Cristovão Tezza fala sobre a comunidade do escritor Rio Apa, que morreu aos 91 anos
Postado em 12/09/2016 às 10:30 am


O escritor paranaense Wilson Rio Apa morreu em Florianópolis na semana passada.  Nos anos 1960,ele criou uma comunidade cultural em Antonina, no Litoral do Paraná. O escritor Cristóvão Tezza participou desta comunidade. Leia abaixo o relato gravado de Tezza em 1998:

José Wille – O que era esse projeto? Como se formou essa comunidade?

Cristóvão Tezza – O Rio Apa tinha um projeto de Teatro Popular, teatro revolucionário, de sair do palco e ir para a rua – bem na ideia dos anos 60, a ideia de cultura contestatória daquele tempo – a ideia de arte, da atividade artística, não como a composição de objetos, mas como atitude diante da vida. Não basta simplesmente você fazer uma peça, você tem que levar sua vida de modo que ela mesma seja uma obra de arte. Você tem que ser coerente: se você é contra o sistema, você tem que viver fora do sistema etc. Esse era um discurso bem dos anos 60. Ele fundou uma comunidade, um centro lá em Antonina, onde procurava integrar pessoas marginais, fora do sistema. Todo o dia apareciam hippies, mochileiros, todo mundo querendo participar, e eu era uma espécie de assistente do Rio Apa, trabalhava junto com ele.